Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

sexta-feira, abril 29, 2011

19 A MENTIRA


 19
A MENTIRA
           1 - Como situar a mentira?
Um dos piores flagelos da Humanidade, presente em todas as culturas, O profeta Isaías afirma taxativamente que “todo homem é mentiroso”. Refere-se, obviamente, ao gênero humano. As mulheres adoram fofocas e boatos, que raramente guardam fidelidade plena à realidade dos fatos.

2 - É tão grave assim?
Observe que todo mal que se produz na Terra está sempre vinculado à mentira. Mente o marido que trai a esposa, o político que faz promessas vãs, o estelionatário que ilude incautos, o corrupto que aceita propinas, o comerciante que explora o freguês, o publicitário que vende uma imagem falsa. A lista iria longe. Todos mentem para alcançar seus objetivos.

3 -  Essa postura não é um tanto radical? Há pequenas mentiras que não prejudicam ninguém e facilitam nossa vida. Haverá maneira mais fácil de nos livrarmos de alguém que vem nos importunar do que mandar alguém dizer que não estamos em casa?
É uma questão de principio. Quem se habitua às pequenas mentiras não tera constrangimento com relação às maiores. fugindo às suas responsabilidades.

4 -  Você não admite que a mentira está tão entranhada na vida social que seria impossível eliminá-la?
Da vida social, sim. De nossa vida, não. Depende de nos conscientizarmos a respeito.

5 - Se eu só falar a verdade, num mundo onde impera a mentira, não estarei em desvantagem?
     Imaginemos que os primitivos discípulos de Jesus tivessem a mesma idéia. Uma simples mentirinha — «Não sou cristão! Prenderam-me por engano — e estariam livres do Circo Romano, das feras famintas, da fogueira... Foi a fidelidade à verdade, sustentada pelos mártires indômitos, que permitiu ao Cristianismo sobrepor-se as perseguições cruéis, consolidando-se como marco de luzes na Terra.

6 -  Havia uma orientação específica para eles?
A mentira é condenada em todos os textos religiosos, desde as mais remotas culturas. Jesus recomendava que cultivemos o “sim, sim, não, não”. Significa que nossas afirmativas devem ser sempre verdadeiras. O fato de alguém colocar em dúvida o que dizemos significa que nem sempre dizemos a verdade. No oitavo mandamento da Lei, recebido por Moisés no Monte Sinai, está enfatizado: “Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo

7 -  Não é lícito mentir em nenhuma circunstância?
Só quando usamos a mentira piedosa, que visa beneficiar alguém, sem nenhum interesse pessoal. Quando, por exemplo, mentimos a alguém muito frágil quanto ao seu estado de saúde, omitindo que está com câncer. No livro “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, há uma situação também ilustrativa: Um homem injustamente perseguido por um comissário de polícia refugia-se num convento. Ali vivia uma freira que tinha a fama de jamais mentir. O comissário sabia disso. Solicitou sua presença e lhe perguntou se seu perseguido estava ali. Ela respondeu negativamente. Mentiu, pela primeira vez em sua vida, para salvar um inocente.

8 - Pinocchio, o célebre boneco animado feito gente, tinha por castigo o crescimento de seu nariz quando mentia. Algo semelhante ocorre, espiritualmente, quando mentimos?
Evidente que nosso nariz perispiritual não se altera. Mas desajusta-se o nosso psiquismo, situando-nos, diante dos benfeitores espirituais, como Espíritos imaturos. Para os malfeitores do além aparecemos como presas fáceis, explorando o baixo padrão vibratório de quem não assume compromisso com a verdade.

Richard Simonetti
do livro: Não pise na bola
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