Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

sábado, janeiro 30, 2010

O APOIO





Calunga/Rita Foelker

" Quando eu falo em você se apoiar, é pra você ter firmeza no que sabe, no que sente, no que faz.

É pra você não ter que ir ficar buscando confirmação, aprovação, apoio, no outro.

Quantas vezes, num dia, você apoia mais o que o outro diz sobre você, do que o que você sente? Quantas vezes você faz uma coisa e fica esperando alguém dizer que foi correta, que ficou boa como você fez?

Isso é doença, minha filha. E se chama dependência.

Quando você não se apóia, fica na dependência do apoio dos outros. Caminhar para a independência é aumentar o apoio a si. Ser capaz de se apoiar em todos os aspectos, material, psicológico, espiritual.

As pessoas não foram criadas pelos pais para a independência, porque os pais sempre colocaram os referenciais fora dos filhos.

Quem sempre confirmava ou apoiava as atitudes dos filhos eram eles mesmos, os pais, numa disciplina autoritária, sem explicação, ou era o professor, ou era a polícia, ou era a religião... E a maioria das pessoas aprendeu a fazer coisas que não contrariassem os pais, o professor, a polícia ou a religião, ainda que fossem profundamente contrárias a si mesmas, à sua vocação, à sua alma. E desaprenderam de confiar em si mesmas, no seu sentido íntimo, no seu discernimento, agora atrofiado por uma educação limitadora.

Ficaram achando que não eram boas o suficiente para patrocinar suas escolhas, suas idéias e seus sentimentos. Sempre tendo que ter o aval de alguém, ainda que este alguém fosse mais ignorante, desde que viesse com uma certa confiabilidade, nascida de razões muitas vezes inconscientes.

Apoiar-se, então, é entrar nas suas razões mais profundas, é perder o medo de ser errado ou inadequado, pra ficar consigo mesmo. É assumir a responsabilidade por si, cuidar de si, sem ansiedade, sem insegurança quanto ao que os outros vão achar ou dizer.

É achar a sua opinião tão válida quanto a do outro. É dar aos seus motivos consideração igual aos motivos dos outros. É não dar a mais ninguém o poder de pensar ou falar por você, porque este poder é seu, sempre foi, e a responsabilidade do que fazer com ele é toda sua, na eternidade.

Quem sabe você possa, agora, começar a apoiar seus sentimentos como legítimos, e confiar mais neles. E quando fizer qualquer coisa, que não seja esperando o outro gostar ou agradecer, mas seja só a satisfação de realizar sua própria vontade. Simples, né?

Você vai ver como a independência vai tornar sua vida muito mais simples, sem preocupação com a aprovação dos outros; sem ter que ser adivinho do que o mundo espera, pra ser leitor do próprio coração.

Se isso é caridade? Claro que é! Porque aí eu sei que o que eu vou dar ao mundo vai sair de mim mesmo, do meu sentimento, da minha razão, vai ser uma doação real de alma para alma, com toda a intensidade, com todo o entusiasmo de estar fazendo algo que vem de dentro de mim, que não vem de ninguém falar ou achar."


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quarta-feira, janeiro 27, 2010

Afabilidade e doçura - Evangelho segundo o espiritsmo




A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.

A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.
Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.


“Crueldade não é algo que somente existe nas câmaras de tortura.
Ela se faz também com palavras.


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Há palavras cruéis que apagam a tênue chama da esperança.

domingo, janeiro 24, 2010

"Nós somos a soma das nossas decisões"





A certa altura do filme Crimes e Pecados o personagem interpretado
por Woody Allen diz:

"Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais
saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente
escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando
outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou
chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está
abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será
quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa:
namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto
da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e
deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do
casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria,
orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as
alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser
casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter
filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está
cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é
necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos,
prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir
o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de
caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para
anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é
longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha
responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas
ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também
50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!!!

(Pedro Bial)

sexta-feira, janeiro 22, 2010



Cuide-se

Eu vou contar pra você qual é o maior presente que o espiritismo ou qualquer filosofia espiritualista pode dar a uma pessoa, é a noção de responsabilidade pelo seu próprio progresso.

Vocês podem pensar que é a mediunidade, o conforto espiritual, ou até a imortalidade. Mas o que realmente faz um ser humano olhar pra si como alguém capaz de mudar o seu destino, de transformar em si, aquilo que não lhe agrada, de acabar com as causas do próprio sofrimento e de se confortar a si mesmo é a auto-responsabilidade.

Por que você se descobre responsável pela sua vida, pelas suas decisões, é quando aprende a agir de modo a alcançar objetivos melhores, em vez de se arrastar na lamentação das coisas que não dão certo.

E isto não tem idade não, uma criança pequena já pode ir aprendendo a ser responsável pelos deveres escolares, por suas amizades, pela sua saúde e higiene, pelos seus horários. E vai aprendendo as vantagens de ser assim.

A gente passa a vida como se tivesse outras pessoas cuidando dela (de nossa vida) e depois acha ruim quando todo mundo quer se intrometer nas nossas vontades.

No universo a ação dos espíritos amigos é tutelar apenas para os ignorantes, mas é de companheirismo e inspiração para aqueles que já sabem que estão ai pra progredir.

Se o seu filho nunca sai de casa, se você faz tudo pra ele, ele nunca vai ser responsável por si, mas também não vai aprender a viver. E você vai estar com ele até quando?

É desumano pensar que as criaturas não precisam de independência, que precisam sentir o prazer de saber cuidar de si mesmas, por que vai chegar uma hora que você vai estar cansada de mimar o outro.

A propósito, pq será que as pessoas se largam pra cuidar dos outros? Em grande parte, as doutrina não ensinam isso., porque a pessoa cresce com uma formação religiosa para a dependência, para olhar a necessidade do outro e para esquecer de si mesmo. Então veja: está tudo bem com você? Está feliz com a sua vida? Não te falta nada?

Por que se faltar, talvez você esteja usando o seu filho mimado ou os “pobres” pra preencher esta falta.

E ninguém tem obrigação de preencher suas carências. Quem precisa cuidar de si, é você.

Do livro: Felicidade é Escolha

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Rita Foelker pelo espírito de Calunga

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Que a OAB trabalhe para humanizar os presídios por Luiz Guilherme Marques



O aprisionamento produz uma série de mudanças na vida de uma pessoa.

Há uma variedade enorme de casos, que vão da interceptação de desabaladas carreiras rumo à criminalidade absoluta até o encarceramento de homens e mulheres idealistas como SÓCRATES, JESUS CRISTO, SÃO PAULO e MOHANDAS K. GANDHI, estes últimos que tiveram sua liberdade de ir e vir coarctada pelo medo que determinados homens do poder tiveram da Verdade.

Num extremo estão os que são presos porque sua conduta atenta contra a integridade física, o patrimônio ou a tranqüilidade das coletividades. No extremo oposto estão aqueles cujas palavras e exemplos atormentam a consciência dos desonestos e corruptos ao propugnarem pelo Bem.

Entre os dois extremos - em que não se é nem 8 nem 80 - as populações carcerárias são representadas por homens e mulheres que apresentam virtudes e defeitos mais ou menos acentuados, havendo muitas pessoas de escassa periculosidade, detidas por excesso de rigor das autoridades policiais e judiciárias ou do Ministério Público.

O pior não é o aprisionamento em si, mas sim as condições desumanas em que passam a viver: obrigados a conviver com um número excessivo de outros detentos em celas infectas, mal alimentados, com pouco ar e pouco sol, e maltratados por funcionários agressivos e despreparados para a função recuperadora das penas privativas de liberdade.

Sem acesso à Cultura, sem privacidade até nos momentos de satisfazerem suas necessidades fisiológicas como defecar e urinar, rebaixa-se sua personalidade a níveis sub-humanos, tudo isso presenciado friamente pelos responsáveis pela sua guarda.

Imagine-se a diferença de estrutura psicológica entre aqueles quatro luminares mencionados acima e as pessoas comuns, e calcule-se os danos psicológicos, físicos e morais que estas últimas normalmente passam a sofrer após uma estadia – mesmo que breve – num presídio como os que vemos na nossa lastimável realidade prisional.

Ao invés de campo para reflexão e tomada de rumos novos, no caso de pessoas desajustadas moralmente, vemos somente a inflição de castigos, até corporais, através de variadas formas de restrições (fome, pouco sol e ar etc.), isso sem contar humilhações impostas por funcionários que mais parecem carcereiros e verdugos dos campos de concentração nazistas do que trabalhadores da Pedagogia de Recuperação Moral.

Quantas pessoas saem inutilizadas dos presídios, depois de contraírem doenças graves; quantas adquirem traumas psicológicos irreversíveis, com os maus tratos e violências...

Em face da omissão das entidades oficiais encarregadas da administração dos presídios, como acontece, talvez somente a Ordem dos Advogados do Brasil possa mobilizar a máquina judiciária para começar a humanização dos presídios, para atingirmos um mínimo de qualidade preconizado e exigido pela Lei de Execução Penal.

http://jusvi.com/colunas/43304


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segunda-feira, janeiro 18, 2010

Inteligências



Não é raro que se diga, quase como elogio, que alguém é uma pessoa complicada, mas inegavelmente inteligente. Também é frequente a menção, do mesmo modo como se fosse elogio, ao fato de que outrem não é muito inteligente, mas que seria uma “pessoa boa”.
Pensar essas coisas nos parece natural, eu mesmo já tive a pretensão de fazê-lo - por vezes, volto a ter. Mas será que é devido classificar publicamente os outros, negativa ou positivamente, com base na avaliação de algo tão difícil de aferir como a inteligência? Ou no julgamento de qualquer outro talento mental, mormente quando se nega o atributo, sabendo como os estereótipos podem tornar difícil a vida pessoal ou profissional de qualquer pessoa?
Pensando-se especialmente em caso de indivíduo com boa vontade e esforçado, pergunta-se: o que mais contribui para nossa evolução coletiva, um gênio preocupado apenas com suas necessidades ou alguém não tão brilhante que busque colaborar com o progresso de todos, utilizando seus conhecimentos para ajudar na busca do bem comum ou do próprio interlocutor?
Apesar de isto parecer óbvio, Kant, uma das mais brilhantes mentes da filosofia, deu-se ao trabalho de dizer que os talentos da mente, em si mesmos, não são bons ou ruins . E disse mais: é a boa vontade que torna alguém merecedor de felicidade; que a visão de um ser que não tenha uma única característica de pura boa vontade nunca poderá dar prazer a um espectador imparcial e racional.
Tentando formular um conceito – possivelmente de forma simplista -, vejo a inteligência como um talento mental que permite àquele que o tem melhor análise de certas informações que recebe, devendo-se levar em consideração que, como já não se discute, há inteligências diversas – lingüística, interpessoal, lógico-matemática etc.
Não há, aí, nesta definição improvisada, qualquer indicativo moral, e nem poderia haver, seguindo o que disse Kant. É a intenção que caracteriza os atos como bons. Consequentemente, o que devemos esperar é que os outros tenham boa vontade e que pratiquem aquelas condutas que poderiam ver transformadas em regra universal, com isso sendo demonstrado seu valor.
A inteligência revelada por alguém, assim, da mesma forma que outros talentos que podemos ter, se vista do ponto de vista das relações humanas, nada sinaliza quanto à personalidade de alguém - vista a personalidade não como algo imutável, admitindo-se de que as pessoas, salvo em casos patológicos, efetivamente podem mudar seus comportamentos.
Nada elucida, também, quanto ao grau de consideração que outrem deva merecer – se é que uma pessoa possa merecer mais consideração que outra.
Portanto, e supondo que, diante das diversas inteligências, possamos caracterizar alguém simplesmente como inteligente ou não – no que não acredito -, nada deve mudar, nas relações sociais, para alguém sem interesses pessoais menos nobres a alcançar, ter um ser mais ou menos inteligente ao seu lado, isso se levar em consideração o simples fato de ser o mais inteligente detentor de uma capacidade privilegiada de pensar sobre determinados aspectos.
É bem verdade que, não tivéssemos pessoas inteligentes na história da humanidade, talvez ainda vivêssemos em condições precárias. Afinal, foi a inteligência uma das características que nos permitiu posição de supremacia na natureza.
Ademais, é plenamente compreensível que, para algumas funções, por razões práticas, sejam buscadas pessoas com inteligência diferenciada, ou que consigam ter boa compreensão de assuntos diversos. A meritocracia, aliás, faz com que algumas posições sejam alcançadas em vista da inteligência e do conhecimento, este relacionado ao esforço.
Mas, ao menos na minha visão, a inteligência não é a mais nobre das nossas características.
Apesar disso, talvez pela necessidade de sobrevivência na nossa concorrida sociedade, talvez pelas possibilidades que a inteligência gera para quem a tem, que pode trabalhá-la de forma a alcançar posição de destaque para si e para quem o cerca em determinados ambientes, há quem ignore a existência dos que consideram simplórios. Ou os subestime.
O pior não fica aí.
Ocorre que, como indicado, a inteligência não se restringe àquela que permite o sucesso acadêmico, pela facilidade de absorver, reter e relacionar conhecimentos, mas também se revela pela habilidade social. Disso surge uma variante menos sofisticada desse atributo, a esperteza, naquela conotação tipicamente brasileira, que apela a instintos mais primários e permite, basicamente, a sobreposição de uns aos outros mediante o uso de expedientes questionáveis diversos, como a manipulação de opiniões e pessoas.
Nesse contexto, pelas expectativas que a sociedade gera, pela noção corrente de que o valor é menos importante que a dialética, que ganhar poder é um fim em si mesmo, é fácil vermos o quanto a idéia de que quem mais queira se dar bem do que fazer algo realmente bom se torna atrativa.
Mesmo reconhecida, repiso, a importância que as capacidades de analisar informações, de se comunicar, de escrever, dentre outras, têm para a maior parte das atividades e funções, parece-me que uma maior valorização das pessoas que buscam realizar o bem, mesmo que não tenham mente tão sagaz, que não sejam tão perspicazes, que não tenham a suposta habilidade de saber tudo a respeito das pessoas ao primeiro contato ou à primeira reação, é medida salutar. E não é demais lembrar que, por vezes, o excesso de preocupação em mostrar sagacidade leva a um estado de paranoia.
Deixo bem claro, se ainda há dúvida, que não faço apologia aos que têm dificuldade de elaborar raciocínios, ou mesmo à ignorância – esta tendo alguns partidários, que, esquecendo-se dos méritos de quem se esforça, mais se preocupam em atacar os estudiosos do que em saber a adequação do que dizem.
Pelo contrário, acho que algumas pessoas que revelam raciocínios menos elaborados podem fazer muito mal. Do mesmo modo, acho que a inteligência ajuda na educação, e esta é fundamental.
Mas educação que mereça ser assim chamada passa pela compreensão de que todos merecem tratamento igualitário, pela valorização do esforço e da boa-fé, que deveriam ser tão enaltecidos quanto o brilhantismo das idéias – ou a repetição de idéias decoradas.
O importante é que a inteligência, quando unida à boa vontade, em especial a uma boa vontade tão desinteressada quanto possível diante da nossa natureza e das nossas necessidades, pode permitir que sejam feitas grandes coisas em favor dos outros sem que ocorram os prejuízos colaterais normalmente relacionados à busca do sucesso pessoal a qualquer preço.
Para finalizar, saliento que, diante de muitas pessoas que trabalham na área do Direito, sinto-me bastante limitado, mas são notáveis o respeito e a capacidade que esses mestres têm de se adequar à capacidade de percepção de ouvintes como eu sem tornar possíveis diferenças barreiras entre todos. Há dois exemplos disso aqui no blog...
Não por acaso, a característica que essas pessoas acabam incentivando a adotar é o esforço de melhorar.
No caso de pessoas menos amigas, por outro lado, mesmo eventuais brincadeiras ou comentários que, usando técnicas de argumentação, ridicularizem as idéias expostas – comentários esses feitos perante o destinatário, permitindo direito de defesa – conseguem mostrar que o caráter educativo e democrático pode predominar, isso sem que se queira criar estamentos intransponíveis.
Tenho a crença de que, se valorizarmos todos que, com boa vontade, mostram esforço e dedicação, em qualquer atividade, ou mesmo na vida social, podem fechar-se alguns espaços para quem, achando merecer consideração mais elevada, vale-se da inteligência e da falta de escrúpulos para escarnecer, para destruir, para lucrar e para acabar com a auto-estima das pessoas, seja este último o objetivo visado ou não.

Dr. Paulo Eduardo Nunes de Ávila - Promotor de Justiça do
http://materiaespecializada.blogspot.com/


Kant’s Critique of Practical Reason and Other Works on the Theory of Ethics, trans. Thomas Kingsmill Abbott, B.D., Fellow and Tutor of Trinity College, Dublin, 4th
revised ed. (London: Kongmans, Green and Co., 1889), p. 39.


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terça-feira, janeiro 12, 2010

A bacia de jabuticaba



(este texto é a minha cara - isabelllinha)


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Não tolero gabolices.

Fico revoltado com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

Não tenho mais tempo de ouvir essa cambada de políticos corruptos que prometem coisas que nunca serão cumpridas.

Não vou mais perder meu tempo assistindo os comerciais e workshops que ensinam como ganhar milhões usando apenas uma escova de dente e um palito de fósforo.

Não quero que me convidem mais para essas festinhas e outros “get togethers” de fim-de-semana onde tenho que ficar escutando sobre a “maravilhosa” vida do anfitrião e dos convidados que nem sequer tem a gentileza, curiosidade ou a elegância de perguntar um pouco sobre a minha.

Não tenho mais tempo para ficar ouvindo certas pessoas ou de assistir aos medíocres e sensacionalistas programas de televisão.

Já não tenho tempo para aquelas reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos, regimentos internos e outras merdas corporativas.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, continuam imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos a limpo”.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto de certas coisas. Minha resposta será sempre bem curta:

– Gosto, e ponto final!

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Uma grande verdade! Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho mais tempo e saco de explicar aos “intelectuais” que prefiro ver um desenho animado do Tom & Jerry“Código Da Vinci”. de ter que assistir ou ler aquela merda do ...

Já não tenho mais tempo para explicar aos infelizes porque admiro os livros, histórias, filmes e documentários com final feliz onde ninguém morre ou é torturado.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente simples, sincera, feliz, humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, que não se encanta com triunfos, que não têm medo de pisar na lama, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, que não têm medo de admitir que “peidou”, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente ao lado de Deus.

Caminhar perto delas nunca será perda de tempo !!!

Texto de Sofia Haddad, jornalista.

sexta-feira, janeiro 08, 2010



Não perca tempo.
Não fuja ao dever.
Respeite os compromissos.
Sirva quanto possa.
Ame intensamente.
Trabalhe com ardor.
Ore com fé.
Fale com bondade.
Não critique.
Observe construindo.
Estude sempre.
Não se queixe.
Plante alegria.
Semeie paz.
Ajude sem exigências.
Compreenda e beneficie.
Perdoe quaisquer ofensas.
Atenda à pontualidade.
Conserve a consciência tranqüila.
Auxilie generosamente.
Esqueça o mal.

Cultive sinceridade, aceitando-se como é e acolhendo os outros como os outros são, procurando, porém, fazer sempre o melhor ao seu alcance.

pelo Espírito André Luiz - Do livro: Sinal Verde, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, janeiro 03, 2010



Quem são os verdadeiros ESPÍRITAS?
via IRMÃOS DE LUZ de Manoel Trajano em 30/12/09

Por Vania Mugnato de Vasconcelos
http://espiritismosemmelindres.blog.terra.com.br/2009/08


Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.
(Allan Kardec, ESE., XVII, 4)



Ponderando com Allan Kardec, torna-se simples definir quem é verdadeiro Espírita, afinal os podemos reconhecer pelos esforços que fazem em transformar-se em pessoas moralmente melhores e em domar suas más inclinações, geradas pelas imperfeições milenares que todos carregamos na alma imortal.

No entanto, embora o desejássemos, a temática é mais complexa do que podemos pensar inicialmente. Observando com um pouco de atenção, podemos facilmente reconhecer muitos “espíritas” ainda adormecidos perante suas responsabilidades, adquiridas através dos esclarecimentos que a Codificação oferta a 152 anos.

Vemos pessoas que se intitulam “espíritas” apenas porque são ávidas leitoras de Zíbia Gasparetto, apreciam o seriado “Médium”, assistiram a novela “A Viagem”, ou acreditam que viveram como Faraós ou Rainhas no Egito. Aliás, quando se designam de “espíritas” pode-se até respirar feliz, pois há quem se auto-intitule de kardecista, como se o Espírita seguisse a pessoa Kardec e não a obra dos Espíritos que ele codificou.

Há quem se diga “espírita” sem jamais ter lido O Livro dos Espíritos (LE) e O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) - a Codificação toda, então, nem se comenta! -, e sem nunca ter se comprometido com o Evangelho no Lar, porque “esquece”, “algo dá errado” ou parece que está “falando sozinho”.

Há quem se afirme “espírita” mas ainda faz o “sinal da cruz”, diz “amém” ao final de suas preces, repete orações decoradas, chama Maria de virgem, bate cartão no cemitério em dia de Finados, batiza seus filhos em outra religião, por apego ao rito ou medo dele ser considerado “pagão”, e casa-se na igreja com a justificativa de que Deus está em todo lugar – e Ele está, mas é ilógico caminhar por duas estradas ao mesmo tempo, especialmente quando se contradizem no trajeto.

Há quem se diga “espírita” porque vai ao Centro Espírita buscar o passe e a água fluidificada, e de boa vontade, ouve a palestra esclarecedora sobre valores morais imprescindíveis à transformação íntima. E na saída compra ou empresta um romance, retornando ao lar certo de que fez tudo o que podia. Mas continua sendo assistido em vez de servidor.

Há “espíritas” que fazem de Bezerra de Menezes um Espírito santo, em vez de reconhecê-lo um incansável trabalhador do Bem que todos podemos imitar; que garantem que Chico Xavier foi Kardec; que fazem tietagem a Divaldo Pereira Franco; que pensam que André Luiz é Espírito superior e não vai mais encarnar na Terra; que lêem admirados obras de autores que dizem que Espírito engravida; que se preocupam em saber se seus filhos são índigo ou cristal; que conseguem justificar sua ânsia por um bom filé mal passado através de O Livro dos Espíritos.

Há alguns pobres “espíritas” que se deixam levar pela vaidade, achando que são privilegiados por serem médiuns ou expositores, dirigentes de trabalhos ou de Centros Espíritas; que não saem do Centro sem uma psicografia do seu mentor, que usam o ESE como bíblia, e para o qual a assinatura de nome nobre em uma obra é garantia de verdade e por isso não precisa ser questionada.

O verdadeiro Espírita realmente o é, repetindo ainda uma vez a Kardec, reconhecido por sua transformação moral e pelos esforços em domar as más inclinações que ainda carrega. Mas também o é porque estuda a Codificação inteira e, além dela, busca completar seu conhecimento estudando outras obras sérias, discutindo, comparando, usando a razão, nada aceitando sem refletir a respeito.

O verdadeiro Espírita não deseja continuar a utilizar os apoios milenares que hoje chamamos (por sua função) de “muletas”, e que por séculos sustentaram-nos a fé cega, frágil e inconstante, muitas vezes manifestada apenas porque foi gerada pelo medo, não pela compreensão da Vida e amor ao Criador.

O verdadeiro Espírita não faz do passe uma necessidade, nem da água fluidificada uma vitamina diária. Não faz cara de ingênuo enquanto coloca o mesmo nome nos pedidos de vibrações de vários Centros, pensando que várias equipes de Espírito irão ajudar, em vez de uma só. E ele não é feito de açúcar, se está comprometido com o trabalho, não teme a chuva e o frio, cumprindo sempre com sua parte.

O verdadeiro Espírita não julga todas as dores como atestado de culpabilidade, porque sabe que além de expiações, também vivemos em provas. E ele sabe que é preciso confiar que não existem acasos, e sempre será o que deve ser, mas que neste contexto temos que agir com precaução, responsabilidade, resignação e coragem.

O verdadeiro Espírita não diz que não lê Ramatís porque alguém que também não leu lhe disse que ele é um Espírito pseudo-sábio, mas se concordar com essa ideia foi porque tirou suas próprias conclusões, da mesma forma que o faz com outros autores encarnados ou não. E não esquece da objetiva mensagem de Paulo de Tarso, em I Tessalonicenses 5:21, que diz "Examinai tudo. Retende o que é bom”.

O verdadeiro Espírita não se considera dono da verdade, e por isso não tenta convencer ninguém a lhe aceitar as opiniões (aliás, não precisam aceitar as minhas!), não se melindra porque seus alvitres não são aceitos, não se exclui de um grupo porque não foi atendido em sugestão que ofertou para a resolução de um problema ou organização de um evento. Ele trabalha em grupo, democraticamente, cioso de fazer o melhor pelo Espiritismo, pelos Assistidos, pelos Espíritos, pela Causa Social, e não pelo seu Ego.

O verdadeiro Espírita não faz de conta que já vive de bônus-hora, reconhece que permanece encarnado, cumpre com as responsabilidades para com “César” (coisas do mundo) sem deixar de lado as coisas de Deus (espirituais). Ele vota, se candidata, contribui financeiramente com o sustento da Casa a que se vinculou, sem fingir que despesas se pagam com preces.

O verdadeiro Espírita lerá este texto até o final e reconhecerá que algumas realidades podem ter sido ditas; verificará se lhe servem, ponderando nos motivos que ainda o prendem a rituais de outras religiões, satisfação egoística, fanatismo e cegueira. E se admitir que realmente está se desviando do sentimento original do Espiritismo, ele procurará domar estas inclinações, estimuladas pelo mundo competitivo em que vivemos, bem como por falanges de espíritos inferiores que há muito desistiram de nos afastar da preciosa Doutrina de Luz, e focam atenção em perverter seus nobres ideais.

Este é o ESPÍRITA que fará diferença no mundo sob este título. Aqueles que se dizem “espíritas” mas ainda caminham paralelamente ao Espiritismo, também são excelentes cristãos, pessoas boníssimas, fazem toda a diferença, mas não são Espíritas, são simpatizantes da Doutrina dos Espíritos.


Fraternais abraços!

Vania Mugnato de Vasconcelos



Enviado por Jaime Khoury-Plantão da Paz/BA

sábado, janeiro 02, 2010





Jesus em minha vida

Em todas as religiões cristãs, Jesus é o Modelo de conduta, é o grande Mestre que ensina a viver melhor, é o Modelo e Guia.
Jesus nada escreveu, mas falou a todos aqueles que O quiseram escutar fosse por necessidade, por curiosidade ou, até mesmo, por desejo de combatê-Lo.
Suas ideias e ensinamentos disseminaram-se rapidamente pois aqueles que O ouviam comentavam, encantados, Suas palavras com outrem.
Depois de Sua morte física, os apóstolos levaram Seus ensinos a lugares distantes, aumentando o número daqueles que os conheceriam.
Alguns dos seguidores escreveram a respeito do que viram e ouviram de Jesus, e esses textos formaram os Evangelhos.
Sua vida e Sua obra, eternizadas por esses textos, são as mais comentadas e discutidas pelas civilizações da Terra, através dos tempos.
Em todas as religiões cristãs o Evangelho é a base dos estudos e das pregações possibilitando, a todos, reflexão.
O Evangelho pode ser considerado como um testamento que Jesus deixou para a Humanidade, sendo o mais belo poema de esperanças e consolações a que podemos ter acesso.
Ainda hoje, Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que O buscam, com lições de beleza e de felicidade, dando oportunidade de esperar por melhores dias à medida que nos ensina a autossuperação.
Nos dias atuais, conhecer e estudar o Evangelho está ao alcance de todos, diferentemente do que acontecia quando isso era reservado apenas aos líderes espirituais de algumas religiões.
Mas, será que o conhecimento do que disse Jesus, dos Seus exemplos, das Suas ideias nos serve para realmente modificar nossas vidas?
Será que procuramos ser simples e humildes como Ele nos ensinou?
Será que, diante de um ato violento seja físico ou moral, feito contra nós, sabemos mostrar a outra face ao agressor, dando-lhe um exemplo de brandura e não de revide?
Será que, ao nos sentirmos ofendidos, sabemos perdoar, da mesma maneira que, quando ofendemos queremos ser perdoados?
Será que somos capazes de dialogar com todos, a despeito de quaisquer diferenças, mantendo-nos calmos e pacíficos?
Somos capazes de tratar com amor alguém, cujas atitudes não estejam de acordo com nosso padrão moral, sem fazer julgamentos?
Somos capazes de refletir sobre aquilo que nos faz sofrer, sem nos julgarmos vítimas, mas sim responsáveis, e, dessa maneira, conseguirmos usar este sofrimento para nos modificarmos interiormente?
Será que temos, realmente, ouvidos de ouvir, ou decoramos as passagens dos Evangelhos e as repetimos superficialmente sem nada colocar em prática?
Nosso querido Mestre Jesus esteve entre nós porque desejava deixar um caminho a seguir.
Se queremos realmente conhecê-Lo não basta apenas ler ou ouvir o que Ele falou, mas sim experimentar, em nossa vida, Seus ensinamentos, colocando-os em prática.
Como nosso amigo e terapeuta, Ele espera que possamos abrir coração e mente para as reflexões que há dois mil anos estão espargidas no ar que respiramos, esperando solo fértil para germinar e florescer.

Redação do Momento Espírita com base no seminário O significado de Jesus: o encontro real - mudanças internas, desenvolvido no Encontro fraterno com Divaldo Pereira Franco, realizado na praia de Guarajuba – BA, em setembro de 2009 e na introdução do livro Jesus e o evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 28.12.2009.

sexta-feira, janeiro 01, 2010