Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

domingo, novembro 08, 2009

A Parentela Corporal e a Parentela Espiritual

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, nas maiorias das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências (Capitulo IV, no.13).

Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espirito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.


Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Capitulo XIV, no.8. Rio de Janeiro, RJ: FEB

segunda-feira, novembro 02, 2009

MORTOS AMADOS

Emmanuel

Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê...

Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.

Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranqulizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.

Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.

(Do livro “Na Era do Espírito”, Emmanuel, Francisco C. Xavier)

A INCOMPREENSÃO DA MORTE
Foge a compreensão de muitos o desencarne de um bom filho, um bom amigo, um bom pai, uma boa mãe.
Egoístas são aqueles que não se esforçam para acreditar que temos várias vidas, vários nomes, vários pais, várias mães e muitos filhos, "às vezes ou quase sempre" só é trocado o parentesco.
Somos ligados eternamente pelos laços de amor, o amor universal. Quando amamos alguém de verdade, estamos ligados eternamente sim, mas não ligados com apego, com sofrimento, é uma ligação suave, onde não precisamos estar juntos, morar juntos ou estar no mesmo plano, apenas precisamos amar despretensiosamente.
Somos eternos para um dia chegarmos a um grau de amor universal. Amar simplesmente a tudo e a todos sem esperar retorno. E para isto acontecer bastará o trabalho de reforma íntima, deixando de lado o sentimento de posse e de egoísmo. Amadurecer é encontrar o caminho tranqüilo de uma larga e intensa caminhada.
Fiquem em paz. Que Deus os envolva em coragem, força, segurança e paz.
Um amigo


MORTE & VIDA

Quase todo o ser humano quando encarnado, tem medo da morte.
Quando ela (a morte) chega em seu lar, muitas vezes se revolta, fica meses, anos até, com aquela angústia, negando o ocorrido. Na maioria das vezes, ele fica com toda esta revolta não pela morte do parente mas sim, pela perda. Pelo apego que existia em relação a esta pessoa. Muitas vezes, este homem também diz que crê em Deus, que tem fé, entretanto, logo em seguida, faz comentários do tipo: "mas é injusto, fulano era tão bom e o outro é tão ruim..."
No entanto, este homem não olha para o lado e não vê a criação em plena atividade. Não observa, todas as manhãs, o despertar dos pássaros cantando, felizes por um novo dia, como que agradecendo ao Pai por mais um raio de sol.
Este homem não observa a infinidade de seres fazendo seu trabalho na natureza, seja na mata, no rio, no oceano ou no ar. Tudo no seu lugar e todos felizes fazendo a parte que lhes compete.
Conclui-se que mudar este quadro seja, talvez, uma questão apenas de acabar com o sentimento que mais afeta o crescimento da humanidade: o egoísmo, reforçado pelo apego. Juntos, eles trazem a revolta ao homem quando este perde um ente querido. Porque este homem não compreende que a morte, apesar de dolorosa, faz parte do ciclo de vida de todos os seres. Enquanto este homem não trocar, no seu íntimo, a palavra morte por volta à vida verdadeira e eterna, enquanto não buscar em Deus o apoio para resistir à perda passageira, não estará em paz consigo mesmo.