Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

quarta-feira, setembro 28, 2011

10 passos para a transformação: (Um por dia)


1-Saiba nos seus ossos, no seu coração, no seu corpo e na sua mente que você é um ser poderoso, capaz de governar a própria vida em harmonia com a sua alma e com Deus e em conjunto com os membros das comunidades que você escolheu
 
2- Percorrendo o seu caminho espiritual, perceba que tudo o que você fez foi essencial para a sua caminhada em direção ao espírito; tudo partiu de uma decisão muito profunda e fez parte do processo de manifestação da sua alma.

3-Lembre-se de que cada momento é uma nova criação e tem algo de novo a lhe ensinar. E agora, em cada momento, você está pronto para aprender pela alegria. Vá sorvendo-a em pequenos goles, deixando-a transmutar o seu corpo até que esteja pleno e transborde de alegria. Então, poderá tomar suas decisões a partir do coração, com lucidez e conhecimento das circunstâncias, e cada momento da sua vida será uma nova oportunidade de celebração.

4-Além de aliviar a dor e de curar as suas feridas falando a respeito delas com os amigos, na terapia ou em grupos de recuperação, vocês podem começar a trabalhar com o corpo - por meio de massagens, movimentos, trabalho sobre a respiração, tratamento com ervas, ou qualquer outra modalidade que lhe pareça segura - com profissionais sábios e bem fundamentados, para descobrir e libertar-se dos bloqueios e traumas que ainda permaneçam no seu corpo físico e no seu corpo sutil.

5-Você não é apenas essa mente e esse corpo; por isso, pode decidir explorar as suas vidas passadas e as informações que leva consigo no nível anímico, e começar a fazer o trabalho necessário para vir a possuir e utilizar essa sabedoria na vida cotidiana.

6-Procure as pessoas que acrescentaram algo à sua vida e expresse-lhes a sua gratidão por elas terem lhe ajudado quando você precisou sa sabedoria, do amor, da ternura e da força delas. Preste homenagem também àquela parte de você mesmo que deu ajuda a outras pessoas, e não tenha medo de receber a gratidão delas se elas lhe expressarem essa gratidão.

7-Os corpos de todos os seres humanos estão interligados numa rede energética. Desperte o seu chacra do timo para sentir a ligação que existe entre você e toda a humanidade, e a cada dia saia para o mundo sem se desligar da alma.

8-Você tem, no mundo, a companhia de muitos seres, tanto encarnados quanto desencarnados. Abra-se a todos os que vivem aqui, tomando-os como guias e companheiros; abra-se igualmente à orientação dos santos e dos anjos. Você nunca está sozinho. O universo está sempre pronto para se revelar a você.

9-Você nunca esteve separado de Deus. O amor e a felicidade divina constituem o solo de todo o ser, fonte da verdadeira natureza que você nasceu para manifestar no mundo. Por meio da prece e da meditação, você mesmo vai sentir isso. A cada dia, orgulhosamente, agradeça a Deus, a seu modo, por ter criado você, um filho do universo.

10-Reparta a sua beleza, o seu amor, a sua sabedoria, a sua alegria e a sua bondade com toda a humanidade, com tudo que viver no planeta, com o próprio planeta, com o Universo de Deus, em cada palavra e em cada pensamento da sua vida, na vigília e no sono. Deixe que a sua alegria se espraie em ondas sobre o mundo em ações concretas, a cada dia, da maneira que lhe parecer mais adequada, que ajude a criar o paraíso na Terra.
 
recebí da Tania Magalhães [tratamentoadistancia]
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Respostas do Caminho



 
Trazendo a sua consciência tranqüila, nos deveres que a vida lhe deu a cumprir, você pode e deve viver a sua vida tranqüila, sem qualquer necessidade de ser infeliz.

Auxilie aos outros sem afligir-se demasiado com os problemas que apresentem, porque eles mesmos desejam solucioná-los por si próprios.
Não se fixe tão fortemente nos aspectos exteriores dos acontecimentos e sim coloque a sua visão interna nos fatos em curso, a fim de que a compreensão lhe clareie os raciocínios.
Dedique-se ao seu trabalho com todos os recursos disponíveis, reconhecendo que se houver alguma necessidade de modificação em suas atividades, a sua própria tarefa lhe fará sentir isso sem palavras.
Se você experimentou algum fracasso na execução dos seus ideais, não culpe disso senão a você mesmo, refletindo na melhor maneira de efetuar o reajuste.
Se você realizar corretamente o seu trabalho, os seus clientes ou beneficiários virão de longe procurar o valor de sua experiência e de seu concurso.
Em qualquer indecisão, valorize os pareceres dos amigos que lhe falem do assunto, mas conserve a convicção de que a decisão será sempre de você mesmo.
Uma atitude de simpatia para com o próximo é sempre uma porta aberta em seu auxílio agora e no futuro.
Mesmo nas horas mais aflitivas procure agir com serenidade e discernimento, porque de tudo quanto fizermos colheremos sempre.
A desculpa ante as faltas de que você tenha sido vítima, invariavelmente, é ação em seu próprio favor.

Quando provações e dificuldades lhe pareçam aumentadas, guarde paciência e otimismo, trabalhando e servindo, na certeza de que Deus faz sempre o melhor.
André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Recebí da minha amiga Glaucia
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domingo, setembro 25, 2011

Medo de falar em público: Saiba como melhorar! - Escola Psicologia

Posted: 19 Sep 2011 07:51 AM PDT
As pessoas que sentem medo de falar em público, a grande maioria não está relacionado com situações em que se tem de falar perante multidões. Pelo contrário, muitas pessoas ficam temerosas em situações menores do dia-a-dia. Sentem receio a falar frente a frente, num pequeno grupo de pessoas, ou até mesmo para pedir uma indicação lhes causa um terrível incómodo. Uma pessoa pode ficar nervosa durante uma reunião, quando os colegas de trabalho têm de interagir com ela. Ou pode ficar ansiosa ao apresentar-se  a novos colegas.
Exemplo de um relato: Quando eu fiz a defesa de tese, todo o tempo os meus joelhos estavam tremendo, e as minhas mãos suando. E isso foi apenas na frente do meu orientador e dois membros da comissão. Por dentro, principalmente no começo, eu estava gritando “me tira daqui“.

CASCATA DE SINTOMAS FÍSICOS E PENSAMENTO NEGATIVOS

As pessoas também podem ficar ansiosas em situações ou atividades na comunidade. Há pessoas que ficam ansiosas na igreja, quando convidados a fazer uma leitura ou um elogio, ou mesmo quando se faz um brinde. A ansiedade pode disparar quando algumas pessoas  falam com alguém que represente a autoridade. Aquilo que as pessoas mais temem relativamente à tarefa de falar em público é a sua própria reação física e que outros irão notar os seus sintomas. Os sintomas podem incluir uma voz trémula, sudorese, tremores, rubor facial, dificuldade em recuperar o fôlego, tonturas, náuseas, problemas gastrointestinais e outros.
Para além da cascata de sintomas físicos provocados pela ansiedade gerada pela dificuldade de estabelecer um diálogo, a mente pode também ser inundada com pensamentos de medo. Estes pensamentos automáticos negativos como: “As outras pessoas vão pensar que sou estúpido porque gaguejo e fico agitado quando falo” ou “Como é que eu vou sair dessa?” Ao iniciar-se este ciclo vicioso do corpo/mente gera-se dúvida nas capacidades para lidar de forma eficaz com as situações. Quanto mais sintomas corporais se fizerem sentir, mais alerta a mente fica,  e consequentemente mais medo é sentido e mais o corpo amplifica esses sintomas.
medo
Como resultado, muitas pessoas tentam o seu melhor para evitar falar em público. O evitamento proporciona alívio imediato, mas é temporário e prejudicial. Para além de afastar a pessoa das suas tarefas e necessidades, irá reforçar ainda mais o comportamento de evitamento de situações desagradáveis, dado que quando evita falar em público os seus sintomas negativos diminuem, gerando um sentimento de bem-estar, mas aumentando o problema original (mais medo de falar em público).
Felizmente, existem muitas maneiras saudáveis ​​que você pode aprender e diminuir o pânico de falar em público. Em seguida apresento algumas estratégias para aprender a lidar com a ansiedade e medo, assim como para reforçar a auto confiança e a auto estima:

O SEU CORPO E A ANSIEDADE

Dado que as pessoas que sofrem de medo de falar em público ficam usualmente muito preocupadas com o que está acontecendo no seu corpo, é importante a prática de estratégias para diminuir os sintomas físicos.  O primeiro passo é parar de temer as reações físicas, pois esse medo aumenta ainda mais a intensidade  dos sintomas. Observe essas sensações sem se exaltar, aceite os sintomas e aguente a onda de ansiedade. Para que possa conseguir fazer isso é preciso relembrar-se que embora o sintomas sejam desagradáveis, eles não lhe podem causar dano nenhum, não irão prejudicá-lo. Depois de um pico de intensidade máxima dos seus sintomas, eles têm inevitavelmente de reduzir.

A respiração

A respiração é outra fator importante a ter em consideração. Muitas pessoas nas situações agudas prendem a respiração ou respiram muito rápido, de forma  irregular e superficial. Essas sensações criam uma reação de emergência no corpo. Aprender algumas técnicas respiratórias de forma controlada e voluntária é um recurso importante para a diminuição dos sintomas físicos desagradáveis.

Exemplo prático:

Respire, inspire e expire enquanto pensa em algumas imagens ou pensamentos que induzam uma palavra como, “estou calmo” ou ” relaxa”, ou “ok descontrai”. Expire lentamente e expire totalmente. À medida que inspira pense na palavra escolhida, e quando expira tente livrar-se da tensão, stress ou medo. Para aprofundar este assunto, leia o nosso artigo: 10 técnicas poderosas de relaxamento.
A técnica de respiração agregada às sensações de relaxamento minimizam a tensão no seu corpo. Quando estamos com medo, os nossos músculos ficam mais contraídos e tensos, porque estamos em guarda, ficamos prontos na iminência que algo aconteça. Quando você está tenso, o seu corpo pressente o perigo. Quanto mais consciente tiver desse estado, mais facilmente e de forma deliberada irá conseguir relaxar a tensão no corpo, ao descontrair o corpo, mais ele dá a mensagem para  si mesmo que já não existe necessidade de proteger-se contra o perigo inicial.

A expressão corporal

A sua postura e expressões faciais jogam um papel importante na expressão do seu medo. Quando uma pessoa está relaxada e confiante, os seus ombros estão abertos, a sua postura é ereta e esboça-se um sorriso suave. Mas, quando você está com medo, a sua postura é mais fechada, todo o corpo colapsa, você quer ser invisível. O seu rosto  expressa tensão, sobrolho franzido, testa enrugada, maxilares fechados. Em vez disso, consciente e deliberadamente adote uma postura confiante e relaxada, enviando mensagens para o seu corpo de que tudo irá correr bem e que está capaz de lidar com o desafio entre mãos.  Desta forma você aciona a parte mais primitiva do seu cérebro, enviando a mensagem para si mesmo: “não há perigo aqui”.

A SUA MENTE E O MEDO

Para ajudar a sua mente a tornar-se numa aliada de confiança e a aumentar a sua consciência e diminuir os pensamentos automáticos prejudiciais é necessário tonar-se mais consciente  dos seus processos de pensamento e do diálogo que tem consigo mesmo. É imperativo implementar formas de auto-diálogo mais positivas e construtivas, afirmando formas de lidar com os seus medos e ao mesmo tempo agir de acordo com isso. Esta forma de descrever a ação de forma virada para a solução, redireciona a sua atenção para a sua estrutura mental positiva e consequentemente dá-lhe de volta uma sensação de capacidade para executar a tarefa temida. A ação de execução da tarefa sobrepõem-se ao medo. Mesmo com a noção de dificuldade presente, a sua atenção está agora focada no processo que tem de realizar.
Para aprofundar este assunto, pondere ler o artigo: Abandone a preocupação, passe à ação
O medo, na grande maioria das vezes distorce a realidade. Se for um medo construído nas suas inseguranças, você vai acreditar que aquilo que está sentido não o deixa realizar o que pretende e pode conduzi-lo a pensamentos do tipo “se eu perder a noção do que estou dizendo, eu vou parecer um idiota e perder a credibilidade e o respeito de todos.” Na realidade, embora seja desagradável perder a sua linha de pensamento, “não é uma catástrofe” e a probabilidade de perder a sua credibilidade e respeito pode revelar-se muito baixa. Mesmo que possa temporariamente esquecer algo, as pessoas nem sempre são castradoras, com calma e foco é possível  recuperar de novo a linha de raciocínio. Na pior das hipóteses, mesmo que perante esse pequeno incidente algumas pessoas possam julgá-lo, você teve a oportunidade de fazer o que tinha de ser feito, seguir em frente e comprovar que mesmo com algum sentimento de medo e um ou outro pequeno percalço é possível cumprir aquilo a que se propôs.

Poder de foco

Então, tal como podemos concluir, uma parte importante para o treinamento da sua mente é o poder do foco. Quando estamos com medo, a nossa mente tende a fixar-se nas coisas que são assustadoras para nós, como os sintomas do nosso corpo ou no auto-julgamento. E, para o bom e para o mau, aquilo em que nos focamos expande-se. Desta forma, se nos momentos que antecedem a exposição pública você se focar em coisas que o façam sentir-se vulnerável  ​​e fraco, todos os seus receios aumentam até ao ponto da incapacidade, fazendo a sua mente gritar: “não consigo, tenho de sair daqui”. Regride-se a um estado infantil, sentindo-se impotência.
Em vez disso, concentre-se em coisas que façam parte do processo de interação ou de exposição física e verbal. O seu foco depende de si. Foque-se em alguns dos seus pontos fortes, faça com que eles se expandam. Visualize-se numa situação difícil e como os seus pontos fortes o ajudariam a ultrapassar essa dificuldade. Posteriormente construa um cenário de sucesso e o que seria necessário fazer para que você fosse bem sucedido. Simule mentalmente o seu desempenho. Simule e visualize-se a ultrapassar os seus receios e relembre-se daquilo que usou para o ajudar. Essa será a sua estratégia de eficácia e segurança.
Dica: Diga a si próprio, “mesmo sentido sensações desagradáveis e este medo irracional, eu irei conseguir executar aquilo que necessito e quero, pois sei o que fazer e naquilo em que me focar para ser bem sucedido”,
Quando as pessoas estão ansiosas, tendem a perder a sua perspectiva. Sentem que tudo o que fazem é monumental e tudo é muito arriscado. Mude a sua perspetiva. Imagine qual a importância desse pequeno acontecimento daqui a 5 ou 10 anos? Provavelmente não terá qualquer relevância, ou se tiver será ínfima.
Dica técnica para executar: Com isto em mente, foque-se nas estratégias necessárias à execução de um bom desempenho. Junte a essas estratégias, as técnicas de respiração e relaxamento, assim como uma boa expressão corporal. Coloque-se nesse estado. Faça isso. Certamente a sua atitude mudou. Você passou a expressar uma atitude positiva. Sente-se agora mais capaz de enfrentar os seus receios. O seu corpo ficou mais vigoroso, mais ereto, a sua expressão facial abriu-se, o seu discurso mais fluído e a sua voz mais segura. Certamente todo o seu corpo transmite-lhe confiança. E a confiança é a antítese do medo.

O SEU ESPÍRITO

Espírito, significa a relação que você estabelece consigo mesmo, como os outros e com o mundo, e não ser-se religioso. Isto numa perspetiva psicológica. O nosso medo está relacionado com as preocupações do ego, expressando auto-foco e proteção a nós mesmos. Se pretendemos dar uma boa impressão de nós mesmos e preocuparmo-nos com o que os outros irão pensar acerca de nós, poderá inflamar o medo. Como a forma de nos relacionarmos passa pelo contato com os outros através da nossa linguagem verbal e não verbal, cada vez que temos de interagir e falar com outros, é quase como se a nossa auto estima estivesse na linha de fogo. Se o nosso espírito, ou estado mental for receoso, então o que descrevi anteriormente faz sentido. O nosso espírito será tomado pelo medo, e a nossa auto estima passa a estar na linha da frente da batalha que pretendemos enfrentar. E o resultado, como podemos imaginar, é levar uns tiros nos próprios pés.
Uma ótima maneira de elevar o seu espírito é conectar-se às pessoas e ao seu propósito. Isto porque  quando estamos com medo, tudo gira em torno de nós, e como os acontecimentos nos irão afetar, fazendo-nos esquecer o verdadeiro propósito de querer efetuar o nosso objetivo. Lembre-se que na interação com os outros, você está lá para compartilhar informações, e não para colocar o seu ego à prova. Em vez de resistir e afastar-se dessas situações, desenvolva um espírito aberto.  Além disso, quanto mais você humanizar as pessoas, menos medo terá delas. Por vezes, o seu medo é igual ao medo dos outros. Eles são tão humanos quanto você.
microfone

PERDA DE CONTROLO

Temer a perda de controlo também amplifica a ansiedade. Assim, aprender a gerir o medo, a ansiedade e confiar que está a aprender um conjunto de estratégias e formas de raciocinar é imperativo para criar a percepção de que no final tudo vai ficar bem.
Embora seja sábio preparar e ensaiar uma conversa, ou alguns cenários para que no momento de se expor tenha algo que lhe transmita segurança. É igualmente importante que  vá com o fluxo e deixar que tudo acontece naturalmente. Além disso, Aprenda a confiar em si mesmo, nos outros, e em algo mais.
Dica: Lembre-se que se trata de, apenas aparecer, ser quem você é, e genuinamente conectar-se e compartilhar informação com os outros.
A maioria das pessoas odeia a sua ansiedade de falar em público e quer conquistá-la o mais rapidamente possível, se fosse possível quase como que por magia. Mas isso é de todo impossível. Sejamos então realistas, a maioria das circunstâncias difíceis são os nossos melhores professores. Se adotarmos este ponto de vista, a ansiedade ou o medo de falar em público deve ser olhado não como um inimigo, mas como uma lição a ser aprendida.
Muitos dos meus clientes ficaram surpreendidos com aquilo que aprenderam e descobriram acerca deles mesmos, acerca dos outros e da vida, aceitando o desafio de enfrentar os seus medos, aprenderam a lidar com a ansiedade de uma maneira muito melhor e eficaz. Isto permite-nos  parar e prestar atenção naquilo que realmente importa. Trabalhar com o medo, em vez de contra ele, pode levar ao desenvolvimento pessoal e espiritual.

ANSIEDADE SOCIAL: COMO ULTRAPASSAR ALGUMAS DAS BARREIRAS PARA FALAR COM AS PESSOAS

Se você pretende movimentar-se livremente na esfera social, então isso significa que vai ter que aprender como iniciar uma conversa, continuar uma conversa e ser capaz de fazer isso com uma ampla gama de pessoas com diferentes interesses e valores, na verdade, você vai precisar aprender a fazer conversa de ocasião.
Aquilo que se pretendo não é que se transforme num exímio conversador, mas que fique munido de algumas ferramentas que lhe permitam ser capaz de manter a sua própria linha de raciocínio, no sentido de eliminar o vaguear da mente para pensamentos de interferência que conduzem ao desconforto.

Barreira à conversa nº1

A ansiedade social impede que você se sinta confiante e confortável, seja falar com  desconhecidos ou até mesmo com os seus entes queridos. A conversa de ocasião é uma forma de conversa que você necessita para falar sobre uma gama de assuntos, por vezes de forma fugaz com pessoas que não conhece num cenário que lhe é geralmente desconhecido. Se sofrer de ansiedade social, significa que esta é uma das áreas ou situações que certamente mais evita. Pode acontecer a pessoa sofrer de medo de falar em público sem ter ansiedade social. Mas quem sofre de ansiedade social, a probabilidade de ter medo de falar em público está quase sempre presente.
Quebre esta barreira lendo os seguintes artigos:

Barreira à conversa nº2

Não é apenas o facto de ter saber como fazer uma conversa de ocasião interessante e estimulante para ambas as partes que faz com que a maioria das pessoas fiquem ansiosas, se sintam um pouco desajeitadas e grossas,  é também o facto dos pensamentos ruminantes negativos muitas vezes interferirem no diálogo. Os pensamentos ruminantes negativos, são pensamentos que surgem dentro da sua cabeça e que fazem-no sentir-se mal. Normalmente você não fica ciente do que está dizendo, mas percebe como se está sentido, e usualmente sente-se mal.
Este tipo de pensamentos torna quase impossível sentir-se relaxado e calmo quando tem de conversar com as pessoas, e  é muito mais provável que  fique consciente e auto-focado na percepção que a outra pessoa lhe transmite de também sentir-se desconfortável enquanto fala com você.
Quebre esta barreira lendo os seguintes artigos:

Barreira à conversa nº3

Então o que é que você pode abordar com alguém que não conhece, num ambiente desconhecido, se sofre de ansiedade social ou medo de falar em público?
A resposta, infelizmente, é tudo e nada, exceto os temas habituais de sexo, política e religião, e se estiver a trabalhar, então não diga mal do seu gerente ou chefe. Para além disso você pode falar sobre tv, feriados, o que está passando nas notícias, os mais recentes gadgets, dos seus filhos, algo engraçado que você viu, todos os assuntos podem ser interessantes e divertidos para ambos  se você souber como introduzir o assunto corretamente.
Quebre esta barreira lendo o seguinte artigo:

COMO INTRODUZIR UM TEMA DE CONVERSA CORRETAMENTE

Para introduzir um tema de conversa corretamente, você precisa ouvir o que a outra pessoa está dizendo, encontrar um gancho ou um link para um assunto que você tenha em mente e moldá-la em torno de uma frase de transição, tais como “eu percebo o você quer dizer com isso, já me aconteceram situações semelhantes com o meu computador, há alguns dias o meu computador … “
Você também pode usar uma pergunta para ”forçar” a outra pessoa a falar mais sobre o assunto. Você pode pedir a sua opinião sobre algo. Você pode dar uma opinião.
Mas a maior barreira que você encontrará é alimentar a sua inibição, isto pode arruinar qualquer tentativa de diálogo.
falar em público

INIBIÇÃO, ONDE COMEÇA E COMO PARÁ-LA

Praticamente todos os problemas  relacionados com a ansiedade, e que consequentemente geram medo e inibição começam na nossa cabeça, começa nos pensamentos que temos acerca do que a outra pessoa pode estar pensando, o que pensamos sobre nós mesmos e sobre o nosso desempenho.
Dizer uma piada e todo mundo virar os olhos, ter alguém que se desvie de nós enquanto falamos e pior ainda, inventar uma desculpa descabida e sair, deixando uma mensagem subtil de que estavamos a ser chatos e entediantes e que por isso  todos se recusam a falar connosco. Bem, este cenário desprezível, é certamente aquilo que já lhe passou algumas vezes pela cabeça como tendo grande probabilidade de realmente acontecer.

Declarações motivacionais

Para evitar a inibição é necessário parar de pensar sobre si mesmo (nos seus medos) e sobre o seu desempenho, e focar-se apenas em si, nas suas habilidades, nas suas forças e virtudes. Faça disso a sua missão, foque-se nas suas declarações motivacionais ou de enfrentamento, assim como aquelas que lhe transmitem calma, e diga-as a si mesmo em voz alta ou de forma silenciosa a qualquer momento que precise.
É como ter a sua própria conversa de vitalidade portátil à sua disposição na forma de uma afirmação que se pode dizer quer em voz alta ou de forma silenciosa,  inpirando-o e fazendo-o sentir-se bem. Mas, atenção, não será por dizer umas quantas frases ou palavras que irá resolver o seu problema, longe disso. Tem de perceber e sentir que essas palavras mexem consigo, que acredita nelas e que acima de tudo consegue transformá-las em ações. Consegue fazer com que elas o orientem e motivem a continuar em situação percepcionadas como difíceis.
Para aprofundar este assunto, pondere ler os artigos:
Passos para a construção das suas declarações motivacionais:
  1. Escreva uma lista de pequenos tópicos de conversa.
  2. Escreva uma afirmação ou frase que lhe transmita bem-estar assim que a verbalize
  3. Pratique com as pessoas da sua confiança e ajusta conforme necessário
  4. Perceba com os outros fazem e modele o estilo que mais lhe convém
  5. Esteja pronto para aproveitar algumas situações sociais e accione a sua declaração motivacional quando necessário.

COMPLEMENTO

O medo de falar em público comporta em si algumas fragilidades associadas à percepção que a pessoa tem acerca de si mesmo, de alguns dos seus traços, capacidades e crenças. É imperativo que para além de algumas especificidades que abordei referentes a esta problemática, sejam complementadas com o desenvolvimento e melhoria de três construtos vitais. Falo da superação da timidez, da melhoria da auto-estima e da construção da auto-confiança. Acredito que se trabalhar nestes três aspetos em conjunto, ficará mais próximo de superar o seu medo de falar em público.
Que as leituras e consequentes exercícios propostos, assim como as novas formas de raciocinar não sejam um impeditivo de abraçar esta oportunidade para resolver o seu medo de falar em público. Claro que é trabalhoso, claro que necessita da sua dedicação, persistência e motivação. Não desista nas primeiras dificuldades, e muito menos em pequenos recuos. Se recuar, é sinal que já conseguiu dar alguns passos, é possível voltar a conseguir, e desta vez com mais conhecimento para ir mais longe. Para ir até à total superação do seu medo de falar em público.
Não faria sentido estar a repetir matéria já escrita e publicada por mim. Como complemento indispensável à sua melhoria, pondere ler os seguintes artigos:

quinta-feira, setembro 22, 2011

AVALIE A SI MESMO


Escreve: Elio Mollo
Colaborou no desenvolvimento ortográfico deste texto Maria Luiza Palhas

UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
 
O que é reformar? (literal)
É restituir ou restabelecer à organização primitiva.
 
O que é transformação? (literal)
É o ato ou efeito de transformar ou de ser transformado. É uma alteração, modificação ou uma mudança de uma forma em outra. Pode ser uma evolução ou mutação mais ou menos lenta de qualquer coisa.
 
O que é modificação? (literal)
É o ato ou efeito de transformar. É mudança no modo de ser de qualquer coisa. É transformação de uma coisa sem prejuízo da essência.
 
O que é alteração? (literal)
É o ato ou efeito de modificar o estado normal de alguma coisa. Pode ser, também, o ato de decompor, ou degenerar alguma coisa.
 
Assim, adotamos a palavra transformação por achá-la mais adequada ao que se refere às mudanças comportamentais.

TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA
 
O QUE É TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA?
É um processo contínuo de auto-análise, de conhecimento de nossa intimidade espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições e permitindo-nos atingir o domínio de nós mesmos.
 O QUE PODEMOS FAZER PARA NOS TRANSFORMARMOS INTIMAMENTE?
Podem-se e devem-se substituir nossos defeitos como por exemplo, o Egoísmo ou Personalismo, o Orgulho, a Inveja, o Ciúme, a Agressividade, a Maledicência e a Intolerância por virtudes, tais como Humildade, Caridade, Resignação, Sensatez, Generosidade, Afabilidade, Tolerância, Perdão, etc.
 QUANTO TEMPO PODERÁ LEVAR PARA QUE TAIS MUDANÇAS OCORRAM?
O tempo não importa, o que importa é o esforço contínuo que se faz para atingir a Transformação Íntima. (“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”. Allan Kardec in O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, Sede Perfeitos).  Não se trata de esforço físico, mas de firme contenção de espírito, de um empenho que não sofra excessiva solução de continuidade. "Excessiva", porque, na verdade, também não podemos estar "continuamente" empenhados na transformação de nós mesmos. Deve haver, isto sim, uma persistência de propósito, e a esta persistência chamamos esforço. Em outras palavras, não é bom sintoma abandonar uma atividade ou desviar a energia para um curso mais fácil de ação, ao primeiro sinal de dificuldade. A referência do esforço é nesse sentido: continuidade, persistência em face das dificuldades. Mesmo que no dia a dia dê  a impressão de que não houve nenhuma mudança, não se deve desanimar nem abandonar o propósito da transformação. Por isso devemos dizer que este esforço é para a vida toda. Estudar o Evangelho de Jesus, ouvir sugestões de pessoas experientes, assistir conferências,  ler artigos e livros referentes a este assunto nos levará a conhecer ainda mais, e assim nos auxiliar na identificação dos defeitos que nos afetam em cada situação da vida e aprender aos poucos a prática das virtudes que irão substituí-los.
 
COMO FAZER?
O Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para a nossa Transformação Íntima, e Santo Agostinho em resposta à q. 919ª de O Livro dos Espíritos nos oferece uma excelente receita para isto:
 
“Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto estes nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência, aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.
 
Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma.”  
 
Temos a tendência natural de sempre justificar nossos defeitos com racionalismos. São artimanhas e tramas inconscientes. Portanto, procuremos conhecer a fundo esses defeitos em todas as suas particularidades, e em como eles nos afetam, localizando as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação. Procuremos então nos afastar desses procedimentos e buscar ferramentas adequadas para substituí-los em nosso comportamento.
 
Veja estas sugestões de Benjamin Franklin em sua Autobiografia, tais como escreveu e na ordem que lhes deu:

Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
 
Silêncio – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
 
Ordem  – Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
 
Resolução – Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
 
Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja, nada desperdice.
 
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
 
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
 
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
 
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem os injuriantes.
 
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
 
Tranqüilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
 
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
 
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.
 

A IMPORTÂNCIA DAS QUEDAS
 
Um ponto importante é que precisamos contar com as quedas, até que cresçamos espiritualmente, afinal somos como crianças aprendendo a andar, e são as quedas que fortalecem nossa vontade, e nos ensinam a ter persistência.
 
Somos aquilo que conseguimos realizar e não aquilo que prometemos. Através das quedas aprendemos mais sobre nós mesmos e podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las. Mas se cairmos porque nos falta vontade de acertar estaremos no caminho descendente e, de queda em queda, nos enfraqueceremos.
 
A criança aprende a andar porque está determinada a fazê-lo. Então, não desanimemos nunca, levantemo-nos logo e sigamos em frente com tranqüilidade, sem nos martirizarmos, com conhecimento de causa, na firme determinação de não mais errarmos.
 

CONCLUSÃO 
 
A cada minuto de nossa vida, antes de iniciar qualquer ação, façamos este exercício de nos perguntarmos sempre:

Isto que estou fazendo agora seria bem aceito por Deus ou pela minha consciência?
 
Se for, o procedimento é correto; se não for devemos descontinuar imediatamente o que iriamos fazer e não pensar mais nisso.
 
“Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós, mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?
 
Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.”  - (SANTO AGOSTINHO in O Livro dos Espíritos, q 919a)
 
A auto-análise permite que alinhemos as nossas ações e pensamentos na direção das correções que necessitamos realizar, para que ajustemos os nossos atos de acordo com os ensinamentos do Mestre, tanto com relação a Deus como em relação ao nosso próximo.
 
Através do esforço próprio e de exercícios repetidos em direção às boas causas, sedimentaremos em nós o próprio Bem.
 
Este processo é árduo, assim necessitaremos de muita coragem, perseverança e determinação para o realizarmos. Deus assiste e auxilia sempre, mas precisamos fazer a nossa parte se desejamos verdadeiramente melhorar.
 
Invistamos em nosso interior e procuremos melhorar nosso espírito eterno, transformando o que esta sociedade transitória estabeleceu como "normal" para nós. Lutemos o bom combate e não a luta mesquinha dos materialistas. A humanidade continuará ainda por muito séculos como é agora, mas nós, que já estamos disposto às mudanças de atitude, que já sentimos o amor ensinado pela Doutrina Espírita, que já estamos conscientes da realização de nossa evolução espiritual, que já começamos a compreender as palavras de nosso grande Mestre (Jesus), podemos fazer a nossa pequena parte vivendo a solidariedade no mais alto grau que é a caridade e realizar a transformação no íntimo de cada um, fazendo a Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro.

Referências:O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Reforma íntima (artigo) - Paulo Antonio Ferreira -
http://home.ism.com.br/~pauloaf/
Manual Prático do Espírita de Ney Prieto Peres, da Editora Pensamento.
Fundamentos da Reforma Íntima - Abel Glaser pelo Espírito Caibar Schutel, da Editora O Clarim.
Reforma Íntima (artigo) - João Batista Armani -
http://www.espirito.org.br/portal/palestras/diversos/reforma-intima.html
 
 
 
 
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segunda-feira, setembro 19, 2011

PREFÁCIO - do livro A Cabana


Quem não duvidaria ao ouvir um homem afirmar que passou um fim de semana inteiro com Deus e, ainda mais, em uma cabana? Principalmente naquela cabana.
Conheço Mack há pouco mais de 20 anos, desde o dia em que nós dois fomos à casa de um vizinho para ajudá-lo a embalar feno para suas poucas vacas. A partir de então a gente se encontra compartilhando um café — ou, para mim, um chá tailandês superquente, com soja. Nossas conversas nos dão um prazer profundo e são sempre salpicadas de muito riso e de vez em
quando de uma ou duas lágrimas. Francamente, quanto mais velhos ficamos, mais a gente se dá bem, se é que você me entende. O nome completo dele é Mackenzie Allen Phillips, mas a maioria das pessoas o chama de Allen.
É uma tradição de família: todos os homens têm o primeiro nome igual, mas são conhecidos pelo nome do meio, provavelmente para evitar a ostentação do I, II e III ou Júnior e Sênior. Assim, ele, o avô, o pai e agora o filho mais velho têm o nome de Mackenzie, mas só Nan, a mulher dele, e os amigosíntimos o chamam de Mack.
Ele nasceu em uma fazenda do Meio-Oeste, numa família irlandesa-americana de mãos calejadas e regras rigorosas. Ainda que aparentemente religioso e exageradamente rígido, seu pai bebia muito, sobretudo quando a chuva não vinha ou quando vinha cedo demais, e quase sempre entre uma coisa e outra. Mack nunca fala muito sobre o pai, mas quando O menciona a emoção abandona seu rosto, como se fosse uma maré vazante, deixando
seus olhos sombrios e sem vida.
Pelo pouco que Mack me contou, sei que seu pai não era o tipo de alcoólatra que cai num sono rápido e feliz, e sim um bêbado perverso que batia na mulher e depois pedia perdão a Deus.
A coisa (chegou a tal ponto que, aos 13 anos e com certa relutância, Mack abriu o coração para um líder da igreja durante um encontro de jovens. Dominado pelo clima do momento, Mack confessou chorando que nunca fizera nada para ajudar a mãe nas várias vezes em que testemunhara o pai bêbado lhe dar uma surra até deixá-la inconsciente. O que Mack não pensou foi que seu confessor freqüentava a mesma igreja que seu pai. Quando chegou em casa, o pai o esperava na varanda e a mãe e as irmãs não estavam. Mais tarde, Mack ficou sabendo que elas tinham sido mandadas à casa da tia May para que o pai pudesse ter liberdade para dar ao filho rebelde uma lição inesquecível. Durante quase dois dias, amarrado ao grande carvalho nos fundos da casa, ele foi castigado com um cinto e com versículos da Bíblia todas as vezes que o pai acordava de sua bebedeira e largava a garrafa.
Duas semanas depois, quando enfim conseguiu ficar em pé, Mack simplesmente se levantou e foi embora de casa. Mas antes de partir colocou veneno de rato em cada garrafa de bebida que conseguiu encontrar na fazenda. Depois desenterrou de perto da latrina externa a pequena lata onde guardava todos os seus tesouros: uma foto da família em que o pai estava meio afastado, uma figurinha de beisebol do Luke Easter de 1950, uma garrafinha com mais ou menos 30ml de Ma Griffe (o único perfume que sua
mãe havia usado), um carretel de linha e duas agulhas, um pequeno jato F-86 da Força Aérea americana em metal fundido e todas as economias de sua vida: 15 dólares e 13 centavos.
Esgueirou-se pela sala e enfiou um bilhete debaixo do travesseiro da mãe, enquanto o pai roncava, curtindo mais um porre. O bilhete dizia simplesmente: "Um dia espero que você possa me perdoar." Jurou que nunca mais olharia para trás e não olhou — durante um longo tempo.
Treze anos é muito pouco, porém Mack não tinha muitas opções e se adaptou rapidamente. Ele não fala muito sobre os anos seguintes. A maior parte foi passada fora do país, trabalhando pelo mundo, mandando dinheiro para os avós, que o repassavam à mãe. Acho que num desses países distantes chegou a pegar em armas e participar de algum conflito terrível; desde que o conheço, ele odeia a guerra com um fervor sinistro. Seja lá o que for que tenha acontecido, aos 20 e poucos anos foi parar num seminário
na Austrália. Quando Mack se fartou de teologia e filosofia, retornou aos Estados Unidos, fez as pazes com a mãe e as irmãs e se mudou para o Oregon, onde conheceu Nannete A. Samuelson e se casou com ela.
Neste mundo de faladores, Mack é pensador e fazedor. Não diz muita coisa, a não ser que alguém pergunte, o que pouca gente faz. Quando fala, dá a impressão de ser uma espécie de alienígena que vê a paisagem das idéias e experiências humanas de modo diferente de todas as outras pessoas.
O que acontece é que as coisas que ele diz causam um certo desconforto em um mundo onde a maioria das pessoas prefere escutar o que está acostumada a ouvir, o que freqüentemente não é grande coisa. Os que o conhecem geralmente gostam muito de Mack, desde que ele mantenha guardados seus pensamentos.
Porque as coisas que Mack diz nem sempre deixam as pessoas muito satisfeitas com elas mesmas.
Uma vez Mack me contou que quando era jovem costumava se abrir com mais liberdade, mas admitiu que a maior parte dessas conversas era um mecanismo de sobrevivência para encobrir suas feridas. Freqüentemente acabava derramando a dor sobre quem estivesse por perto. Disse que tinha prazer em apontar as falhas das pessoas e humilhá-las para manter seu sentimento de falso poder e controle. Nada muito elogiável.
Enquanto escrevo estas palavras, reflito sobre o Mack que sempre conheci: um sujeito bastante comum e certamente sem nada de especial, a não ser para os que o conhecem de verdade.
Vai fazer 56 anos e não chama a atenção, está ligeiramente acima do peso, é meio careca, baixo e branco — uma descrição que serve para muitos homens dessas redondezas. Você provavelmente não o notaria numa multidão nem se sentiria incomodado sentado ao seu lado enquanto ele cochila no trem que o leva à cidade para a reunião semanal de vendas. Faz a maior parte de seu trabalho num pequeno escritório em sua casa na Wildcat Road, Vende alguma engenhoca de alta tecnologia que eu não pretendo entender: trecos eletrônicos que de algum modo fazem tudo andar mais depressa, como se a vida já não fosse rápida demais.
Você só percebe como Mack é inteligente quando, por acaso, escuta diálogo dele com um especialista. Já vivi algumas situações dessas quando a língua falada mal parecia com a nossa e eu me via lutando para captar os conceitos que jorravam como um rio de jóias despencando de uma cachoeira. Ele consegue falar com inteligência sob re quase tudo e, apesar da força de suas
manter as suas.
Seus assuntos prediletos são Deus, a Criação e por que as pessoas acreditam em determinadas coisas. Seus olhos se iluminam e seu sorriso repuxa os cantos dos lábios para cima. De repente, como se fosse um garotinho, o cansaço se dissolve e ele rejuvenesce, praticamente incapaz de se conter. Mas, ao mesmo tempo, Mack não é muito religioso. Parece ter uma relação de amor e ódio com a religião e talvez até com Deus, que ele imagina como um ser mal-humorado, distante e altivo. Pequenas gotas de
sarcasmo escorrem às vezes pelas rachaduras de seu reservatório, como dardos cortantes cheios de veneno. Embora algumas vezes nós dois vamos juntos à mesma igreja, dá para ver que ele não se sente muito à vontade lá.
Mack está casado com Nan há pouco mais de 33 anos — na maior parte do tempo, eles são felizes. Diz que ela salvou sua vida e pagou um preço alto por isso. Por algum motivo que não dá para compreender, Nan parece amá-lo agora mais do que nunca, apesar de eu ter a sensação de que ele a magoou de algum modo terrível nos primeiros anos. Acho que, assim como a maior parte das nossas feridas tem origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas, e sei que quem olha de fora não percebeessa bênção.
De qualquer modo, Mack se casou. Nan é a argamassa que mantém juntos os ladrilhos de sua família. Enquanto Mack lutou num mundo com muitos tons de cinza, o dela é principalmente preto e branco.
O bom senso é tão natural para Nan que ela nem consegue perceber o dom que isso representa. Ter uma família a impediu de realizar seu sonho de ser médica, mas ela se destacou como enfermeira e obteve um reconhecimento considerável em seu trabalho com pacientes terminais com câncer. Enquanto o relacionamento de Mack com Deus é amplo, o de Nan é profundo.
Esse casal contraditório teve cinco filhos de beleza incomum.
Mack gosta de dizer que todos pegaram a beleza dele, "... porque Nan ainda conserva a dela". Dois dos três meninos já saíram de casa: Jon, casado há pouco, trabalha como vendedor de uma empresa local, e Tyler, recém-formado na faculdade, está fazendo mestrado. Josh e uma das duas garotas, Katherine (Kate), cursaram a escola comunitária local. E a que chegou por último é Melissa — ou Missy, como gostávamos de chamá-la. Ela... bem, você vai conhecer melhor alguns dos filhos de Mack ao longo deste livro.
Os últimos anos foram... como é que posso dizer...notavelmente peculiares. Mack mudou: agora está ainda mais diferente e especial. Durante todos os nossos anos de convívio ele sempre foi bastante gentil e amável, mas desde a estada no hospital há três anos ficou... bem, melhor ainda. Tornou-se uma
daquelas raras pessoas que estão totalmente à vontade dentro da própria pele. E eu também me sinto mais à vontade perto dele do que de qualquer outra pessoa. Cada vez que nos separamos, tenho a sensação de ter tido a melhor conversa da minha vida, mesmo que eu tenha falado mais. E, a respeito de Deus, Mack não é mais simplesmente amplo. Ficou muito profundo. Mas o mergulho custou caro.
Os dias de hoje são muito diferentes de há sete ou oito anos, quando a Grande Tristeza entrou em sua vida e ele quase parou de falar. Mais ou menos nessa época, e por quase dois anos, nossos encontros foram interrompidos, como se por um acordo mútuo não verbalizado. Eu só via Mack de vez em quando na mercearia ou, mais raramente ainda, na igreja. E, embora em geral trocássemos um abraço educado, não falávamos de muita coisa importante.
Para ele era até difícil me encarar. Talvez não quisesse entrar numa conversa capaz de arrancar a casca de seu coração ferido.
Porém tudo isso mudou depois de um acidente feio com... Mas lá vou eu outra vez botando o carro na frente dos bois. Vamos chegar lá no devido tempo. Basta dizer que estes últimos anos parecem ter devolvido a vida de Mack e tirado o fardo da Grande Tristeza. O que aconteceu há três anos mudou totalmente a melodia de sua vida e é uma canção que mal posso esperar para tocar. Apesar de se comunicar bastante bem verbalmente, Mack não se sente seguro sobre sua capacidade de escrever — algo que ele
sabe que me apaixona. Por isso, perguntou se eu escreveria esta história, a história dele "para as crianças e para a Nan". Queria uma narrativa que o ajudasse a expressar para eles a profundidade de seu amor e que os ajudasse a entender o que onde você está sozinho — e talvez com Deus, se acredita Nele. É claro que Deus pode estar lá, mesmo que você não acredite. Isso seria bem o jeito de Deus. Não é à toa que ele é chamado de O Grande Intrometido.
A história que você vai ler é resultado de uma luta minha e do Mack para, durante muitos meses, colocar em palavras o que ele viveu. Tem um lado um pouco... digamos, muito fantástico. Não vou julgar se algumas partes são verdadeiras ou não. Prefiro dizer que, mesmo que algumas coisas não possam ser cientificamente provadas, talvez sejam verdadeiras. Mas preciso afirmar honestamente que fazer parte desta história me afetou de modoprofundo, desvendando detalhes meus que eu desconhecia.
Confesso que desejo desesperadamente que tudo o que Mack me contou seja verdade. Na maioria das vezes eu me sinto próximo dele, mas em outras — quando o mundo visível de concreto e computadores parece ser o real — perco o contato e tenho dúvidas.
Algumas observações finais. Mack gostaria que eu lhe transmitisse o seguinte recado: "Se você odiar esta história, desculpe, ela não foi escrita para você." Mas eu quero acrescentar:
afinal, talvez tenha sido. O que você vai ler é o máximo que Mack consegue recordar daquilo que aconteceu. Esta é a história dele, não a minha. Por isso, nas poucas vezes em que apareço, vou me referir a mim mesmo na terceira pessoa — e do ponto de vista de Mack.
Às vezes a memória pode ser uma companheira enganosa, em especial com relação ao acidente, e eu não ficarei surpreso se, apesar de nosso esforço conjunto para contar a história com exatidão, alguns fatos e lembranças aparecerem distorcidos nestas páginas. Não é intencional. Garanto que as conversas e eventos foram registrados do modo mais fiel possível, de acordo com as lembranças de Mack. Portanto, por favor, tente não se aborrecer com ele. Como você verá, essas coisas não são fáceis de contar.
- Willie
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O livro aborda a questão recorrente da existência do mal através da história de Mack Allen Phillips, um homem que vive sob o peso da experiência de ter sua filha Missy, de seis anos, raptada durante um acampamento de fim de semana. A menina nunca foi encontrada, mas sinais de que ela teria sido assassinada são achados em uma cabana perdida nas montanhas.
Vivendo desde então sob a "A Grande Tristeza", Mack, quatro anos depois do episódio, recebe um misterioso bilhete supostamente escrito por Deus, convidando-o para uma visita a essa mesma cabana. Ali, Mack terá um encontro inusitado com Deus, de quem tentará obter resposta para a inevitável pergunta: "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento?"
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