Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

domingo, fevereiro 20, 2011

Tatuagem


O VALE DOS TATUADOS  ( Na visão Espírita )
- Quem são eles? perguntei a Juanito.
- Os guardiões do Vale dos Tatuados.
- Que? Vale dos Tatuados?!
- Sim, estamos nos dirigindo para lá...
- Jessé, mas existe tatuado boa gente. Mesmo assim ele vem para cá?
- Não. Aqui se encontram os comprometidos. Porém, todos aqueles que estragaram sua roupa perispiritual terão de pagar ceitil por ceitil.
- Como assim? Pode explicar?
- O perispírito é a veste do Espírito e o corpo de carne é a veste do perispírito, quando o homem está encarnado. Se agredimos o corpo físico, o perispírito é agredido. Olhe aquele grupo ali: seus componentes tatuaram todo o corpo; corpo e perispírito foram agredidos.
- E por que eles vieram parar aqui?
- Eles se agrupam, fugindo das criaturas normais. Querem chocar a sociedade.
Das tatuagens daquelas figuras saía uma fumaça escura que muito os incomodava.
- Gostaria tanto de falar com um deles!...
- Que deseja, baixinho? Enturmar-se a nós, “os vampiros da corte”?
- Não, amigo, queremos apenas perguntar por que vocês vieram parar aqui. Não queremos acreditar que os tatuados tenham um lugar específico.
- Não, claro que não. Somos livres para ir a qualquer lugar, do inferno ao céu, porém aqui não somos incomodados, a não ser pelos guardas do cordeiro. Mas até eles são valiosos, pois trazem comida e levam os debilitados para os hospitais.
-Quando vocês desencarnaram, arrependeram-se de ter acabado com a pele do corpo físico? Vimos que o irmão está todo tatuado.
Ele olhou o seu corpo e falou:
- Curti, certo? E continuarei curtindo as pinturas feitas na minha pele, mesmo que hoje elas me queimem o Espírito.
- Como? Queimam seu Espírito?
- Claro, seu trouxa. Aí é que mora todo o mal. Dizem os filhos do Homem que nós agredimos o nosso perispírito e só fazendo boas ações veremos apagadas todas essas estampas. Assim dizem eles – falou, dando risadas. – Será que hoje, conversando com você, baixinho, não vou ter uma parte das minhas tatuagens apagada, da qual eu gostaria de me livrar de vez?
Nada respondi...
...Fomos saindo. quando já estávamos quase na porta, uma jovem segurou minhas pernas e implorou:
- Limpe, moço, limpe do meu corpo perispiritual isto aqui.
Olhei-a e vi a figura de satanás batendo no Cristo.
- Por que você fez isso? perguntei, chocado com aquela visão.
- Para chamar a atenção. Depois dessa tatuagem, ganhei a liderança do grupo. Apague-a, filho do cordeiro, apague-a, pelo amor de Deus!
Camélia aproximou-se e falou:
- Você deseja ser ajudada?
- É o que mais quero. Ajude-me, estou farta disso tudo.
- Está bem, acompanhe-me.
Desejei ir junto, porém fui barrado pelo guarda. Camélia e a jovem misturaram-se aos outros, depois não as vimos mais. Só quando já estávamos fora dali Camélia juntou-se a nós.
- E a jovem, não veio?
- Não Luis Sérgio, ela ficou no hospital.
- Hospital de onde? Existe hospital aqui?
- Sim, nas proximidades, e presta auxílio quando querem ser ajudados. Porém, difícil é desejarem.
-Será que um dia isso vai acabar?
- Sim, com a regeneração da Terra.
- Será que não existe um meio de conter o desequilíbrio da alguns jovens, com palestras, conselhos, enfim, fazer algo por eles?
- Irmão, a família é que tem de se fortalecer. Entretanto, existem muitas mães de família que acham linda a tatuagem.
Recitei a passagem de Levitício, 19.28:
Não vos façais incisões no corpo (...), nem marcas da tatuagem. (...)
-Quantos ensinamentos a Bíblia contém e como são atuais seus escritos! O que seria bom era surgir um alerta para o malefício da tatuagem.
Luiz, se até hoje encontramos quem defenda o tóxico, imagine as tatuagens, que muitos julgam inofensivas!...

Do livro: ‘’Mais Além do Meu Olhar’’
Luiz Sérgio/Irene P. Machado 

recebi de Irene Machado [DICAS ESPIRITUAIS] 

sábado, fevereiro 19, 2011

A maletinha dos esmaltinhos - ganhei do marido

Meus esmaltinhos (140)

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

AMIGOS DE PUPILA (Oscar Wilde)





Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero respostas, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não risos previsíveis e nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos e nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil.
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50 Toques Para Ser Mais Feliz



de Roberto Shinyashiki

1- Seja ético. A vitória que vale à pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar, nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

2- Estude sempre e muito. A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.

3- Acredite no amor. Não somos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de forma ruim para você. Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.

4- Seja grata a quem participa das suas conquistas. O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe.  Agradecer é a melhor maneira de deixar todos motivados.

5- Eleve suas expectativas. Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: "Isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

6- Curta muito a sua companhia. Casamento dá certo para quem não é dependente. Aprenda a viver feliz mesmo sem alguém ao lado. Se não tiver com quem ir ao cinema, vá com a pessoa mais fascinante: você!

7- Tenha metas claras. A história da humanidade é cheia de vidas desperdiçadas. Amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam as carreiras de sucesso. Ter objetivos evita o desperdício de tempo, energia e dinheiro.

8- Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercícios são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é o seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para que os outros gostem também.

9- Declare o seu amor. Cada vez mais devemos exercer nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor), mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.

10- Amplie os relacionamentos profissionais. Os amigos são as melhores referências em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11- Seja simples. Retire de sua vida tudo que lhe dá trabalho e preocupações desnecessários. Crie espaço para desfrutar mais a viagem da vida.

12- Não imite o modelo masculino de sucesso. Os homens fizeram sucesso à custa da solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: enfartos. Sem dúvida, os homens têm mais a aprender com as mulheres. Preserve a sensibilidade feminina - é mais natural e lucrativa.

13- Tenha um orientador. Viver na neblina sabendo que o resultado só será conhecido quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e bem sucedido, para lhe orientar nas indecisões.

14- Jogue fora o vício da preocupação. Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem! Defina suas metas, conquiste-as e deixe a neura para quem gosta dela!

15- O amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos, é para jogar no mesmo time. Ficar mostrando dificuldades do outro ou lembrando suas fraquezas para os amigos não tem graça.

16- Tenha amigos vencedores. Campeões falam de e com campeões. Perdedores só tocam na tecla dos perdedores. Aproxime-se de pessoas com alegria de viver e afaste-se de gente baixo-astral, que seca até espada-de-são-jorge.

17- Diga adeus a quem não o merece. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento é masoquismo e atrapalha sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você tiver alguém que não esteja lhe fazendo bem, empreste, venda, alugue, doe... e deixe espaço livre para um novo amor.

18- Resolva! As pessoas do próximo milênio vão limpar de sua vida as situações e os problemas são necessários. Saiba tomar decisões, mesmo as antipáticas. Você otimizará seu tempo e seu trabalho. A vida fluirá melhor.

19- Aceite o ritmo do amor. Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.

20- Celebre as vitórias. Compartilhe o sucesso, mesmo pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21- Perdoe. Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.

22- Tenha ídolos. Uma pessoa que você admira é uma fonte de inspiração. Ajuda a tomar decisões e a evitar desvios de rota.

23- Arrisque. O amor não é para covardes. Quem fica à noite em casa sozinho só terá de decidir que pizza pedir. E o único risco que correrá será o de engordar.

24- Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e à alma. Oração e meditação são forças de inspiração.

25- Planeje bem uma mudança. Os arquitetos gostam de conhecer bem as pessoas e discutir o projeto antes de começar a obra. Fazer tudo de supetão leva os desgastes desnecessários. A melhor ação é a análise do novo projeto de vida.

26- Mantenha seu ritmo apesar das mudanças. O caminhoneiro não deixa de viajar apesar das perspectivas de chuva. Nessa hora é preciso mais atenção; não perca o foco.

27- Namore muito antes de casar. De repente você encontra a pessoa perfeita e surge a vontade de morarem juntos, mas é legal a arte da convivência. A gente se machuca menos se tem tempo de conhecer e aceitar o outro.

28- Pare de procurar a pessoa perfeita. Já disse Aristóteles: "O amor é um sentimento dos seres imperfeitos".

29- Mantenha o romantismo. Sabe qual é o verdadeiro segredo de uma pessoa manter o clima de namoro depois de vinte anos de casamento? Ela tem um olhar que promete romance.

30- Pague o preço do seu sonho. Sonhar é o primeiro passo; depois vem o trabalho. Ninguém obtém nada de graça. O pódio é de quem aprender a lutar pelas suas metas. É melhor se esforçar pela realização do que viver com a dor da frustração.

31- Todos os dias, seja feliz. A Felicidade não é feita de coisas gigantescas, mas de pequenos cuidados com você. Não se permita dormir sem alguns minutos de prazer. Ouça uma música, tome um banho gostoso, leia algo prazeroso.

32- Trabalhe com campeões. Batalhe para estar sempre perto deles, porque vai ensiná-lo a ser um campeão. Não chame de amigo alguém que estimule você a se acomodar.

33- Continue a ter vida própria depois do casamento. É importante manter seu crescimento, suas amizades, seu trabalho, seu esporte predileto. O preço de se anular é muito alto. Seu enriquecimento vai criar mais beleza a ser compartilhada.

34- Seja generosa com você. Errar faz parte da vida. Aprenda com os erros e não se torture. Descubra a delícia de ser como você é.

35- Saiba administrar seu dinheiro. Muitas mulheres ainda cometem o erro de não aprender a zelar pelo que ganham. O dinheiro não pode ser um tabu para casais e a mulher tem o direito e o dever de cuidar da sua própria segurança financeira.

36- Participe de uma atividade beneficiente. O melhor antidepressivo é ser voluntário em uma enfermaria de crianças com câncer. A sensação de ser útil garante a certeza de ser abençoada por Deus. Não é só dar dinheiro, mas participar da vida de alguém.

37- Poupe para a velhice. Cada vez mais a expectativa de vida aumenta e as aposentadorias diminuem. Cuidar do futuro é a parte de uma velhice feliz. Não é preciso guardar tudo que recebe, e sim gastar bem para que não falte.

38- Mantenha o alto-astral. Competentes são aqueles que mantêm uma postura positiva mesmo nas horas mais difíceis. Fechar a cara só piora a situação.

39- O sucesso é feito hoje. Quando você tiver consciência de que algo precisa ser feito, crie um fato irreversível a mudança e mãos à obra. Fracasso é adiar para depois.

40- Todos os dias invistam em você todos os dias. Quando a pessoa nasce, Deus lhe dá um potencial infinito, que poucos aproveitam. Pense em si mesma e trabalhe firme.

41- Tenha tempo para as pessoas importantes. Filhos maridos, pais e irmãos são pessoas que vão estar com você nos melhores e piores momentos da vida. Dar valor quando se perde pode ser mais fácil, mas é muito menos prazeroso.

42- Valorize mais a sabedoria que a genialidade. Gênios são importantes, mas nem todo mundo é magnífico. Cultivar a sabedoria, a criatividade e a informação valem mais do que ter um momento de genialidade.

43- Conheça o que é diferente. Se você é conservadora, procure alguém liberal. Se você gosta da cidade, passe férias junto à natureza. O próximo milênio vai exigir flexibilidade, portanto é bom aprender coisas diferentes.

44- Tenha um hobby. Música, dança, pintura, culinária, corrida. Qualquer hobby melhora nosso humor, nosso desempenho e nossa criatividade. Curta independentemente do trabalho e da família.

45- Procure ainda. Saber se virar sozinha é importante para ajustar suas metas, mas ao extremo, produz uma solidão desnecessária. Peça ajuda aos amigos e familiares ou, se for o caso, a um analista. Não queira ser auto-suficiente sempre. Ninguém é onipotente.

46- Crie pessoas independentes. O melhor caminho para a tranqüilidade e a economia de tempo é ter filhos e funcionários capazes de administrar suas vidas. Pessoas dependentes geram sobrecarga de trabalho.

47- Aprenda a trabalhar em velocidade. O ritmo do mundo vai acelerar, quem aprender a produzir sobre pressão levará uma vantagem infinita.

48- Converse francamente em situações nebulosas. Há pessoas que vêem dragões e inimigos que nem existem. Imaginam traições, afastam-se de amigos queridos. Uma conversa franca pode revelar o que é realidade ou fantasia.

49- Tenha vida própria. O maior erro estratégico das mulheres é usar quase toda a sua energia para cuidar dos outros, na empresa, no casamento e na família. Crie um tempo para você, suas amizades, suas coisas.

50- Respeite o seu jeito de ser. O pinheiro não inveja a roseira, a cerejeira está feliz com suas frutas. Não deixe de ser você para ganhar aplausos. O sucesso é ser feliz, profundamente feliz !

recebí de Eneci do [TRATAMENTOÀDISTÂNCIA]
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segunda-feira, fevereiro 14, 2011

O SEGREDO PARA SE RELACIONAR COM PESSOAS DIFÍCEIS




Edson José de Oliveira
(Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas)
No âmbito das relações humanas, que também é conceituada como a Ciência do Comportamento, é perceptível a existência de pessoas com diferentes níveis de personalidades, umas mais calmas outras mais agressivas, umas mais pessimistas outras mais otimistas, enfim, seres humanos que fazem parte de um contexto social de formação de caráter e valores intrínsecos pertinentes a cada um.
Este projeto consistiu num estudo de pessoas que são consideradas difíceis no desenrolar dos relacionamentos. O objetivo foi mostrar as possibilidades de se estabelecer um convívio pacifico e harmônico mesmo com indivíduos problemáticos. Para isso buscou-se conhecer o perfil dessas pessoas e a partir daí identificar meios de compreender as diferenças individuais. Através de pesquisas bibliográficas procurou-se apontar possíveis caminhos para melhorar o entendimento entre pessoas, contextualizandoo comportamento do indivíduo, suas características e peculiaridades. Foram apresentadas dicas de como o indivíduo pode conhecer suas próprias atitudes e comportamentos bem como as dos outros. Falou-se também sobre a arte de comunicar-se com clareza e sobre o segredo de influenciar pessoas, levando sempre em consideração que cada um tem seu jeito, seu estilo e seu momento.
No decorrer deste trabalho foi possível identificar como este tema vem sendo explorado por diversos autores que demonstram técnicas na forma de lidar com pessoas de temperamento forte. Muitos deles mostram que não há um caminho pronto a ser seguido, mas sim muitas coisas a serem aprendidas sobre as pessoas difíceis, e que para viver bem com elas, é preciso conhecê-las. A escolha do tema teve como premissa básica a importância do assunto em diversas esferas da vida humana, desde os momentos com a família até as relações no ambiente profissional.
Não é surpresa pra ninguém o surgimento de problemas entre pessoas, de diferenças de atitudes e condutas. O homem é consciente de suas características individuais e de suas necessidades diferenciadas, portanto, é capaz de entender que existem pessoas difíceis de conviver em qualquer ambiente. Verificou-se no decorrer do trabalho as possibilidades de minimizar o impacto desses encontros negativos e se ambas as partes estão preparadas para enfrentar as lacunas deixadas por relações complicadas de modo inteligente e eficaz ao ponto de resolver os impasses e se estabelecer à harmonia dos embates entre pessoas.
Pretende-se com este artigo, desenvolver um estudo que possa contribuir de forma significativa com todas as pessoas interessadas em entender os indivíduos problemáticos, seus padrões e comportamentos e planejar estratégias para transformar situações difíceis em oportunidades de sucesso. Este material serve também como guia de orientação e entendimento de nossas próprias atitudes em relação aos outros, de como devemos nos conhecer antes de prosseguirmos na arte das relações humanas. Que essa viagem seja repleta de descobertas e crescimento em todos os campos de sua vida.
2 RELAÇÕES HUMANAS COM PESSOAS DIFÍCEIS
Desde a infância o ser humano envolve-se num processo de socialização que resulta na formação do seu caráter que a priori é constituído por valores circulantes na sociedade. O resultado dessas múltiplas interações do homem com os diferentes contextos em que ele faz parte (Estado, a sociedade, os grupos sociais, a comunidade, a família, as relações interpessoais) resulta na formação de sua personalidade[1]. Diante dessas perspectivas é importante compreender que o homem é um ser social não apenas porque depende de outros para viver, mas porque é frágil de mais para permanecer sozinho, além disso, é inteligente perceber que as pessoas no decorrer de suas ações sofrem influências externas que aos poucos podem modelar sua forma de agir e pensar. O resultado da interação entre as pessoas e o meio em que está inserida pode vir a desenha a maneira de como conviver com próprio "eu" e com aquilo que se faz.
Ao adentrar-se no campo das relações é importante compreender o papel da Psicologia na vida das pessoas. Para Agostinho Minicucci (2006) Psicologia é a ciência que estuda o comportamento[2] humano. Contextualizando essas idéias encontram-se as Relações Humanas[3]. É no desenrolar dessas relações que surgem também as pessoas difíceis, como por exemplo, aquele sabe - tudo, ou ainda aquele sugador de energia, ou o intrometido que quer dar palpite em sua vida. E agora, como lidar com elas sem estragar o seu dia?
Neste projeto foi trabalhado o entrosamento de vários autores que possibilitam o entendimento de estratégias para se lidar com estas situações.
Nas tabelas que se seguem é possível visualizar os tipos de pessoas difíceis, bem como os elementos que constituem o comportamento de cada indivíduo. As formas de lidar com essas determinadas pessoas serão percebidas no decorrer do trabalho.
Autor Pessoa difícil Comportamento
O pessimista. Tudo que ele diz detona medo e depressão. Diverte-se muito ao ver sua vítima (você) sentindo-se mal.
O Sugador de Energia. Pessoas desse tipo são como vampiros, que roubam toda sua energia pessoal. Sempre dizem coisas negativas e desanimadoras. Adoram fofocar e fazem o que podem para atrair você para uma conversa baixo-astral.
O Critico. O critico é alguém que aponta defeitos em tudo e em todos, mas nunca enxerga suas próprias falhas.
O juiz. Uma pessoa taxativa que sempre faz questão de julgar os outros e impor sua opinião com a última palavra sobre qualquer assunto.
Murray Oxman O "vitima" A atitude dessa pessoa pode ser reconhecida com facilidade – ele vive se lamentando e suspirando pelos cantos. Tudo nele diz: "Por favor, tenha dó de mim".
O melindroso Essa pessoa é aquela que faz tudo para ajudar os outros, com a intenção de "acumular créditos".
O intimidador A principal ferramenta utilizada pelo intimidador é o medo. Por isso, ele tem o hábito de analisar todas as nossas reações e utilizá-las contra nós.
O introspectivo Essa é uma pessoa exageradamente tímida e comunicar-se com ela é praticamente impossível. Ele é tão voltado pra si mesmo que não consegue pensar no que está a sua volta.
O "Fábrica de Desculpas" Sempre encontra uma justificativa furada para todas as vezes que comete um erro ou não desempenha uma tarefa para o qual foi designado.
O desagradável Ela adora chocar os outros com grosserias, tudo para estar em evidência. Quer se sentir especial, ser notado, e a única maneira que encontra para isso é usar sua agressividade com as pessoas.
Tabela 1- Tipos de pessoas difíceis na visão do Psicólogo Murray Oxman
Fonte: Guia rápido para lidar com Pessoas Difíceis.
Diante desses tipos de pessoas difíceis apresentados, quais seriam as soluções mais viáveis para manter o equilíbrio das relações? Jamil Albuquerque (2007) diz que "Existir é Relacionar-se", desse modo, não há como eximir-se do relacionamento entre as pessoas. Seja nas atividades diárias, com a família ou no trabalho é sempre útil saber como lidar com pessoas difíceis e viver da melhor maneira possível.
A seguir, serão apresentadas dicas de como compreender essas individualidades e manter o equilíbrio das relações. Por meio da harmonização dos relacionamentos pode-se afirmar e desenvolver a própria personalidade e permitir que, ao mesmo tempo, os outros também façam o mesmo.
2.1 CONHECENDO NOSSO PROPRIO "EU"
Antes de prosseguir na arte de relacionar-se com os outros é primordial o conhecimento interior, sobre limites, vontades, caráter e principalmente a disponibilidade em querer estabelecer relações pacíficas. Alan Houel e Christian Godefroy (2008) mencionam que é útil conhecer às quatros principais forças que se combinam para determinar a personalidade humana: 1. Necessidades emocionais (ligadas ao carinho, afeto, amor); 2. Necessidades econômicas (situação em que a pessoa sente a falta de alguma coisa - um bem ou um serviço- correspondendo, simultaneamente, a certo mal-estar e a um desejo); 3. Seus modelos (aquilo que se imita ou que se segue); 4. Seus valores (formados pela educação, ambiente, trabalho, viagens, crenças religiosas, etc.).
Convicto de sua personalidade é importante destacar que para ter um diálogo sensato com uma pessoa difícil, é necessário saber como se afirmar e também conhecer seus pontos fracos para proteger-se. Stephen Covey (2007) menciona que é precisa começar "De dentro pra fora", significa começar consigo mesmo, ou ainda melhor, começar pelo mais íntimo – seus paradigmas[4], seu caráter e seus motivos.
Se o objetivo é tornar-se vitorioso no encontro com pessoas difíceis, o indivíduo deve se aceitar como é. A primeira condição para o sucesso das relações é parar de se pôr em condição de inferioridade. Se permitir que o manipulem emocionalmente não conseguirá atingir a vitória quando confrontar-se com pessoas difíceis. Então, um dos caminhos é procurar não se irritar, aprender a dizer não quando necessário, de forma educada, gentil, mas com firmeza, não tenha medo da rejeição e seja sincero, faça o outro perceber que você quer entendê-lo e ajudá-lo.
Quando há um conhecimento amplo tanto do próprio "eu" quanto da personalidade do outro as relações tornam-se mais eficazes. Alan Houel e Christian Godefroy (2008) relatam que no decorrer das relações humanas é necessário está protegido contra ferimentos que podem surgir e um dos passos para alcançar tal proeza é desenvolver a força interior. As pessoas difíceis podem tentar intimidar o outro com seus atos e ações, ou até mesmo, ferir se houver o ataque físico, portanto, é necessário manter-se frio, não reagir, será pouco provável que alguém o agrida fisicamente se você não fizer nada pra provocar isso. Uma dica valiosa é não se envolver em discussões que irão deixá-lo vulnerável e exposto ao acometimento, se numa relação você perceber que não irá atingir certo nível intelectual sobre o problema em questão o melhor a fazer é se reservar, pesquisar melhor e retomar depois com maior confiabilidade e segurança. Mantenha-se calmo durante o diálogo, permaneça nem muito insensível nem muito vulnerável. Quanto maior a compreensão dos limites individuais de cada um, quanto mais sólida e positiva for à imagem que se tem do próprio "eu", menos problemas emocionais a pessoa terá. Se a auto – imagem for defeituosa ou frágil, o ser humano tornar-se muito mais vulnerável a ofensa.
Agostinho Minicucci (2006) relata que se as pessoas descobrem como agem e tentam descobrir maneiras para compensar tais comportamentos, isso as ajudará a agir com mais eficiência no relacionamento interpessoal (com os outros) e na compreensão intrapessoal (com o próprio "eu"). Com o desvendar do segredo interior as pessoas passam a entender com maior eficácia [5] os outros e percebem com mais nitidez as barreiras e defesas que limitam os relacionamentos.
2.2 COMPREENDER AS PESSOAS
Em termos de relacionamento um dos elementos mais importante é a arte de compreender as pessoas. Quando não há esse entendimento não se pode influenciar, colaborar ou resolver problemas com elas. Stephen Covey (2007) afirma que temos uma tendência forte de atropelar os sentimentos dos outros, de correr para resolver as coisas através de conselhos. Mas com freqüência, pode-se deixar de reservar algum tempo para o diagnóstico, para tentar entender verdadeira e profundamente o problema.
Nota-se que na arte de lidar com pessoas difíceis um dos segredos é primeiro compreender os anseios, as dificuldades dos indivíduos. A partir do momento em que se trabalha a capacidade de ouvir com empatia amplia-se um leque de possibilidades que podem levar ao entendimento sobre determinada personalidade.
Praticando a escuta empática[6] é possível conhecer melhor as pessoas, seus comportamentos, oferecendo a elas a oportunidade de exporem seus pensamentos, sentimentos e ações nos relacionamentos com seus semelhantes.
Melvin Siberman (2001) apresenta três meios para se compreender melhor as pessoas: 1. Escuta e Observação – deve está claro que o modo mais direto de compreender as pessoas é realmente escutar suas idéias e sentimentos, atentar para sua linguagem corporal, pois os gestos, às vezes valem mais que ações ou palavras. Nesse âmbito, prestar atenção também significa não interromper a outra pessoa. Deixe que a pessoa difícil termine de falar, deixe que ela exponha seus problemas, depois faça uma pausa para refletir e organizar estratégias para um melhor entendimento entre as partes. Demonstre interesse pelo que o indivíduo está falando; 2. Esclarecer o significado – o nível mais profundo do entendimento diz respeito a reconhecer a importância do que a outra pessoa diz. Compreender o significado por trás das palavras. Quando quiser entender profundamente alguém faça perguntas de final aberto em que o falante possa expandir ou elaborar sua mensagem, elas oferecem mais espaço para responder e compartilhar. Reaja à emoção, se evitar reconhecer os sentimentos do outro está sacrificando um aspecto crucial da compreensão e da conexão que podem manter; 3. Interpretando o comportamento - quando precisar lidar com indivíduos cujas necessidades, costumes e bagagens de vida são significativamente diferentes das suas, as coisas podem ficar confusas. Algumas habilidades essências como determinar seus estilos pessoais e reconhecer as diferenças, podem ajudar a interpretar o comportamento humano.
Cada indivíduo tem suas crenças, seu jeito, sua maneira de pensar e agir, quando o modo de preferências individuais de uma pessoa difícil é compreendido, será mais fácil e eficiente a comunicação com ela. John Gottman (2003) relata que muitas discussões surgem de mal – entendidos e sentimentos de separação que poderiam ter sido evitados, se as pessoas tivessem os diálogos necessários para tanto. Mas como elas não fazem isso, elas discutem. Portanto, compreendendo o gênero, a cultura e a personalidade das pessoas difíceis, torna-se mais fácil a percepção do que as afligem tanto. Quando o hábito do saber ouvir é desenvolvido e quando se percebe a riqueza da diversidade, o ser humano se tornamai sábio.
Na tabela a seguir serão apresentados mais perfis difíceis, agora sobre o olhar de Dr. Rick Brinkman e Dr. Rick Kirschner (2006):
Autor Pessoa difícil Comportamento
O tipo "tanque de guerra". Agressivo e rude, escandaloso e poderoso. A pessoa que faz esse tipo acredita que os fins justificam os meios. Se você ficar em seu caminho, será eliminado.
O tipo "atirador de elite". Trabalha de forma dissimulada. Certamente guarda algum ressentimento de você. Em vez de sair esbravejando, ele prefere se vingar por meio da sabotagem, fofocas e comentários depreciativos.
O "tipo granada" Seus acessos de raiva e de fúria são desproporcionais às circunstâncias, levando todo mundo a se esquivar em busca de proteção mesmo sem entender o que está acontecendo.
O "sabe-tudo" É aquela pessoa que pensa conhecer tudo sobre tudo. Não importa o eu você diga, a resposta dele é sempre: " Já sei, já sei".
Dr. Rick Brinkman e Dr. Rick Kirschner O tipo "ele – pensa – que - sabe-tudo" Embora não saibam tanto assim, essas pessoas não deixam que isso as atrapalhe. Se você não conhece muito a respeito do que elas estão falando, podem induzi-lo ao erro ou mesmo atrapalhar a realização de um projeto.
A pessoa "sim" Rápida em concordar, mas lenta em agir, a pessoa que só diz "sim" deixa um rastro de desculpas e promessas não cumpridas.
A pessoa "talvez" Quando se depara com uma decisão importante, o tipo "talvez" não consegue tomar nenhuma decisão até que seja tarde demais.
A pessoa "nada" Você não sabe o que se passa na cabeça desse tipo de pessoa ela é "invisível" – não dá nenhum feedback, verbal ou corporal.
A pessoa "não" Apático e desencorajador, o tipo que só fala "não" leva os outros ao desespero.
O "reclamador" Esse tipo mergulha de cabeça nos problemas, reclama incessantemente e arrasta todo mundo para baixo com o peso de suas generalizações. Para ele tudo está errado e será sempre assim, a não ser que você faça algo.
Tabela 2 – Tipos de pessoas difíceis na visão de Dr. Rick Brinkman e Dr. Rick Kirschner.
Fonte: Livro - Aprendendo a lidar com pessoas difíceis.
Para manter o equilíbrio das relações humanas é importante reduzir as diferenças, tentar conhecer o outro, estabelecer afinidades com a pessoa difícil, procurar entender as entrelinhas do problema e buscar lá no fundo, no íntimo de cada um a origem de tal comportamento. Agindo desse modo, ficará mais fácil redirecionar a trajetória da conversa para um resultado mais produtivo. Ao enfrentar pessoas difíceis, seja ela do tipo "sabe- tudo", ou "atirador de elite" é fundamental permanecer calmo, ouvir com atenção, ser positivo e empático. Talvez estejam sentindo raiva delas mesmas e não de você. Pense nas palavras que vai usar e mantenha o equilíbrio das emoções. Se não entendeu tudo faça perguntas em tom não ameaçador. Lembre-se de buscar sempre o melhor de cada um. Tente identificar os elementos que impulsionam o indivíduo problemático, desse modo, terá alcançado uma compreensão mais profunda de suas necessidades e intenções. Crie sinergia valorizando as diferenças e respeitando-as, invista nos pontos fortes das pessoas e tente compensar as fraquezas. Jonh Gottman (2003) explica que as pessoas que não conseguem se relacionar também apresentam maior probabilidade de se sentir isoladas, insatisfeitas e instáveis na vida profissional. Qualquer uma dessas dificuldades pode criar um tremendo estresse na vida das pessoas, dando origem aos mais diversos tipos de problemas de saúde física e mental. Por isso, independente de qualquer ambiente em que os relacionamentos aconteçam é essencial entender as peculiaridades dos outros e ter a capacidade de compreender cada um segundo seus princípios e valores.
2.3 A ARTE DA COMUNICAÇÃO EFICAZ/ EXPRESSAR-SE CLARAMENTE.
Uma das grandes ferramentas existente no trato com pessoas difíceis é a comunicação. Quando você se expressa, é importante que a faça de forma a produzir resultados positivos. Os sinais, símbolos e gestos que constituem nossa mensagem fornecem subsídios para o melhoramento das relações complexas. Segundo Jamil Albuquerque (2007) a grande maioria das distorções nos relacionamentos, os negócios mal feitos, os prejuízos, os grandes desentendimentos, os dramas, as separações, as dores que duram anos, a violência e mesmo as guerras são frutos de uma má comunicação.
É interessante entender o que os outros falam e isso se dá através do conhecimento adquirido com leituras anteriores que auxiliam na compreensão da outra pessoa. A comunicação deve adequar-se com as circunstâncias de cada nova situação. O ser humano convive com pessoas de várias culturas e realidades distintas, então, o comportamento que se aplica para algumas pessoas e situações não se aplica as outras pessoas e circunstâncias, por isso a importância de saber se comunicar com eficiência e entender o contexto do outro. É comum existir divergências entre falas, o bom comunicador sabe como lidar com essas oportunidades e entende que opiniões diferentes, valores opostos e conflitos de desejos são coisas normais. O indivíduo com a capacidade de se comunicar aguçada tem mais sucesso nas relações com pessoas problemáticas.
Ao comunicar-se com indivíduos de temperamento forte, é importante monitorar o tom de voz, apresente a intenção principal, explique porque está expondo algo antes de realmente dizê-lo, esse é um modo simples de direcionar a atenção para o que deseja, se for necessário interrompa-o, mas faça isso com cautela, de forma delicada e seja flexível, faça um esforço para entender as objeções dos indivíduos difíceis. Mel Silberman (2001) apresenta três modos de se tornar um bom comunicador: 1. Transmitir sua mensagem de forma concisa, honesta e expressiva (pensa antes de falar); 2. Ir diretamente ao ponto, diga o que pensa e sente, sem rodeios (assuma o que você diz e deixe o ouvinte a vontade); 3. Inclua o ouvinte, permitindo-lhe fazer perguntas e esclarecer o que disseram (fale a língua da outra pessoa e permita que os outros também expressem suas idéias). Dentro da melhoria da emissão e recepção da mensagem, o aspecto do feedback[7] deve ser levado em consideração. Ao buscar essa técnica, os horizontes se expandem, valendo-se inteligentemente de outras pessoas como fonte de informações em vez de confiar apenas nos seus próprios conceitos.
As pessoas difíceis estão mais propensas a compartilhar seu feedback se forem convencidas de que serão ouvidas com sinceridade. O feedback deve ser pensado como um processo contínuo, em vez de algo que acontece uma só vez. Mil Silberman (2001) acrescenta que sem feedback, é preciso sempre imaginar o que a outra pessoa está pensando a seu respeito. Essa habilidade quando verdadeiramente aplicada nos processos de relacionamentos com pessoas difíceis, possibilita um maior universo de informações disponíveis sobre o comportamento humano. À medida que se tem uma troca de opinião, que um passa a entender os problemas do outro os relacionamentos tornam-se espontâneos, abertos e mais amigáveis.
Na tabela três, Christiane Osborne (2007) apresenta os seguintes perfis de pessoas difíceis:
Autor Pessoa difícil Comportamento
O Derrotista Não se entusiasma, suspira, encolhe os ombros, mas nunca dirá que algo está errado.
O encostado Em casa ou no trabalho, livra-se das tarefas, especialmente das piores, e as deseja para os outros.
Christiane Osborne O espertinho Não tem escrúpulos. Na esfera profissional assume o crédito pelo trabalho dos outros para subir na carreira.
O Queixoso Vive se queixando até de coisas pequenas; é impossível agradá-lo.
O mandachuva Sempre que ter a primeira a última palavra e estar um passo à frente de todo mundo.
O trator Amedronta e intimida os outros; abre seu caminho pela agressão.
Tabela 3 – Pessoas difíceis na visão de Christiane Osborne
Fonte: Livro - Como lidar com pessoas difíceis: seu guia de estratégia pessoal.
Independente do perfil da pessoa difícil é conveniente ser positivo, não se deixe levar pelo queixoso, pelo encostado ou por qualquer outro aspecto. Ser positivo significa ser firme com os fatos e flexíveis com as pessoas; é dizer diretamente o que se quer, precisa ou sente; é ser honesto consigo mesmo e com os demais e reconhecer que as pessoas, mesmo as mais complexas, têm o direito de expressar suas sugestões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, Jamil. A arte de lidar com pessoas. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.
BRINKMAN, Rick; KIRSCHNER, Rick. Aprendendo a lidar com pessoas difíceis. 2. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
COVEY, Stephen. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 30. ed. Rio de Janeiro: BestSeller, 2007.
GOTTMAN, John. Relacionamentos: 5 passos para uma vida emocional mais feliz na família, no trabalho e no amor. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.
HOUEL, Alan; GODEFROY, Christian. Como lidar com pessoas difíceis: guia prático para melhorar seus relacionamentos. 8 ed. São Paulo: Madras, 2008.
KANAANE, Roberto. Comportamento Humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MINICUCCI, Agostinho. Relações Humanas: psicologia das relações interpessoais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
OSBORNE, Christina. Como lidar com pessoas difíceis. São Paulo: PubliFolha, 2007.
OXMAN, Murray. Guia rápido para lidar com pessoas difíceis: reconheça os 20 tipos de pessoas- problema. 2. ed. São Paulo: Editora Gente, 2008.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
SILBERMAN, Melvin L. Desvendar Pessoas: como desenvolver e melhorar seus relacionamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.


[1] Para Stephen P. Robbins, em seu livro Comportamento Organizacional (2005) Personalidade é definida como a soma total das maneiras como uma pessoa reage e interage com as demais. Ela é mais frequentemente descrita em termos dos traços mensuráveis exibidas pelo individuo.
[2] Segundo Roberto Kanaane, em seu livro Comportamento Humano nas Organizações (2008) Comportamento pode ser definido como as reações dos indivíduos e as respostas que estes apresentam a um dado estímulo, sendo determinado pelo conjunto de características ambientais (adquiridas) e hereditárias (genéticas), com a absorção das pressões exercidas pelo meio ambiente.
[3] Agostinho Minicucci, em seu livro Relações Humanas – Psicologia das Relações Interpessoais (2006) conceitua Relações Humanas como sendo a ciência do Comportamento Humano e que pode ser entendida como comunicação interpessoal (relacionamentos entre pessoas) e intrapessoal (relacionar-se consigo mesmo – chamadas comunicações interiores, diálogo interior).
[4] Para Stephen Covey em seu livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (2007) paradigma é uma palavra que vem do grego. Na origem, era um termo científico, mas hoje é usada comumente para definir modelo, teoria, percepção, pressuposto ou padrão de referência. Em um sentido mais geral, é a maneira de como "vemos" o mundo – não no sentido visual, mas sim em termos de percepção, compreensão e interpretação.
[5] Para Stephen Covey em seu livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (2007) Eficácia é definida como resultante de duas coisas: o produto e o meio de produção, ou a capacidade de produzir. A eficácia consiste no equilíbrio – no que chamo de Equilíbrio P/CP. P representa a Produção dos resultados desejados e CP indica a Capacidade de Produção, a habilidade.
[6] Segundo Stephen Covey (2007) quando se fala em escuta empática, refere-se à escuta com a finalidade de compreender. Ou seja, primeiro compreender, realmente compreender. A essência da escuta empática não está em concordar com alguém, mas sim em compreender aquela pessoa profundamente, tanto no plano emocional quanto espiritual. Na escuta empática você escuta com os ouvidos, mas também, e mais importante, ouve com os olhos e coração.
[7] Para Agostinho Minicucci (2006) descreve feedback da seguinte maneira: feedback é uma palavra inglesa, traduzida por realimentação, que significa "verificar o próprio desempenho e corrigi-lo se necessário".Isto é, estou verificando meu desempenho por meio da comunicação com outras pessoas e, dentro do possível, modificando-o.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
O segredo para se relacionar com pessoas difíceis publicado 11/01/2010 por Edson José em http://www.webartigos.com

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domingo, fevereiro 06, 2011

ATITUDES QUE DRENAM ENERGIAS



 

(Desconheço o autor)
1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

recebi do grupo [tratamento à distância]
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sábado, fevereiro 05, 2011

OFEREÇA A OUTRA FACE



 Quando falou que se alguém nos batesse numa face, deveríamos oferecer a outra, expressou um grandioso ensinamento que, se levado em conta, teríamos a solução para todas as situações desagradáveis que surgissem em nossa vida.

Oferecer a outra face não quer dizer dar o rosto para bater. É uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma desagradável, devemos mostrar a face oposta.

Dar a outra face é mudar a paisagem, é uma ação positiva diante de uma negativa.

Assim, quando todos atiram pedras, ofereça uma flor.

Quando todos caminham para o lado errado, mostre o passo certo.

Se tudo estiver escuro, se nada puder ser visto, acenda você uma luz, ilumine as trevas com uma pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, dê o primeiro sorriso; não com lábios sorridentes, mas com um coração que compreenda, com braços que confortem.

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, ensine, começando por aprender, corrigindo-se a si mesmo.

Quando alguém estiver angustiado, mostre-lhe a face do conforto.

Se encontrar alguém em desespero, acene com a esperança, mesmo que isso seja um desafio para você mesmo.

Quando a terra dos corações estiver seca, que sua mão possa regá-las.

Quando a flor do afeto estiver sufocada pelos espinhos da incompreensão, que sua mão saiba arrancar a praga, afagar a pétala, acariciar a flor.

Onde haja portas fechadas para o entendimento, leve a chave da concórdia e da compreensão.

Onde o vento sopra, frio, enregelando corações, que o calor de sua alma seja proteção e abrigo.

Se alguém caminha sem rumo, mostre-lhe as pegadas que conduzem a um porto seguro.

Onde a crítica azeda for o assunto principal, ofereça uma palavra de otimismo, um raio de esperança, uma luz que rompe as trevas e clareia o ambiente mental.

Quando todos parecerem perdidos, mostre o caminho de volta.

Quando a face da solidão se mostrar como única alternativa na vida de alguém, seja uma presença que conforta, ainda que uma presença silenciosa.

Onde o manto escuro da morte se apresenta como um beco sem saída, fale da vida exuberante que aguarda os seres que fazem a passagem pela porta estreita do túmulo.

Seja você a oferecer a face sorridente e otimista da vida, onde a tristeza e o pessimismo marcam presença.
 
 
Redação do Momento Espírita
 
recebi de Neuza Dutra [tratamento à distância] 
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ou seja: evite ficar com raiva, evite incitar ódio
evite magoar-se, evite absorver a energia negativa do outro,
quem está com problema é ele e não você
 
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sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Os treze princípios de Benjamin Franklin



Os treze princípios de Benjamin Franklin eram
(Autobiografia de Benjamin Franklin): (tais como escreveu e na ordem que lhes deu)
  1. Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
  1. Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
  1. Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
  1. Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
  1. Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja, nada desperdice.
  1. Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
  1. Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
  1. Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
  1. Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
  1. Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
  1. Tranqüilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
  1. Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
  1. Humildade – Imite Jesus e Sócrates.
 ou seja: equilíbrio sempre 
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terça-feira, fevereiro 01, 2011

Judas e traições



“Não julgueis os outros para não serdes julgados,
porque com o julgamento com que julgardes,
sereis julgados e com a medida que
medirdes, sereis medidos”
Jesus (Mt, 7:1)
Recentemente, a imprensa mundial se ocupou com um assunto que mobiliza a cristandade desde os seus alicerces. O tema é Judas e sua traição...
Para nós, espíritas, que acreditamos na remissão dos erros como princípio básico do progresso, da reforma íntima e do envolvimento com o amor do Pai, o episódio não tem aquele aspecto da condenação eterna, ninguém pode ser condenado eternamente por um erro. Isso seria a negação da perfeição divina, que nos criou, a todos, para que venhamos a alcançar a paz e não as fogueiras infernais.
O anátema a Judas pode ser passível de alguns comentários:
-   Seria possível enganar a Jesus e, com isso, existir um traidor entre seus apóstolos, que foram escolhidos criteriosamente para a divulgação da Boa Nova?
-   Seria necessário que alguém beijasse a face do Cristo  para o identificar aos seus algozes?
-   Por que foi Judas o apontado como traidor?
O chamado Evangelho de Judas, apócrifo agora revelado, foi escrito no século IV ou V, na língua copta, baseado no original grego que teria sido escrito pelo próprio Judas, em seu retiro no deserto e que foi condenado por Irineu de Lyon no século II, assim como também foi condenada a seita dos gnósticos, conhecida como cainitas, que divulgou o documento (existem versões de que o texto foi escrito pelo gnósticos, como se fora o próprio Judas).
Nesse texto apócrifo, Judas não se reconhece como traidor. Teria sido apenas um instrumento dos desígnios superiores para que o Filho de Deus sofresse o martírio e “salvasse os homens”. Conta que não se enforcou, foi perdoado por Jesus e orientado para se retirar e fazer exercícios espirituais no deserto.
Podemos ir para os comentários acima colocados.
Ao conhecermos, ou pelo menos vislumbrarmos, a hierarquia espiritual de Jesus, não pode haver dúvida quanto ao fato Dele ser enganado. Isso não seria possível, mesmo porque, em Mateus, na cena da Santa Ceia, Jesus avisa que um apóstolo o entregará; esse mesmo fato é relatado de outra forma em Marcos, embora ele relate a advertência de Jesus. Também diz que Judas foi escolhido pelo Mestre, para integrar-se ao grupo; considerando-se o que escrevem Marcos e Mateus, Lucas não atribui responsabilidade a Judas pelo desfecho do Calvário, embora também registre o alerta feito na Santa Ceia; mas em João, existe um contundente testemunho, quando ele relata a cena da Santa Ceia, onde Jesus teria, não só dito que um apóstolo o trairia, como informou que seria aquele a quem Ele desse um pão molhado, que é oferecido a Judas e incentiva o apóstolo: - O que tens a fazer, faze-o depressa.
Não, o Cristo sabia quem era Judas e certamente sabia o que iria acontecer.
Desde o nascimento de Jesus, quando foi realizado o censo na região, tanto os romanos, quanto os hebreus, sabiam quem era quem, mesmo porque a população não era tão grande assim. Além disso, o processo peripatético que caracterizou o magistério de Jesus, o tornou conhecido de todos, inclusive do Sinédrio, onde teve oportunidade de debater vários temas com os doutores do templo. Entre os romanos, era jocosamente chamado “Rex Iudeorum” – Rei dos Judeus...
Será que para ser reconhecido por seus captores, haveria necessidade de uma indicação tão óbvia, como um beijo na face?
Mas quem era Judas? Para ser escolhido como apóstolo, deveria ser uma pessoa com destaques pessoais adequados para a obra cristã.
As informações arqueológicas o mostram como um adversário dos romanos, ligado a correntes nacionalistas que pretendiam a liberdade do jugo de César.
No livro Crônicas de Além Túmulo, da excelente lavra de Humberto de Campos (Espírito), vamos encontrar uma entrevista que o autor fez com o Espírito Judas, onde são mostrados ângulos muito interessantes dos fatos ocorridos na época.
Judas queria a liberdade do povo hebreu. Não via, porém, em Jesus, o perfil do líder que iria impor, com audácia e força, uma nova ordem e quis, desse modo, planejar uma revolta que utilizasse o carisma do Mestre, como catalizador da ação do povo.
Ser apóstolo era uma demanda por ele solicitada, quando ainda estava no plano espiritual, antes de reencarnar.
No livro Pérolas do Além, Emmanuel cita que Judas deveria amar profundamente a Jesus, mas, tão só pela pressa em alcançar a vitória, engendrou a tragédia da cruz, levado pela invigilância.
Ainda no livro Crônicas de Além Túmulo, vemos que o apóstolo, por amor ao Nazareno, não deve ter imaginado sua crucificação e sofrimento. Contava com uma sublevação tão logo o povo soubesse da captura e os romanos nada poderiam fazer.
Mas Pôncio Pilatos entregou Jesus ao julgamento dos judeus, seu povo. Com isso, a revolta ficou abortada, não estava presente o dominador romano para atrair os ódios.
Dessa forma, deu-se a seqüência do julgamento e da sentença no Gólgota.
À luz da conceituação espírita, a razão, esse privilégio divino, nos faz pensar que nada do que aconteceu pode ser ligado ao determinismo, fatalismo ou qualquer outro item circunstancial. Os fatos, dada a sua importância para a história da humanidade, não poderiam deixar de ter sido objeto de um planejamento milenar e, nesse contexto, Judas foi coadjuvante, não protagonista.
A tragédia do Gólgota foi palco da demonstração de todas as qualidades e defeitos humanos, das paixões, dos interesses, do egoísmo, da calúnia... Todos com seus personagens e Judas, foi o personagem da traição. A maior demonstração foi a de Jesus, que do alto da cruz, pediu a Deus que perdoasse a todos, eram ignorantes, não sabiam o que estavam fazendo.
Diante disso, não se pode deixar de pensar que, diante do que está nas escrituras, a trama humana influenciou a história, atendendo a propósitos menores.
Nem os que condenaram o Mestre ao suplício da cruz, tiveram uma execração milenar, como teve Judas. Ele não foi perdoado pelos homens, embora o Cristo tivesse pedido a Deus que perdoasse a todos.
Um fato relevante foi lembrado pelo teólogo Fernando Altemeyer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, “... A atitude do apóstolo traidor não foi muito pior do que a de Pedro, que O negou por três vezes, ou que a dos demais apóstolos, que O abandonaram. Judas foi um mal necessário, um inocente útil.”
As crônicas espirituais mostram um Judas ansioso por reverter o quadro de traidor que o impuseram.
Ao longo da história cristã, Judas voltou prestando serviços importantes para a causa do Cristo e hoje, já com seu histórico resgatado, fica bem longe dos pensamentos deletérios dos cristãos menores, que ainda não aprenderam a respeitar e entender a Paz e o Perdão que Jesus ensinou.
 
Assaruhy Franco de Moraes
fonte: 
Bezerrade Menezes/estudos/cronica/judas_e_traicoes
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