Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

segunda-feira, setembro 27, 2010

Humildade é Força




por Brahma Kumaris - sao.paulo@br.bkwsu.org


Humildade é a virtude que nos torna abertos a aprender e mudar. Ela só é possível quando temos auto-respeito, que só pode vir com autoconhecimento. Conhecer-se é entender que somos parte de um todo, como um raio de uma roda. Não somos tudo, também não somos nada. É a humildade que cria este entendimento e nos mantêm em equilíbrio.
Quando não somos apegados às nossas boas qualidades nem às nossas fraquezas, podemos lidar com ambas. Através de cultivo amoroso, nossas qualidades positivas crescem e servem outros. Através da atenção e honestidade, nossas fraquezas diminuem.

Humildade é nossa maior proteção. Ela nos mantém alerta para todas as possibilidades, desde sermos enganados até a de criarmos os mais surpreendentes milagres. Humildade é o fruto do auto-respeito: uma pessoa humilde nunca teme perder. Para isso precisamos sempre ir para dentro de nós mesmos. Nada e ninguém podem nos tirar esse recurso.


Humildade nasce da segurança interna, nos deixa prontos a comunicar, cooperar com novos pensamentos e idéias. É a prova da maestria de ter conquistado o “eu” e “meu” limitados que anulam o respeito e a amizade. Nós devemos ser tutores, não donos. A posse automaticamente cria o medo de perder. Ser um tutor nos dá entendimento que nada e ninguém é nosso. Paradoxalmente, ao renunciar tudo, recebemos tudo. O que precisarmos virá até nós, mais cedo ou mais tarde. Há o suficiente para todos.


A atitude de ser um tutor significa que economizamos uma grande quantidade de energia mental e emocional, uma vez que tempo não é desperdiçado em cálculos egoístas ou manipulações espertas. Com a atitude de ser um tutor nos tornamos mestres. Um mestre trabalha com os princípios eternos do universo. Ele é humilde e auto-suficiente, mantém equilíbrio e harmonia.


A maior humildade de todas é reconhecer e aceitar que existem leis além daquelas dos seres humanos e que não somos o padrão do universo. Os princípios eternos protegem e governam o bem-estar de todas as formas de vida. Quando nos alinhamos com as verdades eternas, encontramos a liberdade, nosso caminho. Alinhamento às leis divinas não nos limita ou anula. Ao contrário, as leis eternas são o meio que permitem a expressão completa do indivíduo. Não há transgressão, uma vez que respeito é sempre dado à individualidade dos outros. A harmonia é mantida.


Com humildade reconhecemos o direito que todas as coisas têm de existir; existir em liberdade e existir em felicidade. Este direito inato é uma lei imortal. Subserviência nos relacionamentos ou aos objetos materiais é resultado do medo; medo de sermos nós mesmos; a falta de coragem de enfrentar, de mudar, de mover numa outra direção. Auto-respeito nos libera do medo e da dependência. Quando não pensamos profundamente o suficiente por nós mesmos, nos tornamos subservientes às opiniões sociais e às pessoas com as quais interagimos.


Humildade traz introspecção, começamos a examinar as emoções que nos limitam. Abre a porta para o autoconhecimento. À medida que crescemos em autoconhecimento, crescemos em auto-estima. Com essa estabilidade interior não há medo do que é diferente. Não há desejo de controlar pessoas ou situações. Sabemos que as coisas certas irão acontecer da forma correta, no tempo certo. Humildade é a outra face do auto-respeito. Quanto maior a humildade, maior o auto-respeito. Nada e ninguém são uma ameaça. Nós somos livres.






por Brahma Kumaris - sao.paulo@br.bkwsu.org    A Brahma Kumaris é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, criada na Índia em 1936. Com 8000 escolas em 110 países, há 28 anos oferece cursos de meditação no Brasil. Através da compreensão e aplicação de valores espirituais, proporciona melhoria da qualidade de vida pessoal, familiar e social.   E-mail: sao.paulo@br.bkwsu.org
Visite o Site do autor
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domingo, setembro 26, 2010

REVOLUÇÃO DA ALMA



REVOLUÇÃO DA ALMA
Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto " Revolução da Alma“ no ano 360 A.C. e é eterno.

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser dono dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.

Não coloque objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.

Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto" para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.

Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais.

E, não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor.

Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
"A GRANDEZA NÃO CONSISTE EM RECEBER HONRAS, MAS EM MERECÊ-LAS."
Blog de João Sávio
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sábado, setembro 25, 2010

Escolhas (de políticos) nas eleições – Orson Peter Carrara


 
Como ignorar o processo de transição política, na renovação de cargos do governo? Conquistamos o direito das eleições diretas e agora temos a opção de escolha dos candidatos diretamente vinculada ao voto nas urnas.
Mas como agir diante dos quadros gritantes de corrupção e verdadeiro caos de distorções dos objetivos democráticos e da ciência política? Não é preciso reprisar a história, não é mesmo? Nem tampouco falar sobre a autêntica “piada” dos repetidos discursos, dos ataques mútuos, da luta desenfreada pela conquista do poder e dos interesses que movem a paixão política. Ou devermos falar das manipulações de bastidores de candidatos e partidos que perdem a noção da coerência e justiça para convencer o eleitor? Não, não é preciso. É evidente demais e nossa história nacional recente deixou marcas e lesões irreversíveis.
Mas, então, o que fazer? As eleições aí estão. Deveremos, obrigatoriamente, comparecer às urnas. Em quem, afinal, votaremos?
Bom, o voto é direito e dever caracterizado pelo sigilo, embora escancarado nas opções declaradas em adesivos e bandeiras estampadas em carros e residências e na declaração verbal aberta e muitas vezes agressiva que desonram o direito da opção.
Tudo isso, porém, são ocorrências já conhecidas do cotidiano brasileiro. O ponto central que deve ficar marcante para todos nós, eleitores, é a responsabilidade que assumimos com o voto. Sim, claro, colocamos no poder pessoas inescuprulosas, despreparadas, que buscam interesses pessoais a todo custo ou interesses específicos de determinados grupos, em detrimento do interesse coletivo nacional que deve ser o foco principal.
Uma vez conquistado o direito das DIRETAS, assumimos responsabilidade coletiva, com desdobramentos futuros. Nada mais lógico. Tornamo-nos co-responsáveis pelos destinos do país, na legislação, nas ações do governo, pois nosso voto coloca esse ou aquele no poder, que pode gerar verdadeiros desastres econômicos, culturais, sociais e outros que a história já conheceu sobejamente.
Alguém poderia perguntar: mas a responsabilidade do político em si. É ainda mais grave. Agirá e sua ação vai gerar responsabilidades que exigirão reparações caso lesem o patrimônio público, a nacionalidade, os valores culturais e morais da sociedade.
Mas os eleitores também assumimos responsabilidade. E grave responsabilidade!
É preciso agora pensar e refletir, estudar e ponderar os caminhos dos partidos, suas propostas a favor ou contra a vida, dos destinos políticos que desejam impor ao país, dos favorecimentos ilícitos de seus candidatos em sua história política.
O momento, todavia, traz à reflexão o estudo da liberdade. Sim, a liberdade de escolha. Permito-me adaptar, com transcrições parciais, algumas reflexões:
a) Nâo há uma liberdade absoluta porque todos necessitamos uns dos outros;
b) Desde que haja dois seres humanos juntos, eles têm direitos a respeitar e não têm mais, por conseguinte, liberdade absoluta.;
c) Quanto mais inteligência tenha um homem para compreender um princípio, menos é escusável de não aplicá-lo a si mesmo;
d) O homem simples, mas sincero, está mais avançado do que aquele que quer parecer o que não é;
e) O mal é sempre o mal, e todos os sofismas não farão que uma ação má se torne boa;
f) Constranger os homens a agirem de modo contrário ao que pensam, é torná-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso;
g) Quais os sinais para se reconhecer doutrinas com expressão da verdade? Será aquela que faz mais homens de bem e menos hipócritas, porque toda doutrina que tiver por conseqüência semear a desunião e estabelecer divisões de interesses não pode ser senão falsa e perniciosa.

Tais itens, acima enumerados, adaptados em transcrição parcial do capítulo X – Livro Terceiro – Lei de Liberdade, de O Livro dos Espíritos, questões 825 a 872, podem ser estudadas para embasamento do momento político que vivemos no Brasil, para formação dessa consciência do exercício de voto.

E por falar em escolhas, não posso deixar de sugerir ao leitor – até para embasar o estudo da velha questão humana – o romance A Escolha (bem sugestivo o título para esse instante das opções políticas, embora o livro não envolva política nem votos), psicografado por Ariovaldo Cesar Junior e ditado pelo Espírito Florisbela de Assis, numa trama que apresenta os desdobramentos de uma escolha equivocada... Trata exatamente de uma estudante que, para aumentar seus rendimentos, opta pela prostituição. Uma escolha, sem dúvida, determinada pela liberdade individual, tema que nos motivou a presente abordagem, com os desdobramentos que a bela história em si traz ao leitor, com muitos ensinamentos.
Estaremos também nesse momento político do Brasil fazendo escolhas equivocadas? Estaremos prostituindo também o voto como a personagem do livro? OU estamos realmente nos esforçando para exercer o direito e o dever de voto com lealdade à consciência?

São respostas que só podem ser obtidas individualmente. 
via ORSON PETER CARRARA de Espírit@ Online em 25/09/10.
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quinta-feira, setembro 23, 2010

SEXO



 
1 - A Doutrina Espírita condena o amor livre?
O Espiritismo não se situa como um tribunal. Apenas nos informa quanto às conseqüências de nossos atos e nos ensina que o amor nunca é livre, porqüanto é impossível exercitá-lo em plenitude sem cogitar da felicidade e do bem estar do ser amado.

2 - O que é então, o amor livre?
Apenas libertinagem sexual, em que se confunde amar com transar, nos domínios da inconseqüência.

3 - E isso é ruim?
Em princípio é muito bom, mas nunca nos realiza afetivamente, deixando sempre um resíduo amargo de inquietude e insatisfação.

4 -  Não se deve buscar o sexo antes do casamento?
Na atual conjuntura, pretender que os jovens esperem pelo casamento para exercitar o sexo, seria o mesmo que tapar o sol com a peneira. Mas deveriam colocá-lo no lugar certo: depois do amor. Não exercitá-lo antes da certeza de que há entre os parceiros uma ligação afetiva legítima.

5 -  Isso não fica complicado quando a disposição é apenas de um dos parceiros? A moça, por exemplo, cujo namorado insiste em transar?
Se tal orientação não serve para o parceiro, o parceiro não serve para ela.

6 -  Tal comportamento pode parecer fácil na teoria. Na prática não é assim, porqüanto há um estímulo, quase uma indução àpromiscuidade.
É um problema de consciência, um caminho a seguir. Nunca foi fácil remar contra a correnteza. Jesus dizia que tudo é possível àquele que cre. Se estivermos convictos de que esse é o caminho, chegaremos lá.
   
    7 - Normalmente, logo nos primeiros contatos, os rapazes querem ir para o motel. Se a jovem se recusa, perdem o interesse. como lidar com esse problema quando ela se sente atraída por alguém que age assim?
Se houver nele um sinal de vida inteligente, algo além do mero comportamento instintivo de macho obtuso, gostará de vê-la resistindo e mudará suas disposições. Se não mudar, a jovem deve partir para outra. Atração irresistível é filha de devaneios fantasiosos.

8 - E quando o jovem não consegue passar sem o sexo Promíscuo?
Experimente ocupar seu tempo em atividades produtivas, relacionadas com estudo, realização profissional, atividade religiosa, exercício do Bem. Pensamento vazio é forja do demônio —diz o velho ditado. Saem dela as brasas mais ardentes do desejo sexual.
Do livro: Não pise na bola
de Richard Simonetti
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domingo, setembro 19, 2010

Declaração Universal dos Direitos do Homem




Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade,

Considerando ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo império da lei, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão, Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Estados Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do homem e a observância desses direitos e liberdades,

Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso, A Assembléia Geral das Nações Unidas proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Artigo 1

Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2

I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Artigo 3

Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5
Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo 6

Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.

Artigo 7

Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8

Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9

Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10

Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11

I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa

II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituiam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo 12

Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação. Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.


Artigo 13

I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo 14

I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
II) Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 15

I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16

I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

Artigo 17

I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo 18

Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo 19

Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.

Artigo 20

I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21

I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22

Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indipensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

Artigo 23

I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo 24

Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Artigo 25

I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo 26

I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnica profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo 27

I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios.
II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 28

Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo 29

I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 30

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos.

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É só respeitar 
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ESCÂNDALOS.


SE VOSSA MÃO É MOTIVO DE ESCÂNDALO, CORTAI-A.


11. Aquele que escandalizar, porém, a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande mó* e o lançassem ao fundo do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos*. Porque é necessário que sucedam escândalos, mas ai! daquele homem por quem vem o escândalo. Ora, se a tua mão ou o teu pé te escandalizam, corta-o e lança-o fora de ti. Melhor te é entrar na vida manco ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo do inferno. E se o teu olho te escandaliza, tira-o, e lança-o fora de ti. Melhor te é entrar na vida com um só olho do que, tendo dois, seres lançado no fogo do inferno. Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos declaro que os seus anjos no Céu, incessantemente, estão vendo a face de meu Pai, que está nos Céus. Porque o Filho do Homem veio salvar o que havia perecido. (Mateus, 18: 6 a 11)
E se o teu olho direito te serve de escândalo, arranca-o e lança-o fora de ti; porque melhor te é que se perca um de teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado no inferno. E se a tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti; porque melhor te é que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. (Mateus, 5: 29 e 30)
12 No sentido vulgar, escândalo é tudo aquilo que choca a moral ou as regras da sociedade de uma maneira evidente, que atrai as atenções.O escândalo não está na ação em si mesma e sim na repercussão que ela pode ter. A palavra escândalo está sempre associada à idéia de um certo tumulto e alvoroço. Muitas pessoas se contentam em evitar o escândalo, pois seu orgulho sofreria com isso, sua reputação seria diminuída entre os homens. Contanto que suas maldades sejam cultadas, isso lhes basta e sua consciência fica tranqüila. Estes são, conforme as palavras de Jesus, sepulcros caiados por fora, mas cheios de podridão por dentro; vasos limpos por fora e sujos por dentro. É
muito amplo o significado da palavra escândalo, tantas vezes usada no Evangelho, e precisamos compreender o seu alcance. Escândalo não é somente o que ofende a consciência dos outros, é também tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições dos homens, toda reação má de indivíduo para indivíduo, com ou sem repercussão. O escândalo, neste caso, é o resultado efetivo do mal moral.
13 É necessário que sucedam escândalos no mundo, disse Jesus, porque os homens, sendo imperfeitos na Terra, são tendentes a fazer o mal e porque árvores ruins dão frutos ruins. É preciso, pois, entender com estas palavras que o mal é uma conseqüência da imperfeição dos homens e não que exista para eles a obrigação de praticá-lo.
14 É necessário que sucedam escândalos, pois os homens, estando em expiação na Terra, punem-se a si mesmos, pelo contato de seus vícios, dos quais são as primeiras vítimas e cujos males acabam por compreender, e, somente depois que estiverem cansados de sofrer seus efeitos, procurarão o remédio no bem. A reação desses vícios serve, portanto, ao mesmo tempo de castigo para uns e de provação* para outros. É assim que Deus faz surgir o bem do mal e que os próprios homens tiram ensinamentos de coisas ruins ou desagradáveis.
15 Se assim for, poderá se dizer que o mal é necessário e sempre existirá e, se desaparecesse, Deus ficaria sem um poderoso meio de castigar os culpados; portanto, é inútil procurar melhorar os homens.
Mas se não houvesse mais culpados, não haveria necessidade de castigos. Suponhamos que toda a Humanidade fosse transformada em homens de bem: ninguém procuraria fazer mal ao próximo e todos seriam felizes, porque seriam bons. Tal é o estado dos mundos evoluídos, de onde o mal foi excluído, e assim será o estado da Terra quando tiver progredido o suficiente. Mas, enquanto alguns mundos avançam, outros se formam, povoados por Espíritos primitivos e que servem, por outro lado, de morada, de exílio e de lugar de expiação para Espíritos imperfeitos, rebeldes, que permanecem no mal e que são rejeitados nos mundos que se tornaram felizes.
16 Mais ai daquele por quem vem o escândalo, ou seja: o mal é sempre o mal. Portanto, aquele que serviu, de alguma modo, de instrumento para a Justiça Divina, cujos maus instintos foram utilizados, nada mais fez do que fazer o mal, deve, portanto, ser punido. É desse  modo, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma provação para o pai que o suporta. Talvez esse pai tenha sido um mau filho que fez seu pai sofrer e que está sofrendo como se fosse a pena de talião*; mas o filho não terá desculpas por proceder assim, e, por sua vez, poderá ser castigado, tendo filhos rebeldes ou de qualquer outra maneira.
17 Se tua mão é motivo de escândalo, corta-a; afirmativa enérgica que seria um absurdo se tomada ao pé da letra. Significa, simplesmente, a necessidade de destruir em si todas as causas de escândalo, ou seja, do mal. É preciso arrancar do coração todo sentimento impuro e toda tendência viciosa; será melhor para um homem ter a mão cortada, antes que essa mão lhe sirva de instrumento de uma ação má. Será melhor ser privado da visão do que seus olhos servirem para idealizar maus pensamentos. Jesus nada disse de
absurdo para quem quer entender o sentido figurado e profundo de suas palavras; mas muitas coisas não podem ser compreendidas sem a chave que o Espiritismo dá.
Do Evangelho segundo o espiritismo
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Recadinho da isabelllinha
Cuidado com os  pensamentos, sentimentos e ações. Cuidado com tudo aquilo que vc acha que é errado, sabe que é errado, mas que não vai dar em nada. Nada fica impune. Ainda há tempo de mudar, de fazer algo para melhorar o mundo. a  mudança começa internamente até externar os bons sentimentos e boas ações.
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segunda-feira, setembro 13, 2010

O Decálogo da Serenidade



O Decálogo da Serenidade  contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz:

1ª - Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez.

2ª - Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.

3ª - Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro Mundo, mas também já neste.

4ª - Hoje, apenas hoje, adaptar­-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos.

5ª - Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida da alma.

6ª - Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém.

7ª - Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

8ª - Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

9ª - Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

10ª - Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor. De modo especial não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade.

do Redação do Momento Espírita (trecho)
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domingo, setembro 12, 2010

Ética e espiritismo



Ética e Espiritismo

Wilmar Coelho dos Santos
  
Aristóteles, filósofo grego (século a. C) afirmava que o objeto da ética; é definir o bem do homem, quer dizer, um bem prático, realizável pelo homem (o que ele pode realizar de bom).
Toda cultura e toda sociedade instituem uma moral, Isto é, uma regra do bom proceder, ou ainda valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e o proibido, pra todos os membros dessa sociedade.
Mas para que esta moral seja cumprida, um pensamento ético, lhe acompanha (a ética é irmã genes da moral).
Ética é, pois, o estudo do juízo de apreciações referentes à conduta humana, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal. Portanto, é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. Devem ser princípios universais e precisam ser válidos para todas as pessoas para sempre.
O primeiro código de ética conhecido pela humanidade são os Dez Mandamentos, divulgado por Moises.
PONDERAÇÕES SOBRE A ÉTICA
O que torna legítima a ética é: a sua racionalidade. É justo perguntar se existe ética nos dias atuais e se a inversão de valores significa o fim da ética?
A ética é a busca da virtude e da sua perpetuidade!
A primeira tarefa da ética é a educação do nosso caráter. No Espiritismo é a reforma íntima, ou seja, a verdadeira revolução moral, na busca da sua racionalidade.
A busca do bem e da felicidade constitui a essência da vida sob a ótica racional da ética.
Na raça humana a presença da ética socializa, moraliza e espiritualiza a vida, fazendo-a mais autêntica, mais séria e feliz!
Os valores éticos, de uma maneira geral, têm sido desrespeitados e esquecidos nos mais diversos campos da atividade humana, como:
·Falta de respeito aos outros e às suas idéias
·Desrespeito aos direitos dos outros
·Cumpre-se muito pouco as leis e os regulamentos
·Não é honesta a distribuição de renda aos homens
·Os benefícios sociais são negados pelas autoridades
·É negada também a justiça social, aos mais pobres.
Além disso:
·A falta da ética fomenta a revolta, a miséria, a fome.
·Prevalece o egoísmo, quando escasseia a ética.
·O fim da ética pressupõe o início do conflito
·A falta de democracia anuncia a carência ética
·O fim da liberdade denota que a ética desfalece
·A inversão dos valores reafirma que não há ética
·O poder e a riqueza nem sempre contém ética
·A falta de ética trata a pessoa como coisas
·Sem ética é quando o bem é dominado pelo mal
·Quando a ética se aniquila, esvaziam-se as virtudes.
·Sem ética vivemos a crise moral.
Não roubar, não mentir, não matar!
Essa era a gênese do povo Inca. Mas continua ser também a gênese de qualquer sociedade humana. O que contrarie esses princípios, fere a ética, a moral. O Evangelho de Jesus, e a Doutrina dos Espíritos de Kardec.
A ÉTICA NO SÉCULO XXI
A falta de ética não será considerada retrocesso para a humanidade?
O Livro dos Espíritos diz:
629 - Que definição se pode dar de Moral?
-A moral é a regra do bem proceder, quer dizer, a distinção entre o bem e o mal.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo XVII, item 8, diz:
A virtude no mais alto grau é o conjunto de todas qualidades essenciais que constituem o homem de bem.
O ESPIRITISMO E SEU CÓGIDO MORAL
A ética é o conjunto de regras que constituem os bons costumes. A moral e a ética denotam juntas o respeito ao próximo e a si mesmo.
A ética é uma espécie de cimento na construção da sociedade. Caso exista um sentimento ético profundo, sociedade se mantém bem estruturada e organizada. Prevalece a lei e a ordem. Ao contrário, o que os nossos dias demonstram, vivemos uma crise de identidade. A ética não é a maior preocupação dos que comandam.
O Espiritismo, longe de ser uma doutrina que nos conduza ao falso moralismo, tampouco ligado ao fanatismo, jamais optando pelo radicalismo, analisa a falta da ética nas atividades humanas, como um resultado da ruptura profunda da crise moral, autodestrutiva e nociva aos mais belos e formosos anseios do homem na face da Terra.
Para a doutrina espírita, o maior desafio para a implantação da ética e da moral, como regras de bom procedimento e de aplicabilidade das virtudes conscientes, está na tarefa diária de criar um espírito de cidadania, de respeito aos direitos mínimos da pessoa humana e também da certeza de que somos os idealizadores e construtores do nosso próprio destino.
Cumpre a todos, porém, a certeza de que Jesus agia sempre com ética e moralidade. Sua doutrina espelhava a retidão de princípios. Baseada na fraternidade, na opção pela paz e a concórdia. Exercia a ética sem vacilar, exigia o cumprimento do dever e da racionalidade. Jesus se preocupou com a perfeição íntima, ética e intransferível dos homens, conclamando-os realizarem o reino de Deus interiormente, numa elaboração otimista. (Joanna de Angelis)
Kardec, por sua vez, via na moralidade – a ética espiritualista – o que o bom senso estabeleceu como norma, razão e lógica.
Para o pensamento espírita a Lei de Deus está na consciência, é claro que a ética acompanha esse pensamento.
A ética é, afinal, uma exata noção dos valores, sem pragmatismo exagerado, mas com a ponderação eficiente de que tudo na vida deverá ser pautado com equilíbrio, paz, moderação e ajustado às necessidades do nosso tempo.
Viver a ética é melhor do que ter de buscá-la depois de perdida.


do Terra espiritual
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terça-feira, setembro 07, 2010

AMOR, IMBATÍVEL AMOR




O amor é substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina.
É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte.
Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
Nunca perece, porque não se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver
É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.
Quando aparente — de caráter sensualista, que busca apenas o prazer imediato — se debilita e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustração.
Quando real, estruturado e maduro — que espera, estimula, renova — não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais.
Une as pessoas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de energias e de formação angustiante.
O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador.
Há um período em que se expressa como compensação, na fase intermediária entre a insegurança e a plenificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.
O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.
Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança — ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de carinhos e atenções —, a necessidade de ser amado caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranqüila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, que se alterem as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, indestrutível.
Nunca se impõe, porque é espontâneo como a própria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e de paz.
Expande-se como um perfume que impregna, agradável, suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou apaixonado...
O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece.
O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anelos humanos.
O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doando, na Sua condição de Amante não amado.

Do livro Amor,Imbatível Amor  DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÃNGELIS
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O EU E A ILUSÃO



A trajetória de predominância do ego no ser é larga. A descoberta do eu profundo, do ser real, da individuação é, por conseqüência, mais difícil, mais sacrificial, exigindo todo o empenho e dedicação para ser lograda.
Vivendo em um mundo físico, no qual a ilusão da forma confunde a realidade, o que parece tem predomínio sobre o que é, o visível e o temporal dominam os sentidos, em detrimento do não visível e do atemporal, jungindo o ser à projeção, com prejuízo para o que é real, e é compreensível que haja engano na eleição do total em detrimento do incompleto.
Esse conflito — parecer e ser — responde pelos equívocos existenciais, que dão preferência ao que fere os sentidos, substituindo as emoções da alma, além das estruturas orgânicas. Estabelece-se, então, a prevalência da ilusão derivada do sensorial que a tudo comanda, no campo das formas, desempenhando finalidade dominante em quase todos os aspectos da vida.
Submerso no oceano da matéria o ser profundo — o eu — encontrando-se em período de imaturidade psicológica, deixa-se conduzir pelo exterior, supondo-se diante da realidade, sem dar-se conta da mobilidade e estrutura de todas as coisas, na sua constituição molecular.
O campo das formas responde pela ilusão dos sentidos, que se prolongam pelos delicados equipamentos emocionais, dando curso a aspirações, desejos e comportamentos.
A ilusão, no entanto, é efêmera, quanto tudo que se expressa de maneira temporal. A própria fugacidade do tempo, como medida representativa e dimensional da experiência física, traí o ser psicológico, cujo espaço ilimitado necessita de outro parâmetro ou coordenada que, ao lado de outra coordenada espacial, faculta a identificação univocamente de um fato ou ocorrência.
O ser psicológico movimenta-se em liberdade, podendo viver o passado no presente, o presente no momento e o futuro, conforme a projeção dos anseios, igualmente na atualidade. As dimensões temporais cedem-lhe lugar às fixações emocionais, responsáveis pela conduta do eu profundo.
Face a essa distonia entre o tempo físico e o emocional, cria-se a ilusão que se incorpora como necessidade de vivência imediata, primordial para a vida, sem o que o significado existencial deixa de ter importância.
A escala de valores do indivíduo está submetida à relatividade do conceito que mantém em torno do que anela e crê ser-lhe indispensável. Enquanto não aprofunda o sentido da realidade, a fim de identificar-lhe os conteúdos, todos os espaços mentais e emocionais permanecem propícios aos anseios da ilusão.
E ilusória a existência física, apertada na breve dimensão temporal do berço ao túmulo, de um início e um fim, de uma aglutinação e uma destruição de moléculas, retornando ao caos de onde se teria originado, fazendo que o sentido para o eu profundo seja destituído de uma qualificação de permanência. Como efeito mais imediato, a ilusão do gozo se apropria do espaço-tempo de que dispõe, estabelecendo premissas falsas e gozos igualmente enganosos.
A dilatação do processo existencial, começando antes do berço e prosseguindo além do túmulo, oferece objetivos ampliados, que se eternizam, proporcionando contentos satisfatórios que se transformam em realizações espirituais de valorização da vida em todos os seus atributos.
O ser humano não mais se apresenta como sendo uma constituição de partículas que formam um corpo, no qual, equipamentos eletrônicos de alta procedência reúnem-se casualmente para formar a estrutura humana, o seu pensamento, suas emoções, tendências, aspirações e acontecimentos morais, sociais, econômicos, orgânicos...
Essa visão do ser profundo desarticula as engrenagens falsas da fatalidade, do destino infeliz, das tragédias do cotidiano, dos acontecimentos fortuitos que respondem pela sorte e pela desgraça, dos absurdos e funestos sucessos existenciais.
Abre perspectivas para a auto-elaboração de valores significativos para a felicidade, oferecendo estímulos para mudar o destino a cada momento, a alterar as situações desastrosas por intermédio de disciplinas psíquicas, portanto, igualmente comportamentais, superando as ilusões fastidiosas e rumando na direção da realidade permanente à qual se encontra submetido.
Certamente, os prazeres e divertimentos, os jogos afetivos — quando não danosos para os outros, gerando-lhes lesões na alma — as buscas de metas próximas que dão sabor à existência terrena, devem fazer parte do cardápio das procuras humanas, nesse inter-relacionamento pessoal e comportamental que enriquece psicologicamente o ser profundo.
O fato de ëxpressar-se como condição de indestrutibilidade, não o impede de vivenciar as alegrias transitórias das sensações e das emoções de cada momento. Afinal, o tempo é feito de momentos, convencionalmente denominados passado, presente e futuro.
Qualquer castração no que diz respeito à busca de satisfações orgânicas e emocionais produz distúrbio nos conteúdos da vida. No entanto, o apego exagerado, a ininterrupta volúpia por novos gozos, a incompletude produzem, por sua vez, outra ordem de transtornos que atormentam o ser, impedindo-o de crescer e desenvolver as metas para as quais se encontra corporificado na Terra.
Diversos estudiosos da psique humana atribuem ao conceito de imortalidade do ser uma proposta ilusória, necessária para o seu comportamento, a partir do momento em que se liberta do pai biológico, transferindo os seus conflitos e temores para Deus, o Pai Eterno. Herança do primarismo tribal, esse temor se tornaria prevalecente na conduta imatura, que teria necessidade desse suporte para afirmação e desenvolvimento da personalidade, como para a própria segurança psicológica. Como
conseqüência, atribuem tudo ao caos do princípio, antes do tempo e do espaço einsteiniano.
Se considerarmos esse caos, como sendo de natureza organizadora, programadora, pensante, anuímos completamente com a tese da origem das formas no Universo. Se, no entanto, lhe atribuirmos condição fortuita e impensada dos acontecimentos, somos levados ao absurdo da aceitação de um nada gerar tudo, de uma desordem estabelecer equilíbrio, de um desastre de coisa nenhuma — por inexistir qualquer coisa — dar origem à grandeza das galáxias e à harmonia das micropartículas, para não devanearmos poeticamente pela beleza e delicadeza de uma pétala de rosa perfumada ou a leveza de uma borboleta flutuando nos rios da brisa suave, ou das estruturas do músculo cardíaco, dos neurônios cerebrais...
A Vida tem sua causalidade em si mesma, pensante e atuante, que convida a reflexões demoradas e qualitativas, propondo raciocínios cuidadosos, a fim de não se perder em complexidades desnecessárias. Por efeito, todos os seres sencientes, particularmente o humano, procedem de uma Fonte Geradora, realizando grandiosa viagem de retorno à sua Causa.
Os conflitos são heranças de experiências fracassadas, mal vividas, deixadas pelo caminho, por falta de conhecimento e de emoção, que se vão adquirindo etapa-a-etapa no processo dos renascimentos do Espírito — seu psiquismo eterno.
A ilusão resulta, igualmente, da falta de percepção e densidade de entendimento, que se vai esmaecendo e cedendo lugar à realidade, à medida que são conquistados novos patamares representativos das necessidades do progresso. São essas necessidades — primárias, dispensáveis, essenciais — que estabelecem o considerando do psiquismo para a busca do que lhe parece fundamental e propiciador para a felicidade.
O eu permanece, enquanto a ilusão transita e se transforma. Quanto hoje se apresenta essencial, algum tempo depois perde totalmente o valor, cedendo lugar a novas conquistas, que são, por sua vez, técnicas de aprendizagem, de crescimento, desde que não deixem na retaguarda marcas de sofrimento, nem campos devastados pelas pragas das paixões primitivas.
Momento chega a todos os seres em desenvolvimento psicológico, no qual, se recorre à busca espiritual, à realização metafísica, superando-se a ilusão da carne, do tempo físico, assim equilibrando-se interiormente para inundar-se de imortalidade consciente.
Do livro: Amor, Imbatível Amor DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÃNGELIS
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domingo, setembro 05, 2010

RESUMO DOS PRINCIPAIS PONTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA



Os seres que se comunicam designam-se, a si mesmos, como o dissemos, sob o nome de Espíritos ou de Gênios, tendo pertencido, pelo menos alguns, a homens que viveram na Terra. Eles constituem o mundo espiritual, como nós constituímos, durante nossa vida, o mundo corporal.
Resumimos assim, em poucas palavras, os pontos mais importantes da Doutrina que eles nos transmitiram, a fim de respondermos mais facilmente a algumas objeções.
“Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.”
“Criou o universo, que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.”
“Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal; os seres imateriais, o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.”
“O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistindo e sobrevivendo a tudo.”
“O mundo corporal é apenas secundário, poderia deixar de existir ou nunca ter existido, sem alterar a essência do mundo espírita.”
“Os Espíritos vestem temporariamente um corpo material perecível, cuja destruição pela morte lhes devolve a liberdade.”
“Entre as diferentes espécies de seres corporais, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e intelectual sobre os outros.”
“A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.”
“Há três coisas no homem:
1ª) o corpo ou ser material semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;
2ª) a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo;
3ª) o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
“Assim, o homem tem duas naturezas: pelo corpo participa da natureza dos animais, dos quais tem os instintos; pela alma participa da natureza dos Espíritos.”
“O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se algumas vezes visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.”
“O Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que somente o pensamento pode conceber; é um ser real, definido, que, em alguns casos, pode ser reconhecido, avaliado pelos sentidos da visão, da audição e do tato.”
“Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais em poder, inteligência, saber e nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros por sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem: são os anjos ou Espíritos puros. Os das outras classes não atingiram ainda essa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: ao ódio, à inveja, ao ciúme, ao orgulho, etc. Eles se satisfazem no mal; entre eles há os que não são nem muito bons nem muito maus, são mais trapaceiros e importunos do que maus, a malícia e a irresponsabilidade parecem ser sua diversão: são os Espíritos desajuizados ou levianos.”
“Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem.
Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a alguns como expiação15 e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados.”
do Livro dos Espíritos, alan Kardec
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