Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

domingo, dezembro 27, 2009

AFINIDADES E AS UNIÕES ENTRE OS ESPÍRITOS



do PARTIDA E CHEGADA

Quando pensamos em afinidades, tendemos a entendê-las de acordo com os mesmos conceitos que temos para as ligações materiais. As afinidades existentes entre os espíri­tos são muito diferentes das que existem entre os homens. Os homens têm um corpo material, em que o aspecto físi­co é muito forte. As funções glandulares, por exemplo, são determinantes na atração existente entre um homem e uma mulher, fato que não existe entre os espíritos.

Os espíritos criam afinidades cuja base está na seme­lhança evolutiva. As boas tendências predominantes num espírito o farão associar-se a espíritos de igual condição. As tendências negativas são, da mesma forma, o impulso atra-tivo que aproxima espíritos negativos. Espíritos mis­sionários aliam suas forças, almas em busca de perfeição trocam ideias com almas que têm objetivos semelhantes.

Um mau espírito vai sentir repulsa por um espírito evoluído, pois sabe que suas tendências negativas podem ser percebidas por este. Um espírito com luz é uma ameaça para aqueles que não a têm, uma vez que ele poderá de­saprovar seu comportamento e opor-se a eles. É por isso que espíritos avançados sofrem ataques espirituais fre­quentemente, muitas vezes de seres que nem sequer co­nhecem.

O espírito bom, por sua vez, é capaz de sentir a mesma repulsa sem, no entanto, manifestar negatividade. Sua tendência será evitar a presença dos espíritos negativos, afastando-se deles sem raiva. Algumas vezes, porém, um espírito evoluído atrai um espírito sem luz que pode ajudar.

Esse é o caso dos terapeutas, dos médicos, dos assistentes sociais, dos artistas. Todos os seres que possuem uma mis­são espiritual atraem muitos seres desajustados em proces­so de purificação. É o magnetismo do missionário que gera algumas situações desagradáveis como telefonemas ino­portunos, fãs histéricos, inimigos ocultos. Esses fatos ad­vêm da vontade inconsciente que o espírito de pouca evolução tem de receber ajuda para crescer. Podem ser de­sagradáveis, mas representam importante pedido de socor­ro, que o missionário sensível saberá interpretar correta-mente, ao mesmo tempo que impõe seus limites.

O fato de que a semelhança de nível evolutivo é a base para as aproximações espirituais deu origem à regra geral de que um espírito atrai seus semelhantes. O bom espírito buscará os que têm igual padrão de vibração, e com eles sentirá grande afinidade. Os espíritos não deixam, contudo, de respeitar certas necessidades evolutivas e podem passar períodos de convivência com espíritos com os quais não têm afinidades.

No mundo dos espíritos é regra estarem unidos espíri­tos afins. Na Terra, onde os objetivos da evolução têm pre­cedência sobre as inclinações naturais, podem acontecer aproximações motivadas por: karma, provação e expiação. São esses fatores que regem as uniões espirituais, que de­terminam casamentos, sociedades, famílias e outros agru­pamentos espirituais conflituosos entre os espíritos encar­nados.

Quanto às uniões, elas costumam ser estáveis entre os espíritos harmonizados e tendem às separações no caso dos espíritos de pouca luz. Temos que separar as uniões no mundo dos espíritos das que acontecem na Terra.Os grupos espirituais desencarnados estão agrupa­dos por uma razão apenas: afinidade. É por isso que essas uniões são permanentes e acabam formando a chamada fa­mília espiritual. Seres assim reunidos reencontram-se muitas vezes, encarnados ou não, vivendo experiências de alto nível. Quando desencarnados, mantêm a memória de tu­do o que já viveram juntos, mas enquanto encarnados, não têm essas lembranças vivas; apenas sentem impulsos fortes de atração, que não conseguem definir racionalmente. Po­dem viver, nesse caso, a mesma situação que têm no mundo dos espíritos (como repetir a experiência de mãe e filho, por exemplo), mas podem estar apenas próximos, sem um en­volvimento familiar, e mantendo uma grande amizade aqui na Terra. Essa é a explicação para casos em que alguém afir­ma ter encontrado num colega de trabalho um irmão mais sincero do que um irmão carnal. Toda ligação entre espíri­tos afins de bom nível evolutivo é duradoura; por isso há mais felicidade nas uniões assim realizadas.

Aqui na Terra as uniões já não acontecem só pela afinidade entre espíritos de mesma situação evolutiva. Essa maneira de aproximação dos espíritos é a primeira incli­nação da alma e seria a mais espontânea forma de união. Os que já têm certa capacidade realmente acabam por se agru­par assim. No entanto, outras razões, de ordem material, de­terminam a aproximação dos espíritos encarnados, e todas elas são geradoras de conflito.

Convém comentar também que não existe uma união material ou espiritual totalmente predestinada, pois, acima dos desejos espirituais, está a força do livre-arbítrio, que pode alterar qualquer situação.

A partir do livro "Como enfrentar situações de perda", de Celina Fioravanti

sexta-feira, dezembro 25, 2009





Gentilezas diárias

A vida é repleta de pequenas gentilezas, tão sutis quanto marcantes no nosso cotidiano.

O jardim florido oferece um colorido para a paisagem, o sol empresta suas cores para o céu antes de se pôr, a borboleta ensina suavidade e leveza para quem acompanha seu voo.

A gentileza tem essa característica: sutil mas marcante, silenciosa e ao mesmo tempo eloquente, discreta e contundente.

O portador da gentileza o faz pelo prazer de colorir a vida do próximo com suavidade, para perfumar o caminho alheio com brisa suave que refresca a alma.

A gentileza tem o poder de roubar sorrisos, quebrar cenhos carregados ou aliviar o peso de ombros cansados pelas fainas diárias.

E ela se faz silenciosa, algumas vezes tímida, inesperada na maioria das vezes, surpreendendo quem a recebe.

A gentileza não se pede, muito menos se exige... É presente de almas nobres, presenteando outras almas, pelo simples prazer de fazer o dia do outro um pouco mais leve.

Você já experimentou o prazer de ser gentil? Experimente oferecer o seu bom dia a quem encontrar no ponto de ônibus, no elevador ou no caixa do supermercado.

Mas não o faça com as palavras saindo da boca quase que por obrigação. Deseje de sua alma, com olhos iluminados e o sorriso de quem deseja realmente um dia bom, para quem compartilha alguns minutos de sua vida.

A gentileza é capaz de retribuir com nobreza quando alguém fura a fila no supermercado ou no banco, com a sabedoria de que alguns breves minutos não farão diferença na sua vida.

Esquecemos que alguns segundos no trânsito, oferecendo a passagem para outro carro, ou permitindo ao pedestre terminar de atravessar a rua não nos fará diferença, mas facilitará muito a vida do outro.

E algumas vezes, dentro do lar, a convivência nos faz esquecer que ser gentil tempera as relações e adoça o caminhar.

E nada disso somos obrigados a fazer, mas quando fazemos, toda a diferença se faz sentir...

A gentileza se faz presente quando conseguimos esquecer de nós mesmos por um instante para lembrar do próximo. Quando abrimos mão de nós em favor do outro, por um pequeno momento, a gentileza encontra oportunidade de agir.

Ninguém focado em si mesmo, mergulhado no seu egoísmo, encontra oportunidade de ser gentil. Porque, para ser gentil, é fundamental olhar para o próximo, se colocar no lugar do próximo, e se sensibilizar com a possibilidade de amenizar a vida do nosso próximo.

Se não é seu hábito, exercite a capacidade de olhar para o próximo com o olhar da gentileza. Ofereça à vida esses pequenos presentes, espalhando aqui e acolá a suavidade de ser gentil.

E quando você menos esperar, irá descobrir que semear flores ao caminhar, irá fazer você, mais cedo ou mais tarde, caminhar por estradas floridas e perfumadas pela gentileza que a própria vida irá lhe oferecer.



Redação do Momento Espírita.



Silêncio

A vida barulhenta
é trocada pela voz de seu coração.
Quando as palavras se calam no seu interior,
você experimenta a sensação do divino.
As noites agitadas de quem
não quer perder nada
são substituídas por
encontros mais tranqüilos
dentro de sua alma.

Viver o silêncio de seu ser
consiste em esvaziar seu
coração de todos os desejos,
pensamentos, fantasias,
tudo o que você guardou dentro de si,
e deixar um espaço
para sua alma
se expressar sutilmente.

Entender palavras é muito fácil,
mas você
experimentará o perfume da vida
quando compreender
os milagres que acontecem
quando um olhar
encontra silenciosamente
o olhar de outra pessoa.

Você conhece a
verdadeira amizade
quando as palavras
não são necessárias
e consegue perceber a beleza
da lua encontrando o sol.

Seu interior tem muito
mais a dizer do que todo
o noticiário dos jornais.
Seu ser tem mais força do
que todas as imagens das novelas.
Quando acontece o silencio,
você não tem
mais nada para provar.

(Roberto Shinyashiki
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quarta-feira, dezembro 23, 2009

O Natal para o espirita

O Natal para o Espírita representa a comemoração do aniversário de Jesus.

O dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós. O aniversariante tem os seus convidados que são os pobres, os deserdados, os coxos, os estropiados, os sofredores, etc...

Será que realmente somos convidados do Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveremos lhe oferecer?
O que Ele gostaria de receber?

Sabemos que o que Ele mais quer é que cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E todos os dias renovamos os nossos compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa vontade"

Será que estamos fazendo a nossa parte?
Será que estamos nessa festa ou fomos barrados?

A maioria de nós, mesmo espíritas, ainda vemos o Natal como uma festa de consumo, reforçando o culto ao materialismo e à materialidade, trocando presentes entre si, quando, em verdade, não somos os homenageados, nem a festa é nossa...

Será que o Cristo se sente feliz com isso?

A nossa reverência ao Cristo deve ser em Espírito e Verdade apenas, buscando somente materializar a Vontade do Pai que está em todo o Evangelho.

E como deve ser essa comemoração?

Com uma prece, uma reflexão sobre os objetivos alcançados, com uma análise crítica interior onde possamos verificar se os compromissos assumidos antes do reencarne estão sendo cumpridos, porque o único e maior objetivo que temos na presente existência é de edificar em nós o Bem.

Para esse desiderato, acertamos de forma pessoal e intransferível com o Cristo, um mandato de renovação.

Nosso compromisso é o de nos conhecermos melhor, conformando nossa vida com a Vontade de Deus, de nos reformarmos intimamente e nos tornarmos homens e mulheres de Bem, edificando dentro de nós o Belo, o Bem e a Justiça.

Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido dentro de nós.

Nossas mesas estão fartas e se fala muito de solidariedade, mas não se tem sensibilidade ainda com a dor alheia.

Nos falta consciência, falamos muito, mas ainda não sentimos a fraternidade pulsar o coração. Estamos reféns e prisioneiros das aparências, do materialismo, dos cultos exteriores, do consumismo, colocando em segundo lugar o Reino do Espírito, o Reino de Deis.
Os interesses espirituais ainda não tem vez nem voz em nossos corações.

Qual o verdadeiro sentido do Natal?

Deve ser o de auto-conscientização, buscando a comunhão com os valores do Bem, ligados aos interesses do Espírito e da vida imortal, porque a Terra, para os encarnados, é apenas um curso de pequena duração e ninguém fica na Escola a existência inteira, um dia voltamos para Casa para avaliar os deveres realizados.

O que nos atrai não são as boas idéias, mas os interesses.

A Doutrina do Cristo, cheia de boas idéias, está conosco a mais de dois mil anos e não mudamos o suficiente. infelizmente, ainda não fomos atraídos por esses ideais. Mas a medida que evoluímos pelo estudo, pelo amor e pela dor, mudam os nossos interesses e vamos crescendo;

Quanto mais sepultamos as nossas vaidades, o nosso orgulho e o nosso egoísmo, mais somos atraídos pela luz do Cristo e nos tornamos felizes.

O que representa a Estrela de Belém para os Espíritas: representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma Infinidade de Espíritos Luminares que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.

Será que lembramos dos companheiros que estão nas zonas umbralinas no Natal?

Como se sentem esses Irmãos?

A espiritualidade nos ensina, pelas penas de Chico Xavier, que alguns nem sabem dessa data ou comemoração. Outros, que se encontram em situações melhores, sentem-se extremamente tristes por estarem afastados dos seus familiares; outros ainda vivem refletindo e lamentando as oportunidades perdidas e sofrendo a dor da saudade e da separação em razão da resistência e da rebeldia em não aceitar o processo de mudança e transformação no caminho do Bem.

A falta de Reforma íntima nos afasta de quem amamos.

Muitos filhos, maridos, esposas, demoram a encontrar-se na erraticidade, em razão do mau direcionamento do livre arbítrio, tendo em vista seus investimentos no mundo material, nas fantasias, nas ilusões, em detrimento do sentido real da própria existência. A fuga no enfrentamento dos desafios ou o desprezo de buscar a prática das lições do bem nos causa muita dor moral.

NATAL é isso aí, renovação permanente.

Todo segundo é hora de mudar para melhor, Amando, Servido e passando nesta vida com trabalho no Bem, na Solidariedade, na Tolerância, com muita Fraternidade.

E então? Vamos pensar nisso?

(A.D.)
http://www.forumespirita.net/fe/o-evangelho-segundo-o-espiritismo/o-verdadeiro-sentido-do-natal-para-o-espirita/

quinta-feira, dezembro 17, 2009

É muito importante a paz.





Governos a estabelecem fomentando guerras, gerando pressões, submetendo as vidas que se estiolam sob jugos implacáveis.

A paz é imposta, dessa forma, mediante a coação e, depois, negociada em gabinetes.

Vem
de fora e aflige, porque é aparente.

Faz-se legal, mas nem sempre é moralizada.

Tem a aparência das águas pantanosas, tranqüilas na superfície, asmáticas e mortíferas na parte submersa.

Assim se apresenta a paz do mundo, transitória, enganosa.

A paz legítima emerge do coração feliz e da mente que compreende, age e confia.

É realizada em clima de prece e de amor, porque, da consciência que se ilumina ante os impositivos das Leis Divinas, surge a harmonia que fomenta a dinâmica da vida realizadora.

Essa paz não se turba, é permanente. Não permite constrangimento, nem se faz imposta.

Cada homem a adquire a esforço pessoal, como coroamento da ação bem dirigida, objetivando os altos ideais.

Não basta, no entanto, programar e falar sobre a paz



Mas, visualizando-a, pensar em paz e agir com pacificação, exteriorizando-a de tal forma que ela se estabeleça onde estejas e com quem te encontres.

Seja a paz, na Terra, o teu anseio, em oração constante, que se transforme em realização operante como resposta de Deus.

Orando pela paz, esse sentimento te invade, e o amor, que de Deus se irradia, anula todo e qualquer conflito que te domine momentaneamente.

A paz em ti ajudará a produzir a paz no mundo.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA


colaboração da amiga Dulce



sexta-feira, dezembro 11, 2009

FAMÍLIA E AUTORITARISMO.




Nenhuma outra instituição da sociedade moderna revela a natureza problemática da família moderna mais claramente do que o divórcio. A revolução francesa, que antecipou todas as fases e todos os aspectos do período seguinte, torna o divórcio tão fácil que o casamento era substituído de facto por um mero vínculo contratual, o único tipo de relação em estreita harmonia com o princípio de individualidade. Hoje, em muitos grupos sociais, o matrimónio foi de novo praticamente abolido pela instituição do divórcio; os indivíduos são cambiáveis na matrimónio como nas relações comerciais: contrai-se um novo matrimónio se este promete funcionar melhor. Cada pessoa está identificada completamente com a sua função para um fim particular; cada um constitui um centro abstracto de interesses e de qualidades.
A diferença entre o verdadeiro carácter dos progenitores, é determinada pelo moderno industrialismo, e a parte que eles representam na família, é prontamente tomada pelos filhos e é largamente responsável pelo penoso desenvolvimento da sua vida emocional, pelo endurecimento do seu carácter, pela sua precoce maturidade. A acção mútua entre a família e a geral desculturação torna-se um círculo vicioso. Quando os rapazes crescem, os papéis delineiam-se de modo mais consciente, torna-se clara a necessidade de cultivar os laços familiares; porém, esta atitude não pode travar o enfraquecimento da família; ou a atomização do homem virá a ser dominada por mais fundamentais modificações e transformações, ou poderá revelar-se fatal para a sociedade. As mesmas modificações económicas que destroem a família arriscam a levar ao autoritarismo. A família em crise determina as atitudes que predispõem os homens à cega submissão.
A família, a partir do momento em que cessou, em grande parte, de exercer uma autoridade específica sobre os seus membros, tornou-se uma campo de treino de autoridade. Os velhos mecanismos da submissão familiar funcionam ainda, mas, mais do que apoiar os interesses da família e dos seus componentes, favorecem um difuso despontar de agressividade autoritária. O totalitarismo, na sua versão germânica, desembaraça-se da família como de um intermediário quase supérfluo entre o estado totalitário e os átomos sociais; na realidade, a família moderna produz as condições ideias para a integração totalitária. Eis o típico desenvolvimento:
Inicialmente a criança traz dos pais as mesmas experiências de amor e de ódio que deles já trazia na época burguesa; bem depressa se dá conta, todavia, de que o pai é absolutamente a personagem potente, o juiz imparcial, o generoso protector que havia imaginado. Noutros tempos, uma amorosa imitação do homem seguro, prudente, dedicado ao seu dever, era a fonte da autonomia moral do indivíduo; hoje, a criança que cresce e que, em vez da imagem do pai, recebe apenas a ideia abstracta do poder arbitrário, procura um pai mais forte, mais potente, um "superpai", como é oferecido pela retórica fascista. Enquanto que a submissão à autoridade é ainda inculcada pela família, a relação instintiva com os progenitores é gravemente danificada. Noutros tempos, quando o pai não podia exercer uma acção directa sobre a educação do filho, o seu lugar na vida emocional deste era ocupado por um tio, por um tutor, por um professor, ou por qualquer outro indivíduo que, embora distante e autoritário, oferecia pelo menos um tratamento humano, um carácter, uma atitude pessoal a imitar, uma ideia para meditar e para discutir. Hoje, o pai tende a ser directamente substituído pela entidade colectiva: a escola, o grupo desportivo, o clube, o estado. Quando mais a dependência da família é reduzida no ânimo da criança a uma mera função psicológica, tanto mais se torna abstracta e imprecisa na mente do adolescente; gradualmente, leva a uma geral disposição para aceitar qualquer autoridade, desde que esta seja suficientemente forte.
Este desenvolvimento foi também favorecido pela transformação do papel de mãe. Não que esta trate a criança mais brutalmente do que no passado: pelo contrário! A moderna mãe-modelo projecta a educação do filho quase cientificamente, desde a abem equilibrada dieta até à igualmente bem equilibrada proporção de reprovações e de indulgência, tal como recomenda a literatura popular com base psicológica. Toda a sua atitude para com a criança é razoável: até o amor é administrado como um ingrediente de higiene pedagógica. A nossa sociedade, na classe urbana culta, promove uma atitude "profissional deliciosamente prática também nas mulheres que não são profissionais, mas que continuam a desempenhar a sua tarefa de donas de casa. Elas empreendem a maternidade como uma profissão, e a sua atitude para com os filhos é prática e pragmática. A espontaneidade da mãe tende a dissolver-se e, assim, a sua natural, ilimitada fervorosa ternura protectora. A imagem da mãe no ânimo dos filhos despe-se da auréola mística, e o culto da mãe por parte dos adultos passa, de uma mitologia no mais estrito sentido da palavra, a uma série de rígidas convenções.
As mulheres têm pago caro a sua limitada admissão no mundo económico dos machos: têm tido de assumir todos os tipos de comportamento de uma sociedade completamente materializada. As consequências têm modificado até as mais doces relações entre mãe e filho. A mãe cessa de ser um terna intermediária entre o filho e fria realidade e torna-se simplesmente parte daquela. Antigamente, ele oferecia à criança uma sensação que lhe permitia desenvolver uma certa independência. Sentia retribuído o seu amor pela mãe e, de certo modo, vivia, durante toda a vida. deste capital emocional. A mãe, excluída da comunidade dos machos e, não obstante uma injustificada idealização, obrigada a uma posição dependente, representava um princípio diferente da realidade; podia sinceramente ter sonhos fantásticos com o filho e, quer o quisesse quer não, era a sua naturalidade aliada. Havia, por isso, uma força da vida do filho que lhe permitia desenvolver a sua individualidade contemporaneamente com a sua adaptação ao mundo exterior. Conjuntamente com o facto de que a autoridade decisiva em casa era representada pelo pai e por isso se manifestava, pelo menos num mínimo, por meio de permuta intelectual, o papel da mãe impedia que a adaptação se fizesse demasiado imprevista e totalmente e à custa da individualização. Hoje, que as crianças, não têm a experiência do amor sem reservas da mãe, a sua capacidade de amar fica mal desenvolvida. Ela reprime em si a criança e comporta-se como um esperto pequeno adulto, sem um consciente ego independente, mas com uma forte tendência para o narcisismo. O ter sido duramente tratado e ao mesmo tempo submetido perante o poder, predispõem-no para formas de vida totalitárias.
Os sujeitos que podem ser considerados altamente susceptíveis à propaganda fascista professam uma ideologia que postula uma instituição familiar rígida e absolutamente privada de espírito crítico e revelam a sua absoluta submissão à autoridade familiar na primeira infância. Contemporaneamente, a fundamental falsidade de uma semelhante concepção da família manisfesta-se no facto de os sujeitos de mentalidade fascista não apresentarem, um profundidade, nenhum apego genuíno aos progenitores, aceite por eles de modo perfeitamente convencional e exterior. Este carácter de submissão e de frieza, melhor do que qualquer outro, define o fascista potencial do nosso tempo.
As pessoas de mentalidade fascista quase invariavelmente idealizaram os próprios progenitores. à pergunta sobre quem eram as maiores personalidades da história, um entrevistado típico respondeu: "Os meus pais". Este culto pelos progenitores está baseado em muitos casos na adoração de um pai severo e punidor. São visíveis também, contra este, traços de hostilidade, mas no conjunto a resistência à autoridade paterna é desviada e volta-se exclusivamente contra o débil, o vencido.
Por consequência, a aprovação da família, os irmãos, todos aqueles que pertencem ao próprio grupo são sempre "gente extraordinária", os outros "não estão à altura", são estúpidos, são gente que nada vale. Por meio de uma rígida distinção entre aqueles que são "como nós" e o resto do mundo, as tendências autoritárias do fascista em potência atingem uma abstracção inumana, sem alguma ideia específica do fim ao qual se supõe que a autoridade deva servir.
A personalidade autoritária é convencional e estereotipada. A imagem do pai é a de um indivíduo que mantem a disciplina: rígido, justo, afortunado, solitário, às vezes generoso; a da mãe é composta pelos atributos convencionais da feminilidade: inteligência, prática, beleza, ordem, saúde. Onde uma vez tiveram lugar e operaram a consciência, a independência individual e a capacidade de resistência à pressão do conformismo social, não ficou campo senão para o sucesso, a popularidade, a influência, juntamente com o anseio de alcançar êxito por meio de uma incontrolada identificação com tudo aquilo que exerce na realidade uma força autoritária. Nenhuma autoridade ideal, religiosa, moral ou filosófica é aceite de per si; é reconhecido apenas aquilo que existe. Tudo o que é impopular ou tudo o que é repelido pelos potentes, deve permanecer inactivo.
Enquanto que o carácter autoritário ou masoquista não é, de maneira nenhuma, um fenómeno novo e pode ser observado em toda a história da sociedade burguesa, é a sua particular abstracção e dureza que parece sintomática de um mundo que aderiu à autoridade familiar quando a íntima substância da família já está dissolvida.
Neste caso, a glorificação abstracta da família faz-se acompanhar de uma quase completa falta de vínculos afectivos, positivos ou negativos, com os progenitores. Por consequência, a vida afectiva de carácter autoritário revela traços de superficialidade e de frieza que frequentemente se avizinham dos fenómenos observados em certos indivíduos afectos de psicose. O principal destes traços é a universal recusa da piedade, daquela mesma qualidade que costumava reflectir mais do que qualquer outra, o amor da mãe pelo seu filho.
A índole dura e desapiedada e o forçado alarde de masculinidade que conduzem às ideologias políticas fascistas estão geneticamente ligadas a uma relação agitada com a mãe, ou talvez, mais ainda, à falta de uma verdadeira e própria relação com ela. Todavia, esta não é tão pouco a consequência mais significativa da difícil relação entre mãe e filho: aquela que parece mais gravemente atingida é a tolerância do sujeito para com o sexo oposto. A misoginia fundada na recusa da mãe oferece as bases para a consequente recusa de tudo aquilo que é julgado "diferente". Ouve-se dizer frequentemente que membros estranhos ao grupo, expulsos pelos fascistas, particularmente os judeus, apresentam traços de feminilidade com fraqueza, emotividade, indisciplina e sensualidade. Parece que o desprezo pelas características do sexo oposto localizáveis em indivíduos do próprio sexo esteja regularmente ligado a uma intolerância extremamente generalizada de tudo aquilo que é diferente. Este resultado sugere uma profunda afinidade entre a homossexualidade, o autoritarismo e decadência da família. A estrita dicotomia entre masculinidade e feminilidade e a proibição de qualquer transição psicológica de uma à outra correspondem a uma tendência geral para pensar de dicotomias e estereótipos.
Alguns dos tópicos que a seguir se apresentam não demonstram que o indivíduo que possui um ou mais destes caracteres é necessariamente um fascista em potência, ou que um fascista deva exibi-los todos. A ordem pela qual se sucedem é casual e não indica a importância ou a frequência com que ocorrem. De qualquer modo, se estes traços se verificam muito mais frequentemente num grupo do que noutro, há toda a probabilidade de que a susceptibilidade à propaganda totalitária seja maior no primeiro do que no segundo.
O indivíduo autoritário adere rigidamente aos valores convencionais, com prejuízo de qualquer decisão moral autónoma. Ele pensa em termos de branco e negro. Branco é tudo aquilo que diz respeito ao seu próprio grupo; negro tudo aquilo que está fora dele. Qualquer coisa diferente é violentamente repelida.
Odeia tudo aquilo que é débil, chamando-lhe um "fardo" (desempregado) ou um "indivíduo inadaptado" (judeu). Opõe-se violentamente ao exame introspectivo, não se pergunta nunca sobre quais são os seus motivos para agir, mas culpa os outros de qualquer desgraça ou atribui-a a circunstâncias externas, físicas ou naturais.
Pensa por estereótipos: os irlandeses são irascíveis e preguiçosos, os judeus astutos e impostores, etc. Toma o indivíduo por um mero exemplo do género. Acentua as características invariáveis (por exemplo "a raça") contra as determinantes sociais. Pensa em termos hierárquicos "gente da alta", "gente baixa".
É um pseudoconservador; isto é, se se rendeu à manutenção do status que, de livre iniciativa, mas é inexorável contra todos os opositores políticos que, evidentemente, tem uma forte afinidade com o despotismo: "alguma coisa tem de ser feita". Acredita no "médio", no "comum" com o qual se identifica, contra os "soberbos", os "snobs", etc. Considera o sucesso, a popularidade e factores semelhantes como a única medida do valor humano.
Enquanto o seu sistema de valores revela a sua forte avidez de poder, acusa sempre os estranhos ao grupo de aspirarem ao poder, de conspirações e actos semelhantes (este não é senão um exemplo da sua geral atitude "projectiva". Dá importância à religião só de um ponto de vista pragmático, como um meio para ter os outros travados. Essencialmente, é anti-religioso e "naturalista" no sentido em que aceita incontestavelmente a selecção natural como o principio único.
É completamente autoritário, embora aceite a autoridade pela autoridade e dela pretenda a rígida aplicação. A sua reprimida rebelião à autoridade é dirigida exclusivamente contra os débeis. Relativamente ao sexo, acentua exageradamente a ideia de "normalidade". O homem preza sobretudo os valores masculinos; a mulher quer representar o ideal da feminilidade. Tende a repelir o indivíduo subjectivo, imaginativo, de ânimo piedoso, Não admite piedade para o pobre. A sua vida afectiva é essencialmente fria e superficial.
A sua geral tendência para a exterioridade torna-o susceptível de todos os géneros de superstições, a menos que o seu nível de cultura não seja muito alto. Despreza os homens em geral, crê na sua natureza essencialmente má, e frequentemente exibe uma filosofia cínica em contradição com a sua convencional aceitação dos "valores ideais". Geralmente acentua as atitudes "positivas" e recusa as atitudes críticas como "destrutivas", mas na sua espontânea vida fantástica revela fortes tendências destrutivas. Pensa em termos de catástrofes mundiais e vê "forças diabólicas" a agir por todo o lado.
Geralmente interessa-se mais pelos maios do que pelos fins. Para ele, as coisas são mais importantes do que os homens. Considera os seres humanos sobretudo como instrumentos ou obstáculos, isto é, como coisas. Esconde a sua atitude inumanamente estereotipada por detrás da personificação: quando censura os outros, não pensa numa série objectiva de acontecimentos, mas em homens incompetentes, desonestos e corrompidos. Contrariamente, espera todo o bem dos homens fortes, dos "chefes".
Embora mantendo uma aparência de pureza sexual, de moral ou, pelo menos, de moralidade, está obsecado por ideias sexuais e pressente o "vício" em toda a parte. Quando fala do mal, agrada-lhe insistir nas orgias, perversões sexuais e casos semelhantes. Idealiza os pais. Isto esconde frequentemente a sua hostilidade. Nenhum vivo e profundo vínculo afectivo. Pensa em termos de troca, de equivalência e, com frequência, lamenta-se de não ter recebido tanto quanto deu.
Interessa-lhe mais o que pode "tirar das pessoas" do que qualquer verdadeiro afecto. É manipulativo. Pelo menos superficialmente, é muito apto; revela sintomas psicopáticos mais do que neuróticos. Acredita num certo número de ideias que, embora geralmente aceites por tipos como ele, em casos extremos são muito semelhantes e perigosas ilusões (conspiração internacional).
Atribui uma importância exagerada a ideias de pureza, limpeza, asseio e semelhantes. Lamenta-se dos motivos vulgares e materialistas dos outros, mas ele próprio pensa fortemente em termos de lucro. Professa o optimismo oficial: o pessimismo está decadente. Não obstante o seu geral desprezo pelo contemporâneos, nega os conflitos não só em si, mas também na própria família e no próprio grupo: os seus são todos "gente extraordinária".
Preocupa-se continuamente com o próprio estado social e o da sua família. Outra luz foi lançada sobre a complexa relação entre a família e a sociedade por outros programas de pesquisas para analisar as características autoritárias e as predisposições para ela na infância. Os resultados parecem revelar que o quadro geral das personalidades autoritárias é válido até para os rapazes dos nove aos catorze anos. Sob um importante aspecto, todavia, os resultados preliminares destas pesquisas contradizem as hipóteses derivadas do estudo dos adultos acima referido.
Presumia-se que os rapazes que se submetem mais prontamente à disciplina dos pais e da escola fossem também aqueles que revelam predominantes caracteres autoritários, e que os mais rebeldes e refractários fossem completamente antiautoritários. A suposição estava errada. Os rapazes (e as raparigas) "bons", essencialmente não agressivos, são na realidade aqueles que apresentam o menos número de traços desta lista. Os rapazes difíceis, indisciplinados, são aqueles que voltam as costas ao fraco e exaltam o forte. Parece que o convencionalismo do carácter autoritário e a sua preocupação pela correcção e pelas coisa "que se devem fazer" se adquirem a adolescência ou ainda mais tarde, porque nesse período o efeito da realidade para confirmar os valores convencionais é extrapotente.
Os fascistas em potência parecem ser, pois, aqueles que na infância eram rudes, indelicados e "incivis". A falta de genuína carga afectiva familiar prepara-os para transferir para o seu grupo (quadrilha) um sentido de autoridade precocemente adquirido e para aceitarem o código de valentia e de violência do grupo sem nenhuma resistência moral.
A observação acidental do comportamento das quadrilhas de rapazes corrobora estas suposições. Pode acontecer que a agressividade destes rapazes, que, não obstante conservar-se nos anos posteriores, se torna mais ou menos reprimida e racionalizada, seja devida ao enfraquecimento do aspecto positivo, protector da família. Eles comportam-se como pequenos selvagens porque não tem nenhum refúgio psicológico e sentem que devem continuamente "olhar por si". Num mundo frio e imperscrutável, suspeitam que qualquer pessoa é um inimigo e saltam-lhe ao pescoço, voltando ao cínico princípio da antiga filosofia burguesa, homo homini lupus. Provavelmente não sofrem de uma família demasiado forte e sólida, mas sim de uma falta de família. A este respeito, os relatos conservadores sobre a causa da delinquência juvenil tocam certos factores sociais fundamentais frequentemente obscurecidos pelas teorias psicológicas mais diferenciadas e progressivas. Enquanto a família como ideologia, opera a favor do autoritarismo repressivo, é claro que a família, como realidade, é ainda uma profunda e eficaz força de oposição contra aquela recaída na barbárie pela qual todo o ser humano está ameaçado durante o seu desenvolvimento.
Os nacionais socialistas, que sabiam desfrutar tão astutamente os mecanismos sociais e psicológicos apresentados neste texto, reconheciam ao mesmo tempo o antagonismo inerente entre a família no seu significado genuíno e o bárbaro mundo que apoiavam. Embora exaltassem ideologicamente a família como indispensável a uma sociedade baseada no princípio do "sangue", na realidade suspeitavam e combatiam a família como um refúgio contra a sociedade de massa: consideravam-na uma verdadeira conspiração contra o estado totalitário. A sua atitude para com a família era semelhante à sua política ambivalente perante a religião, a livre empresa e o estado constitucional. Resta ver, hoje, se a complicada acção recíproca destas forças era especialmente alemã, ou se é o indício de uma mais universal tendência histórica.

Autoria: Francisco Trindade

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Como lidar com pessoas difíceis no trabalho





Como lidar com pessoas difíceis no trabalho: veja dicas de consultor
06 de janeiro de 2009 às 00:09
Por Karin Sato - InfoMoney

"Pessoas consideradas difíceis estão por toda parte. Há as falantes demais, as inoportunas, fofoqueiras, intrometidas, egocêntricas, nervosas em excesso, explosivas, que nunca estão erradas. Lidar com elas, no dia-a-dia, é um grande exercício de tolerância e conhecimento dos próprios limites", afirma o psicólogo e consultor organizacional Rogerio Martins, da Persona Consultoria e Eventos.

Para conviver em harmonia com pessoas "difíceis", é necessário saber, primeiramente, quais são seus próprios limites. Até que ponto você é capaz de suportar certos comportamentos? Qual seu nível de tolerância para determinadas ações? Analise como você se comporta. Há pessoas que entram em colapso nervoso, quando o chefe ou os colegas de trabalho que não respeitam limites exercem intensa pressão.

Passo 2

O segundo passo é compreender o que motiva o comportamento alheio. Analise por que o outro age daquela determinada forma. Em alguns casos, segundo o psicólogo, trata-se de um sintoma de carência, de necessidade de chamar atenção.

Ele dá outro exemplo: "uma pessoa que fala o tempo todo e se comporta de maneira intrometida revela imaturidade. Ela tem atitudes de criança e é preciso colocar limites. Informe que ela está atrapalhando, mas de forma que ela compreenda e não se sinta ofendida. Aliás, colocar limites serve para a maioria dos comportamentos considerados difíceis. É preciso impor certos limites, agindo de modo assertivo, ou seja, apontando o que incomoda ou atrapalha nas atitudes do outro".

Mas lembre-se de fazer isso de modo que o outro possa refletir sobre a atitude, em um local e momento adequados. Preferencialmente, não na frente dos outros nem logo após uma atitude inoportuna.

Se o caso for mais grave...

Se o caso for mais grave e estiver prejudicando o andamento das atividades, de forma que ter uma conversa séria com o colega não bastou, o melhor é conversar também com a chefia imediata. Aponte, com exemplos de situações concretas, o quanto o comportamento da pessoa em questão está influenciando na produtividade.

O caso pode ser ainda pior quando a pessoa difícil é o próprio chefe. Muitas pessoas em cargo de liderança utilizam o poder do cargo para agir de forma desmedida e isso já rende inúmeros processos de assédio moral.

"Caso o problema esteja na chefia, também vale a pena conversar com a pessoa em questão. Uma relação profissional deve ser pautada pela maturidade para dar e receber feedback. Todavia, se perceber que não há espaço para apontar críticas ou elogios, é o momento de procurar outra oportunidade", recomenda Martins.

"Por mais difícil que seja a recolocação em determinados áreas, ninguém deve se sentir desrespeitado ou humilhado em função de outros. É preciso ter coragem para assumir riscos. Para isso, é preciso ter consciência do que se quer, buscar o entendimento, agir com assertividade e, em último caso, arriscar novas oportunidades", finaliza.

O Natal na visão do espírita





O Natal para o Espírita representa a comemoração do aniversário de Jesus.

O dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós. O aniversariante tem os seus convidados que são os pobres, os deserdados, os coxos, os estropiados, os sofredores, etc...

Será que realmente somos convidados do Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveremos lhe oferecer?
O que Ele gostaria de receber?

Sabemos que o que Ele mais quer é que cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E todos os dias renovamos os nossos compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa vontade"

Será que estamos fazendo a nossa parte?
Será que estamos nessa festa ou fomos barrados?

A maioria de nós, mesmo espíritas, ainda vemos o Natal como uma festa de consumo, reforçando o culto ao materialismo e à materialidade, trocando presentes entre si, quando, em verdade, não somos os homenageados, nem a festa é nossa...

Será que o Cristo se sente feliz com isso?

A nossa reverência ao Cristo deve ser em Espírito e Verdade apenas, buscando somente materializar a Vontade do Pai que está em todo o Evangelho.

E como deve ser essa comemoração?

Com uma prece, uma reflexão sobre os objetivos alcançados, com uma análise crítica interior onde possamos verificar se os compromissos assumidos antes do reencarne estão sendo cumpridos, porque o único e maior objetivo que temos na presente existência é de edificar em nós o Bem.

Para esse desiderato, acertamos de forma pessoal e intransferível com o Cristo, um mandato de renovação.

Nosso compromisso é o de nos conhecermos melhor, conformando nossa vida com a Vontade de Deus, de nos reformarmos intimamente e nos tornarmos homens e mulheres de Bem, edificando dentro de nós o Belo, o Bem e a Justiça.

Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido dentro de nós.

Nossas mesas estão fartas e se fala muito de solidariedade, mas não se tem sensibilidade ainda com a dor alheia.

Nos falta consciência, falamos muito, mas ainda não sentimos a fraternidade pulsar o coração. Estamos reféns e prisioneiros das aparências, do materialismo, dos cultos exteriores, do consumismo, colocando em segundo lugar o Reino do Espírito, o Reino de Deis.
Os interesses espirituais ainda não tem vez nem voz em nossos corações.

Qual o verdadeiro sentido do Natal?

Deve ser o de auto-conscientização, buscando a comunhão com os valores do Bem, ligados aos interesses do Espírito e da vida imortal, porque a Terra, para os encarnados, é apenas um curso de pequena duração e ninguém fica na Escola a existência inteira, um dia voltamos para Casa para avaliar os deveres realizados.

O que nos atrai não são as boas idéias, mas os interesses.

A Doutrina do Cristo, cheia de boas idéias, está conosco a mais de dois mil anos e não mudamos o suficiente. infelizmente, ainda não fomos atraídos por esses ideais. Mas a medida que evoluímos pelo estudo, pelo amor e pela dor, mudam os nossos interesses e vamos crescendo;

Quanto mais sepultamos as nossas vaidades, o nosso orgulho e o nosso egoísmo, mais somos atraídos pela luz do Cristo e nos tornamos felizes.

O que representa a Estrela de Belém para os Espíritas: representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma Infinidade de Espíritos Luminares que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.

Será que lembramos dos companheiros que estão nas zonas umbralinas no Natal?

Como se sentem esses Irmãos?

A espiritualidade nos ensina, pelas penas de Chico Xavier, que alguns nem sabem dessa data ou comemoração. Outros, que se encontram em situações melhores, sentem-se extremamente tristes por estarem afastados dos seus familiares; outros ainda vivem refletindo e lamentando as oportunidades perdidas e sofrendo a dor da saudade e da separação em razão da resistência e da rebeldia em não aceitar o processo de mudança e transformação no caminho do Bem.

A falta de Reforma íntima nos afasta de quem amamos.

Muitos filhos, maridos, esposas, demoram a encontrar-se na erraticidade, em razão do mau direcionamento do livre arbítrio, tendo em vista seus investimentos no mundo material, nas fantasias, nas ilusões, em detrimento do sentido real da própria existência. A fuga no enfrentamento dos desafios ou o desprezo de buscar a prática das lições do bem nos causa muita dor moral.

NATAL é isso aí, renovação permanente.

Todo segundo é hora de mudar para melhor, Amando, Servido e passando nesta vida com trabalho no Bem, na Solidariedade, na Tolerância, com muita Fraternidade.

E então? Vamos pensar nisso?
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